A ALIANÇA ETERNA
O pecado de Adão, resultou em miséria e morte para seus descendentes, de acordo com as Escrituras.Romanos 6:23. Somente um ser com a mesma substancia de Deus. Hebreus 1:3. Somente o Filho, poderia resgatar a humanidade da morte pagando o preço exigido pela transgressão da Lei. Cabe ressaltar, que o Plano de Redenção foi elaborado antes da queda do homem. Esse plano não foi elaborado unicamente para Israel, que na verdade nem existia na elaboração do Plano, mas, para toda a humanidade. Com efeito, a forma que Deus escolheu para salvar a humanidade foi à aliança divina, primeiramente com Adão (Aliança Adâmica), com a seguinte promessa de Deus: Gênesis 3:15. Essa aliança é conhecida teologicamente como aliança protoevangelho, ou seja, o primeiro anuncio do evangelho. Em que Cristo vencerá Satanás. Satanás tenta picar a mulher, fazendo os servos de Deus pecar, alimentando a natureza pecaminosa, ao passo, que Cristo, esmaga a cabeça da serpente, alimentando seu rebanho com sua natureza divina, habilitando-os a amar e obedecer aos mandamentos de Deus. Segundo os escritos de Paulo. Romanos 16:20.
Após o dilúvio o Senhor estabeleceu aliança com Abraão (Aliança Abraâmica), é uma aliança de graça, firmada com uma promessa.Gênesis 12:1-3. Por certo, o Senhor prometeu a Abrão, que sua descendência seria inumerável. Gênesis 15:5. No entanto, até este momento Abrão em idade avançada, não tinha filhos, então o Senhor lhe assegurou uma aliança eterna: Gênesis 17:7. E o Senhor cumpriu a sua promessa. Gênesis 21:3. Alhures (em outro lugar), abordamos o tema em tela, de que a descendência de Abraão não se limitava a Israel literal. O Senhor prometeu ser o Deus de Abraão e de seus descendentes, na verdade o Criador estava se referindo a um descendente de Abraão em particular, Cristo, o Messias prometido, neste momento, o Senhor estava anunciando antecipadamente o Evangelho a seu servo fiel. E que os gentios seriam abençoados, fariam parte da semente de Abraão, portanto seriam herdeiros segundo a promessa. Gálatas 3:6-9.
De acordo com escritos de Paulo, as promessas feitas a Abraão, estavam direcionadas a um único herdeiro.Gálatas 3:16. Portanto, Gálatas 3:29. Gálatas 3:7. Todos (Judeus e Gentios) que pela fé fazem parte da linhagem da Abraão, serão considerados povo de Deus, mormente os gentios, que o Senhor resgatou das trevas para sua maravilhosa luz, Atos 15:14. O evangelho foi previamente anunciado por Deus à Abraão, Gálatas 3:8. Já preconizava que os verdadeiros adoradores e descendentes de Abraão não seriam os da carne, mas, pelo espirito e pala fé, os que temem ao Senhor em qualquer nação. Atos 10:34-35. Paulo, foi o apóstolo dos gentios e foi comissionado pelo próprio herdeiro de Abraão, Cristo, com a seguinte função: Atos 26:18.
Jesus disse que a salvação vem do judeu, no entanto, Ele se refere aos judeus espirituais e não os da carne,João 4:22-23. Paulo ratifica as palavras proferidas pelo Mestre, quando também ensina que nem todos os de Israel, são de fato, israelitas, que os verdadeiros israelitas e herdeiros da promessa são pela fé em Cristo e não pela carne, vejamos: Romanos 9:6-8. Os descendentes de Abraão, também chamado de resto de Jacó, estarão no meio de muitos povos, Miquéias 5:7.
