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Doutrina


O PRECEITO DO VÉU

Nos tempos apostólicos, a doutrina cristã estava em formação. Paulo e os discípulos transmitiam para os crentes as tradições cristã, repleta de dignos preceitos a serem seguidos, entre eles, estava o preceito do véu, obrigando as irmãs a usarem este acessório nos cultos, destarte, Paulo, com louvor, exorta a igreja a guardar os preceitos ensinados por ele: "Ora, eu vos louvo, porque em tudo vos lembrais de mim, e guardais os preceitos assim como vo-los entreguei" I Coríntios 11:2. É mister indagarmos, esses preceitos tinham alguma importância para a vida espiritual da igreja? Ou obedecia quem quisesse? O apóstolo Paulo responde de forma enfática "Pelo qual também sois salvos se o retiverdes tal como vo-lo tenho anunciado; se não é que crestes em vão" I Coríntios 15:2. Vê-se que a promessa de salvação, está condicionada para aqueles que retiverem os ensinamentos da doutrina apostólica: "E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações" Atos 2:42. Obedeciam à doutrina da forma como Paulo e os discípulos ensinavam, um evangelho com ensino diferente era considerado anátema: "Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema" Gálatas 1:8.


QUAL O TECIDO DO VÉU, E QUAL O SEU TAMANHO?

Como veremos no decorrer deste estudo, Paulo reprovava com rigor a conduta das irmãs cristãs, que participasse dos cultos, ou dirigisse oração sem cobrir a cabeça com o véu. Contudo, existe uma controvérsia quanto ao tecido do véu, se era adotado véu de pano opaco, ou véu de filó. A corrente que defende o uso de véu de filó, não apresenta nenhum texto bíblico, testemunho, fonte Patrística, ou da Reforma protestante, simplesmente ampara sua tese em suposição e comparação, como se vê:

"A mulher religiosa representa a noiva de Cristo, e as noivas de Jerusalém, judias e muitas árabes, bem como as noivas cristãs usam o véu de filó quando vão para o altar, e é assim que as mulheres devem fazer cobrir com véu de filó branco, como também esclarece os dicionários da língua portuguesa: Véu, tecido transparente com que as mulheres cobrem a cabeça."Cartilha da Doutrina Cristã, pág 35

Impende frisar, que o véu a que Paulo se refere em I Coríntios 11, é para as irmãs cobrirem a cabeça, evitando que os cabelos fiquem à mostra, na oração, na adoração e nos cultos, e não para casar com Cristo, uma vez que as noivas usam grinaldas e não véu devocional. Com efeito, é muito perigoso sustentar doutrina amparada em suposição ou comparação, a verdade deve ser defendida sob a égide de fundamentos sólidos, como nos exorta a irmã White:

É vontade de Deus que todos os fundamentos e posições da verdade sejam acurada e perseverantemente investigados, com oração e jejum. Os crentes não devem ficar em suposições e mal definidas idéias do que constitui a verdade.
Ellen G. White, Testemunhos para a Igreja 5, pág 708 / Obreiros Evangélicos, pág 299 / Testemunhos Seletos 2, pág 312

É um grave erro misturar a verdade com comparação ou suposição, a verdade misturada com suposição ou comparação são palha e feno, não serve para alimentar o rebanho e merece a reprovação de Deus, ademais, a irmã White nos exorta a não misturar a verdade com suposições:

Vossa mente tem estado em tensão fora do natural por longo tempo. Tendes muita verdade, verdade preciosa, mas misturada com suposições.
Ellen G. White, Mensagens Escolhidas 1, pág 179

Sempre que possível, o ensino doutrinário precisa estar alicerçado e fundamentado no claro Assim diz o Senhor, elidindo qualquer tipo de mistura com comparação ou suposição, conforme os seguros ensinamentos da irmã White:

Nossa obra é ensinar homens e mulheres a edificar sobre uma base verdadeira, a firmar os pés num claro "Assim diz o Senhor".
Ellen G. White, 1993, Obreiros Evangélicos, pág 316 / Mente, Caráter e Personalidade 1, pág 46

Nossa divisa tem de ser, a Lei e o Testemunho, na falta destes, convém perquirir as obras Patrísticas ou da lavra dos Reformadores. Como discípulos de Cristo:

Todos nos achamos em obrigação para com Deus, quanto a conhecer o que Ele nos envia. Ele nos deu orientações por onde provar toda doutrina — "À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não têm iluminação". Isaías 8:20 (TT)
Ellen G. White, 1993, Obreiros Evangélicos, pág 301

No vertente caso, a Lei e o Testemunho guardam silêncio quanto ao tipo de tecido do véu, no entanto, garimpando as obras Patrísticas, encontramos escritos da lavra de Clemente de Alexandria dizendo que a mulher cristã não deve desnudar o seu rosto, ou seja, deve cobrir-se para evitar ser vista por terceiros, se assim for, o véu de filó não tem o condão de cobrir a mulher evitando que ela não seja vista:

A mulher e o homem devem ir decentemente vestidos à Igreja, com passo natural, saudando-se com grande reserva, cheios de sincera caridade, puros de corpo e de alma, dispostos a orar a Deus.
Que a mulher, ademais, observe isto: Vá sempre com véu, exceto quando está em casa, pois sua figura deve ser respeitável e inacessível aos olhares. Com a vergonha e véu diante de seus olhos não se extraviará jamais, nem incitará outro a cair no pecado, por desnudar seu rosto.
Sim, esta é a vontade do logos: é muito conveniente que ore coberta.
Clemente de Alexandria, 2013, O Pedagogo, pág 294

Por fim, ele relata a vontade do Logos, Jesus Cristo, que a mulher cristã ore coberta com o véu, deveras, esta é uma prova contundente de que as mulheres da igreja primitiva oravam cobertas com véu.
Para melhor esclarecimento acerca do tema, insta nos valer de outro texto, desta feita, da lavra de Hipólito, Bispo de Portus (170-236 d.C). Ele escreveu um texto elucidativo, explicando qual tipo de tecido as mulheres cristãs devem usar em sua devoção:

E que todas as mulheres tenham suas cabeças cobertas com um pano opaco, não com um véu de linho fino, pois isso não é uma verdadeira cobertura.
Easton, Burton Scott, A Tradição Apostólica de Hipólito, 1934, pág 43, parte II, 18

Ele foi taxativo, ao dizer que o véu usado pelas cristãs primitivas era de pano opaco ou fechado e não de filó ou linho fino, que não cobria adequadamente a irmã quando em devoção perante o Soberano do universo e em sinal de respeito aos anjos, o véu de filó é totalmente inconveniente, pois, deixa a mulher com a cabeça desnuda, nos ditos de Clemente de Alexandria. Vencido este obstáculo, passaremos a discutir outra questão, qual deve ser o tamanho do véu devocional? Precisamos perquirir a igreja primitiva, para saber qual tamanho de véu as irmãs usavam.
O renomado teólogo cristão contemporâneo, muito apreciado por suas investigações, nos forneceu esta resposta em sua obra: O Novo Testamento interpretado versículo por versículo, segundo Russell Champlin.

"Paulo havia instruído os crentes coríntios com respeito a varias coisas atinente a conduta pessoal e eclesiástica. Paulo não aprovava as mulheres que não usassem o véu em determinadas ocasiões. O desuso do véu era contrario a tudo quanto ele conhecera como rabino. No entanto, onde esta o véu das mulheres! De fato, é muito difícil encontrar essa pratica em qualquer igreja evangélica moderna. Às vezes vemos pequenos chapéus ou panos de cabeça usados pelas mulheres crentes. Ora, isso não teria agradado e nem satisfeito ao apostolo dos gentios. Ele recomendou e ordenou o uso do antigo véu oriental, que tinha o proposito de cobrir os cabelos, fazendo-os desaparecer da vista. Um chapeuzinho ou um pano de cabeça não é um véu." Champlin, O Novo Testamento interpretado versículo por versículo, volume 4, página 167

Observa-se, que Champlin está alinhado com a posição de Clemente e Hipólito, quando diz que Paulo recomendou um véu com a finalidade de cobrir a cabeça para não ser vista, logo o véu precisa ser de pano e longo o suficiente para cobrir totalmente os cabelos que não devem estar à vista, ou seja, os cabelos não podem ser vistos. É cediço, que o véu de filó é transparente, portanto, não atende a essa exigência do apóstolo dos gentios. Para sedimentar essa assertiva, vamos nos valer do texto que segue:

"A própria natureza confirma quão próprio é as mulheres usarem véu, tendo dado as mulheres cabelos longos; e isso não em lugar do véu, e, sim, como uma coberta ou mantilha natural, - que é, ao mesmo tempo, uma espécie de véu natural e primário. O véu de pano secundário corresponde ao véu primário dos cabelos, o que serve para mostrar-nos que a própria natureza ensina as mulheres que elas devem colocar o véu. Sim, a própria natureza pôs certo véu sobre a mulher. A igreja crista deveria aprender essa lição, requerendo que as suas mulheres usem o véu de pano. " Champlin, O Novo Testamento interpretado versículo por versículo, volume 4, página 170