Com efeito, os servos do Senhor confiam no seu Deus, e aguardam seu socorro, pois o Senhor prometeu socorrer a descendência de Abraão, os que pela fé em Cristo, se arrependem e confessam seus pecados,Hebreus 2:16. que estão espalhados entre os povos, e são conhecidos por serem a linhagem bendita do Senhor, Isaías 61:9. Estes, são os que guardam os mandamentos de Deus e tem a fé em Jesus; segundo Apocalipse 14:12, o apóstolo João faz uma referência aos remanescentes, a igreja dos últimos dias, que guardam os mandamentos de Deus, estatutos, preceito e leis, assim como Abraão, sustentados pela natureza divina de Cristo (tem a fé em Jesus), ou seja, só é possível amar e obedecer a Deus e sua Lei, se o crente nascer de novo, for renovado pela natureza divina de Cristo em substituição da nossa natureza pecaminosa. Vislumbra-se, que o Senhor ao confirmar sua aliança com Isaque, ele menciona que Abraão foi eleito pai da fé, e sua descendência herdeiros da promessa: Gênesis 26:5. Logo, fica evidente, que o Senhor não isentou a descendência de Abraão em Cristo Jesus, da obediência a sua santa Lei, Cristo, veio para instilar sua natureza divina nos corações de seus servos, habilitando-os a guardar os mandamentos de Deus por Amor.
A CIRCUNCISÃO DO CORAÇÃO
O Senhor havia firmado aliança com Abraão, confirmada através da circuncisão na carne.Gênesis 17:9-10. O propósito de Deus ao determinar a circuncisão era conservar os hebreus como povo separado e livre da contaminação idolatra dos povos pagãos, Abraão obedeceu aos mandamentos, estatutos, preceitos e a lei de Deus, como resultado de uma sólida aliança com seu Criador, segundo White (1989), A ele (Abraão) foi dado o rito da circuncisão, que era um sinal de que os que o recebiam eram dedicados ao serviço de Deus __ garantia de que permaneciam separados da idolatria e obedeceriam à lei de Deus (Patriarcas e Profetas, pág. 377), mesmo nos dias do antigo Israel, o Senhor já iluminava os hebreus de que a circuncisão verdadeira é no coração, Deuteronômio 10:16. Deuteronômio 11:16. Este concerto foi estabelecido pela fé. O Senhor prometeu que a circuncisão dos descendentes de Abraão não seria na carne, mas, no coração imputando natureza divina, porém, o propósito seria o mesmo, conservar seu povo separado do paganismo e habilita-los a amar e obedecer ao Senhor, Deuteronômio 30:6.
Haja vista, que Israel não cumpriu a aliança firmada com o Senhor, qual seja, a circuncisão na carne, por confiar na justiça própria, na natureza pecaminosa, caíram no formalismo, então, o Senhor os repreendeuJeremias 4:4. Qual a função da circuncisão para os descendentes de Abraão em Cristo, os remanescentes? Paulo faz esta indagação. Romanos 3:1. Com certeza, encontramos a resposta quando o dito apóstolo diz: Romanos 4:11. Nos ditos de Paulo e escritos da lavra de Waggoner, Elliet J. Carta aos Romanos, “Se nos lembramos de que a circuncisão foi dada como sinal da justiça pela fé, e que a herança prometida a Abraão e sua semente foi segundo a justiça da fé; compreenderemos que a circuncisão era a garantia (ou hipoteca) dessa herança. O apóstolo declara também que obtemos a herança em Cristo. “Tendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa; o qual é o penhor da nossa herança, ao resgate da sua propriedade...” (Efésio. 1:10-14). A possessão prometida a Abraão e à sua semente foi assegurada tão-somente mediante o Espírito de justiça; portanto, desde o princípio não existiu circuncisão autêntica que não fosse a do Espírito”. Ou seja, a circuncisão em Cristo, a imputação de sua justiça no coração do crente aperfeiçoando-o, Colossenses 2:10-11.