Com efeito, segundo exigência de Paulo, restou comprovado que o véu usado pelas irmãs cristãs como preceito, seja de pano opaco, comprido o suficiente para cobrir totalmente os cabelos e não pode ser adornado com renda, enfeites, brilhos ou algo semelhante, para não ofender a Deus, a Cristo e aos anjos. O uso de rendas, brilhos e enfeites no véu, chamando a atenção para si, ofuscando a glória do Criador. Por outro lado, usar véu com adornos de renda, curto, véu de filó ou pano fino que deixam os cabelos a mostra, segundo o Bispo Agostinho de Hipona, é falta de modéstia e pecado de orgulho, violando o símbolo desse preceito, qual seja, submissão a Deus, a Cristo e aos anjos presentes nos momentos de adoração, conforme texto da lavra de Agostinho de Hipona, que é de bom tom acolher:

As mulheres devem usar o véu na igreja e não deve descobrir seus cabelos. Essa é a ordem de Deus a todas as mulheres. Há um comportamento perturbador em relação às mulheres cristãs usar véu. Há uma grave falta de modéstia e pecado do orgulho, os véus são finos que o cabelo pode ser visto através do tecido. Alguns dos véus não conseguem esconder todo o cabelo que viola a ideia original de modéstia e submissão.
Pais da Igreja de Nicéia e Pais pós-Nicéia, 1886, volume 1, As confissões e Cartas de Agostinho – Carta CCXI (423 d.C)

No tocante ao tipo de tecido apropriado para os véus, os evidentes, sobejos e irrefutáveis textos apresentados, no ajudaram a firmar a convicção de que os véus não podem ser de filó, mas, unicamente de pano opaco, cuja finalidade é cobrir totalmente o cabelo da mulher para não ser visto, sob pena de perda do objeto, como também, longo o suficiente para cobrir totalmente os cabelos, destituído de rendas, variações de cores ou qualquer tipo de enfeite, evitando-se assim, ofender aos seres celestes presentes nos cultos públicos e particulares.


PAULO EXIGIU O USO DO VÉU COMO PRECEITO

Como já exposto, o preceito do véu é uma verdade axiomática, que Paulo ensinou para a igreja de todos os tempos e exigiu o uso deste preceito pelas irmãs, quando estiverem em devoção ou oração, mesmo assim, muitos religiosos somam esforços por negar esta verdade, contudo, as Escrituras contrariam este intento, afirmando que Paulo exigia o uso do véu pelas irmãs, como se pode notar a confirmação de Hussell Champlin:

"É extremamente desonesto dizermos que Paulo não requeria de fato o uso do véu, pois é fato indubitável que ele fazia tal exigência."
Champlin, O Novo Testamento interpretado versículo por versículo, volume 4, página 167

Mesmo com tantas provas alicerçadas na Lei e no Testemunho, com um claro Assim diz o Senhor, provando que a igreja primitiva adotava o uso do véu como preceito, existem pastores e ministros que tentam dizimar esta verdade utilizando um arsenal de suposições e comparações, baseados nos seguinte texto: "E que, tratando-se da mulher, é para ela uma glória? Pois o cabelo lhe foi dado em lugar de mantilha" I Coríntios 11:15.

Alegam os pastores, distorcendo os ensinamentos de Paulo, que o cabelo comprido da mulher está no lugar do véu, por isso não precisam usar outro véu, no entanto, é preciso mencionar, que as irmãs cristãs de hoje não usam, nem o véu devocional de pano, muito menos conservam seus cabelos compridos como véu natural, logo, estão sem os dois véus. Mesmo diante de provas irrefutáveis, os contradizentes usam suposições como argamassa e forçam interpretações a seu favor, contudo:

"Tal interpretação só pode ser aceitável para aqueles que manuseiam desonestamente as Escrituras, procurando adapta-las aos seus pontos de vista e as suas praticas. Essas praticas ditam que a mulher não use o véu. Porém, se tantas mulheres crentes não usam o véu, isso não pode estar firmado no que Paulo diz aqui, e nem sobre a suposição que ele recomendava que bastava as mulheres usarem os cabelos longos para não precisarem mais do véu."
Champlin, O Novo Testamento interpretado versículo por versículo, volume 4, página 175

Ademais, Paulo escreveu que a mulher deve cobrir a cabeça com o véu, se o cabelo natural ficou em lugar do véu devocional, como alegam, certamente ela não precisaria cobrir a cabeça, porque já estaria coberta com o cabelo, com efeito, o apóstolo diferenciou o cabelo natural do véu devocional, razão pela qual, ele escreveu no versículo 6, que ponha o véu, ou seja, o véu de pano, porque se o cabelo já é o véu, não precisaria pôr, já estava coberto. Contudo, para consolidar esta verdade, é mister entendermos que o Apóstolo não iria ordenar tão enfaticamente por meio dos versículos 5 e 6, para as mulheres cristãs adotarem o uso do véu, e depois concluir no versículo 15 que o cabelo já é véu. Dessa forma, além de contrariar a sua própria argumentação em relação ao uso de véu, colocaria em crise o versículo 04: "todo homem que ora ou profetiza, tendo a cabeça coberta, desonra sua própria cabeça" I Coríntios 11:4. pois se cabelo é véu, os homens também estão de véu.