O despojamento da carne, significa, a remoção da justiça própria, a natureza pecaminosa e substituição pela natureza divina, cujo sinal é representado pela circuncisão em Cristo. A circuncisão deveria ter o mesmo significado tanto ao ser dada quanto em qualquer momento subsequente. Logo, desde o princípio, significou justiça da fé: Gênesis 15:6. Nos ditos de Jeremias, O Senhor Justiça Nossa, (Jeremias 23:6). Cristo o único e verdadeiro descendente de Abraão, que segundo o plano de Redenção, vai substituir nossa natureza pecaminosa por sua natureza divina, aperfeiçoando o pecador penitente reconciliando-o com Deus. Destarte, está claro que o coração que não foi contemplado pela justiça de Cristo (natureza divina), o sinal da circuncisão, não está com o coração circuncidado, certamente não será selado pelo anjo escrivão. A única forma de manter a igreja imaculada, separada do mundo e dos ritos do paganismo é adquirindo a justiça de Cristo, se Cristo habitar no coração do crente com seu Espírito, com certeza haverá renovação, amor e obediência ao Criador e a sua lei. Não podemos cometer o erro dos judeus. Complementa WAGGONER, Os judeus cometeram o equívoco de pensar que era suficiente ter o sinal (da circuncisão na carne). Chegaram finalmente a dar guarida à ideia de que a posse do sinal traria a realidade, precisamente do mesmo jeito que muitos professos cristãos de nossos dias supõem que o cumprimento de certas ordenanças os fará membros do corpo de Cristo e participantes de sua justiça. Porém, a circuncisão da carne por si só não pode representar a justiça (natureza divina), mas o pecado original (natureza pecaminosa), quando sustentada por mero formalismo. De fato, os judeus desprezavam os gentios, achando que eram incircuncisos, não tinham o sinal na carne, na verdade nem precisavam, segundo o concilio de Jerusalém. Atos 15:28. no entanto, eles eram circuncidados no coração, aceitando Cristo e sua justiça, ressurgiram nova criatura, Gálatas 6:15. Enquanto os judeus se perderam porque foram circuncidados apenas na carne, e não foram circuncidados no coração, recebendo a justiça de Cristo, morreram afogados em sua justiça própria.
O apóstolo Paulo, ensina que a circuncisão na carne não nos torna verdadeiro judeu, o verdadeiro judeu é no espirito e a verdadeira circuncisão é a do coração.Romanos 2:28-29. Os termos aqui empregados, pelo apóstolo Paulo, “circuncisão” e” incircuncisão” não tem o condão de abordar ritos ou sua ausência, mas para referir-se a duas classes de pessoas. A incircuncisão se refere, sem sombra de dúvidas, aos gentios, adoradores de outros deuses. Gálatas 2:7-8. O fato do crente ser ou não circuncidado na carne não é relevante, mas, sim a circuncisão do coração por Cristo. Colossenses 2:11. Cristo habita no coração de seus servos, os remanescentes, assim conseguem guardar os mandamentos de Deus. I Coríntios 7:19. Porque aqueles que não são circuncidados no coração por Cristo, resistirão ao Espirito Santo e a verdade, e não guardarão os mandamentos de Deus. Atos 7:51. A circuncisão do coração é salutar e de vital importância para a igreja de Deus, vimos que a circuncisão na carne para nada aproveita, no entanto, a circuncisão do coração por Cristo, possibilita ao crente receber natureza divina para obedecer aos mandamentos de Deus. Esses são os verdadeiros circuncidados. Filipenses 3:3. Por fim, Concluímos que o fato da circuncisão significar um sinal e um selo da justiça de Cristo, ficou evidente que os crentes circuncidados no coração por Cristo, são aqueles que o amam e guardam os seus mandamentos, logo, não anulamos a lei pela fé, muito menos ela fora abolida porque a circuncisão e a justificação é pela fé em Cristo, na mesma esteira, Paulo preconiza: Romanos 3:30-31.
A ANTIGA ALIANÇA
Vamos encetar o presente estudo abordando a aliança sinaítica (no Sinai), haja vista, que alhures, analisamos a aliança do Senhor de Adão até Abraão. O Tratado de Teologia Adventista, assim define a aludida aliança:
A aliança sinaítica, celebrada no contexto da redenção do cativeiro egípcio (Êxodo 19:4; 20:2), continha as providências sacrificais divinas para a expiação e o perdão de pecado. Também era uma aliança de graça e uma reiteração das principais ênfases contidas na aliança abraâmica, incluindo a relação especial de Deus com seu povo
O Tratado de Teologia Adventista, (2011), pág. 311
A lei codificada no Sinai, é a mesma lei mencionada pela primeira vez nas Escrituras, quando o Senhor fez uma revelação de sua vontade a Isaque em Gerar: Gênesis 26:5. Segundo assertivas do Tratado de Teologia adventista (2011). Guardar a lei, da mesma forma que Abraão guardou, significava aderir a Jeová, à sua pessoa, às suas instruções e a sua vontade. Para Abraão, a aliança e a lei de Deus eram uma só e estavam em harmonia. Abraão não guardava as revelações e as instruções divinas de maneira acidental ou esporádica, mas de forma voluntária, por amor. A promessa de Deus feita a Isaque foi confirmada a Jacó por decreto e a Israel, por aliança perpétua (I Cro 16:17; cf 14-18). E quando veio o Messias prometido, a aliança e a lei ficavam vinculadas a Cristo por toda a eternidade, Gálatas 3:17.
A importância da lei, bem como sua validade; baseiam-se na vontade de Deus. A aliança exigia obediência a Deus, já que a lei era a expressão de sua vontade e a base de sua aliança. Assim, quando o povo se esqueceu do único Deus, que expressou sua vontade na lei, e passou a obedecer à lei como um conjunto de princípios formais de conduta ou ordenanças cultuais, Deus enviou seu profeta para dizer:Oséias 8:1. Obediência destituída de amor a Deus é rebelião. As Escrituras mencionam duas alianças: A antiga e a nova aliança, analisaremos a príncipio a antiga aliança.
Quando Israel foi libertado do Egito, foram conduzidos por Moisés ao monte Sinai, até aqui, a aliança e os ensinamentos dos mandamentos do Senhor eram passados de pai par filho oralmente, no Sinai, o pacto ou aliança de Deus com Israel foi codificado com a seguinte proposta: Êxodo 19:2;5-6.
Ouvindo os termos da aliança, todo o povo aceitou e se comprometeu em obedecer ao Senhor, assim responderam: Êxodo 19:8. Ao ratificar sua aliança com seu povo Israel, o Senhor entregou a Moisés os dez mandamentos escritos com seu próprio dedo (Êxodo 20), a aliança foi estabelecida, com escopo de mostrar exatamente como o povo da aliança, a nação santa deveria viver, em estrita obediência aos mandamentos, preceitos e leis do Criador. Evitando contaminações, e absorver praticas das nações pagãs. Levítico 18:3-4. A aliança sinaítica celebrada por Deus com Israel, foi a primeira aliança codificada, estava vinculada a guarda dos dez mandamentos, estatutos e juízos, tal como ele havia firmado uma aliança verbal com Abraão em (Gên, 26:5), conforme preconiza as Escrituras, Deuteronômio 4:13-14.
Os hebreus deveriam cumprir a aliança firmada no Sinai, obedecendo os mandamentos, estatutos, preceitos e a leis de Deus com amor, segundo a exigência divina. Deuteronômio 10:12-13. No entanto, Israel não atentou para este particular, inundando-se em formalismo e justiça própria, destarte, Israel não obedeceu ao pacto firmado com o Criador, guardando a lei apenas para cumprir dever e não por amor, essa foi a causa da fragilidade desta aliança que veio a fracassar, por isso Paulo disse: Romanos 9:30-32. Em Cristo os gentios alcançaram as promessas firmadas por Deus com Abraão, porque, não confiavam em sua justiça, mas, no redentor. Gálatas 3:14. Ao passo, que Israel tentou alcançar a justiça pelas obras, pelo formalismo, pelo cumprimento de dever legalista, tentaram o impossível, homem algum é capaz de obedecer a lei desvinculado da fé no redentor, Cristo Jesus. Ademais, a justiça pela fé é a base dos ensinos de Moisés sobre a obediência da lei e a todos os fundamentos do Antigo Testamento, assim como é a base dos ensinos de Paulo no Novo Testamento.
É cediço, que a obediência a lei nunca deve ser dissociada da primazia de um relacionamento de fé entre Deus e seu povo. Quando isso ocorre, a obediência está vinculada a justiça própria, o homem tentando obedecer por seu próprio esforça, por sua capacidade humana ou justiça própria, a qual o Senhor reprime como imundície.Isaías 64:6. Para Deus, o esforço humano dissociado da natureza divina do Messias, não passa de trapo de imundícia, ou seja, é a natureza pecaminosa herdada de Adão (pecado original), que na verdade nos separou do Criador. Isaías 59:2. Quando a obediência da lei é sustentada por justiça própria, o esforço humano, divorciado da fé, da natureza divina, a lei não pode alcançar sua finalidade de levar à vida ao servo do Senhor, em vez de vida, receberá a morte espiritual e distanciamento do Senhor e de sua verdadeira doutrina, Deuteronômio 6:24. Romanos 7:10. este foi o motivo do apostolo Paulo escrever aos gálatas alertando-os do perigo da obediência legalista da lei, ou como ele chamou pelas obras da lei, os tais, estão em maldição, porque ao tentar fazer isso, negam e rejeitam a justiça do Messias, porque a única forma do homem obedecer a lei de Deus, é pela fé e pelo amor compelido pela natureza divina que nos é imputada. Gálatas 3:10-11. Nesta esteira, Paulo faz uma equiparação entre a aliança do Sinai e a maldição ou escravidão em outras traduções, mencionada no aludido texto em Gálatas. A aliança do Sinai não era um sistema de maldição ou escravidão, para aqueles que amavam e obedeciam ao grande Legislador acobertado pela fé no Redentor, livres da justiça própria, obras da lei. Originalmente ela repousava sobre a realidade de Deus redimir Israel do cativeiro, em sua promessa de ser o Deus deles e de eles serem seu povo, e de conter no sistema sacrifical sua esperança para o futuro, que ensinava a expiação e perdão. No entanto, quando a Lei é dissociada da promessa e da fé, alimentada pela justiça própria, trapo de imundícia, as obras, a aliança se desvirtua, trazendo como resultado escravidão em vez de liberdade. Ficam escravos de suas próprias naturezas pecaminosas, satisfazendo suas vontades e não a de Deus. Pensam estar prestando um serviço a Deus, quando na realidade estão satisfazendo a si próprios, alimentando a natureza pecaminosa. Com efeito, os Hebreus não guardaram a lei de Deus por amor, ferindo frontalmente a Aliança firmada no Sinai pelo formalismo sem vida, com isto, foi necessária uma segunda aliança, fundamentada no amor e na justificação pela fé em Cristo Jesus, por isso Paulo asseverou: Hebreus 8:7-13.
O grande erro dos judeus foi confiar em sua justiça, tentaram obedecer a lei por seus méritos, sustentados pela natureza pecaminosa, e não pela justiça divina do Messias, Porquanto. Romanos 10:3. acreditaram que a circuncisão na carne e a obediência formalista do cumprimento de dever os habilitariam a perpetuar o concerto com o Criador, no entanto, falharam rejeitando o doador da vida e a natureza divina de Jesus, matando-o em uma cruz, e ao apedrejar Estevam no ano 34, sacramentaram sua rejeição final como povo único, eleito e peculiar, separando-se par sempre da aliança do Senhor, que estabeleceu uma nova aliança com outro povo, ratificada pelo sangue de Cristo.
A NOVA ALIANÇA
O propósito de Deus com seu povo é torna-lo santo, tanto na antiga como na nova aliança. Na antiga aliança com os israelitas, ao firmar o pacto no Sinai, ele disse:Êxodo 19:6. Na nova aliança, firmada com o messias, Jesus disse: Mateus 5:48.
Deus é santo puro e perfeito e quer sua igreja. Efésios 5:27. É seu desiderato, que seus servos tenham a mesma natureza divina ostentada por Adão antes de pecar. Para que isso aconteça é necessário que. Efésios 3:17. A obediência alicerçada pela fé e o amor aos mandamentos de Deus, só é possível, pela natureza divina, se Cristo habitar no coração do pecador penitente, então ele reconhece a justiça de Deus manifestada em sua lei e obedece por amor. Infere-se, que Deus manifesta sua justiça através de sua lei, ou seja, a lei de Deus é santa: Romanos 7:12. É na lei que Deus expressa a sua vontade ou sua justiça e deseja que seus servos obedeçam por amor, não olvidando, que o pecado se manifesta, quando a lei de Deus é quebrada. I João 3:4. Ao pecar, Adão perdeu a natureza divina e a capacidade de obedecer por amor, contraindo a natureza pecaminosa, o desejo de satisfazer a si mesmo (pecado original), transferindo a seus descendentes, cujo fruto é rebelião e transgressão da lei de Deus. Somente quando Cristo justifica o crente pela fé, imputando sua natureza divina em seu coração é que o crente consegue olhar pela fé a manifestação da justiça do Criador esculpida em sua lei e tem prazer em obedecer com intenso amor. Na aliança do Sinai, os hebreus, buscaram a justiça pelo formalismo da lei, por seus méritos (obras), em sua própria justiça. Romanos 10:3. Esta foi a razão da queda do judaísmo, estabeleceram sua justiça (justiça própria) e não viveram pela fé e justiça que vem do Messias. Israel tentou se salvar por sua própria obediência a lei, pelo formalismo, por seus méritos e não pelos de Cristo pela fé. Então, o Senhor na nova aliança, procurou estabelecer um vínculo pelo Espirito junto com o livre-arbítrio do homem, para que este obedecesse por amor e pela fé.
Na nova aliança, a lei do Senhor, não mais seria esculpida em tábuas de pedra, fria, sem vida, mas, no coração. Jeremias 31:33. Hebreus 8:8-10. No novo concerto o Senhor não só colocou sua lei, mas também seu Espirito, habilitando o crente a ama-lo e obedecê-la, com um novo coração, uma nova natureza, a divina. Ezequiel 36:26-27. Este pacto foi firmado pelo Espirito, pela justiça de Cristo que compele o homem a obedecer por amor e alegria, a lei está em seu coração porque o crente é nova criatura em Cristo, inclusive os gentios. Romanos 2:15. Porque nasceu de novo, com uma nova natureza, o seu prazer é fazer a vontade de Deus. Salmos 40:8.
Logo, a nova aliança foi norteada por dois princípios fundamentais, quais sejam, a época do sacrifício confirmado com sangue e a presença do Espirito, que estava oculto, ou não foi percebido na primeira aliança. A antiga aliança foi sancionada no Sinai, pela letra da lei, e confirmada por sangue de animais oferecidos em sacrifício, tendo Moisés como mediador. Êxodo 24:7-8. O apostolo Paulo, escrevendo aos hebreus ratifica esta assertiva: Hebreus 9:18-19.
Ao passo que, o sacrifício sancionador da nova aliança, se realizou no calvário com o sacrifício e o sangue do Messias na cruz, tendo Jesus como mediador, de acordo com os escritos da lavra de Paulo:Hebreus 9:14-15. O outro pressuposto, segundo Paulo, é a aliança do Espírito, e não apenas um código seco sem vida, como fora escrito na antiga aliança, é o Espírito de Cristo. II Coríntios 3:6.
Com efeito, a antiga aliança foi escrita em tábuas de pedra, enquanto a novel aliança é gravada pelo Espírito, ou natureza divina de Cristo no coração do seu servo; no entanto, o conteúdo das duas alianças é o mesmo, não houve mudança neste particular, o problema não estava no conteúdo, a lei de Deus, e sim na forma como tentaram guardá-la, pela justiça própria, pelas obras, tentaram ser justos por guardar a lei formalmente e não pelo espirito, pelo amor e pela fé. Na antiga aliança os judeus focavam o exterior a aparência, a sua justiça se limitava a serem vistos pelos homens. Mateus 23:5. Diante do exposto, Jesus advertiu seus servos a não cometerem o erro fatal, cometido na antiga aliança, sustentada pela justiça própria: Mateus 6:1. A segunda aliança está focada no interior, no coração iluminado pela natureza divina de Cristo, ele habita em mim, me compelindo a amá-lo e obedecê-lo. Haja vista, que a lei obedecida sem a natureza divina, sustentada pela natureza pecaminosa, anula o sacrifício de Cristo, quando o homem pensa que seu esforço, ou o simples comportamento humano é suficiente para trilhar o caminho da santificação, para amar, e obedecer a Deus e sua lei, está cometendo um engano fatal, aquele que exercita tal procedimento, está anulando o sacrifício expiatório de Cristo em seu benefício, uma vez que tal pessoa é capaz de se santificar por seus méritos, Jesus não precisaria morrer por ele, logo Jesus teria morrido em vão se o homem fosse capaz por si só, de lograr êxito na mudança de natureza, na justificação e na santificação.
Na verdade, a aliança perde seu objetivo quando é exercida pela justiça própria, na obediência formalista, apenas para ser visto e exaltado pelos homens. Na nova aliança, o crente recebe vida quando serve ao senhor pelo espírito, com nova natureza, quando nasce de novo em Cristo, e não na obediência da letra da lei, com a natureza carnal, que leva a morte pela obediência formalista da lei, assim preconiza Paulo: Romanos 7:5-6. Por fim, vale ressaltar, que existia uma única lei para as duas alianças, os dez mandamentos. A diferença residia na espécie de obediência prestada, na antiga aliança a obediência era legalista, pela justiça própria, a qual Deus chama de trapo de imundícia (Isaías 64:6), seguia a fria letra da lei: na nova aliança a obediência é pelo Espírito, pela natureza divina de Cristo, o Senhor Justiça nossa (Jeremias 23:6), por meio do amor e da fé.
Na nova aliança, a lei é gravada na mente e nos corações dos servos de Deus e não em tábuas de pedra, cujo fruto é a devida obediência aos mandamentos do Senhor, alicerçada na natureza divina de Cristo.
Segundo o apostolo Paulo, a graça de Deus se estende a todo pecador, mediante a fé. Efésios 2:8. É certo que o homem não é salvo pela obediência legalista da lei e muitos menos justificados pela obediência legalista da lei, não é essa a função da lei. Romanos 3:20. Entende-se por obras da lei, a obediência legalista da lei a qual ninguém será justificado. Portanto, afirmamos o conceito de que a pessoa deve ser considerada justa por Deus com base na confiança, que nada tem em comum com a guarda legalista da lei (Romanos 3:28). Quem busca a justificação pela obediência legalista, com certeza desconhece o amor do Criador e caiu da graça de Deus. Gálatas 5:4.
A salvação é concedida pelos méritos de Cristo que pagou o preço exigido pelo pecado, ou seja, havia uma sentença de morte para o pecador, e Cristo a pagou, sendo pendurado em um madeiro, se fazendo maldito da lei. Deuteronômio 21:22-23. O Senhor fez de Cristo que nunca pecou, pecado por nós, para que pudéssemos participar através de sua natureza divina da justiça de Deus. II Coríntios 5:21. Somente através de Cristo podemos receber pela fé o Espirito prometido, a natureza divina perdida por Adão na concepção do pecado, e restaurada por Cristo nos reconciliando com o Pai, nos salvando da maldição da lei, ou seja, da sentença de morte. Romanos 6:23. Gálatas 3:13-14. No calvário, Cristo pagou a sentença exigida pela transgressão da lei, ou seja, cumpriu a sentença da lei, a morte, e Deus demonstrou seu amor por nós. Romanos 5:8.
Com efeito, vislumbramos que a graça de Deus e de Cristo, não eliminou a Lei na cruz, mas a condenação que a lei exigia, Jesus pagou o preço da condenação, morrendo na cruz em nosso lugar, nos dando vida, onde abundou o pecado, superabundou a graça. Romanos 5:20-21.