A discussão gira em torno da palavra "o cabelo lhe foi dado em lugar de mantilha", o que deveras Paulo quis insinuar com essa expressão? Como visto, para corrente que recusa obediência ao preceito do véu, argumentam que a mantilha ou véu, foi substituído pelo cabelo natural da mulher. Contudo, Perquirindo o Dicionário Bíblico Adventista, encontramos um texto elucidativo do tema em comento, ele explica o que é mantilha e conclui que o cabelo longo não tem o condão de substituir o véu devocional:

Mantilha do grego "Peribolaion", literalmente, o que se põe ao redor. Paulo não quer dizer que a mulher de cabelo longo pode dispensar o véu. O versículo 6 mostra que a mulher sem véu tem cabelo longo, que deve ser cortado se ela deseja dispensar o véu. Ele parece considerar que o cabelo longo não substitui o véu.
Comentário Bíblico Adventista, 2014, vol 6, pág 834

Na mesma toada, são os lídimos ensinamentos de Champlin, ele explica que o original grego permitiu essa tradução "em lugar de mantilha", no entanto, pervertem o texto, retirando-o do seu legitimo sentido, distorcendo o contexto e a ordem divina:

"...em lugar de mantilha ... Embora o original grego permita essa tradução é uma grande perversão do texto sagrado dizer que essas palavras significam que uma mulher não precisa mais de véu, se porventura usa longos os seus cabelos. Pois ninguém pode ler o terceiro versículo em diante desta passagem, onde Paulo tanto insiste sobre a necessidade do uso do véu, expressões da parte de Deus, sendo esse o motivo porque deve ser ela respeitada."
Champlin, O Novo Testamento interpretado versículo por versículo, volume 4, página 175

A interpretação que acolhe o legítimo contexto dos escritos de Paulo, exigindo obediência ao preceito do uso do véu, vai concluir axiomaticamente, que deveras, a mulher cristã deve usar o véu nos cultos e em suas devoções, que as distorções encimadas, levantadas por pastores que negam o uso deste preceito alimentando a natureza pecaminosa de seus rebanhos, são totalmente carentes, infundadas e destituídas de qualquer crédito, baseadas em comparações e suposições.
O texto seguinte vai esclarecer a questão de forma límpida, atestando que mesmo usando o cabelo longo, a mulher cristã está obrigada a usar o véu:

"O véu serve a mulher de véu secundário (artificial), que a mulher deve por sobre seus cabelos como símbolo da mesma realidade representada pelos cabelos longos. Os cabelos longos da mulher requerem o uso de um véu; não servem de substituto. Se o véu for retirado, a mulher terá também de rapar os cabelos (ver o vs. 6). Seja usado o véu, e este confirmara o significado dos cabelos longos. Os cabelos longos da mulher como que convidam o uso do véu, porquanto as duas coisas encerram o mesmo simbolismo."
Champlin, O Novo Testamento interpretado versículo por versículo, volume 4, página 175

Em sua insanidade por desmanchar os preceitos de Deus, os contradizentes distorcem o contexto, atropelando outro ensinamento do apóstolo, permitindo que as crentes adorem sem cobrir a cabeça com o véu, se valem de outro texto, alegando que o cabelo natural é o véu exigido por Paulo que não precisam de véu devocional, e que ninguém pode dizer o contrário, porque: "Se alguém quer ser contencioso, saiba que nós não temos tal costume, nem a igreja de Deus" I Coríntios 11:16. Na verdade os interpretes modernos, amantes do secularismo defendem esta tese sem nenhuma base bíblica, somente para sustentar suas vaidades, para isso, segundo Champlin:

"Este versículo também tem sido torcido pelos interpretes modernos, geralmente sem erudição, a fim de lançar por terra todo o argumento de Paulo em favor do uso de cabelos longos e de véu para as mulheres, como se esse apostolo tivesse dito que se um homem resolvesse levantar objeção por esse motivo, seria melhor esquecer-se completamente da questão. Mas essa interpretação e inteiramente estranha ao contexto inteiro. Paulo não haveria de escrever seus argumentos de muitas facetas, em favor do uso de cabelos longos e do véu para as mulheres crentes, somente para, depois de tudo, dizer que se encontrasse oposição a isso, permitiria as igrejas locais fazerem como melhor lhes parecesse. Esse tipo de interpretação se tem desenvolvido por causa de uma necessidade moderna, que tenta fazer o apostolo dizer o que queremos ouvir, mas que ignora o que realmente ele ensinou." Champlin, O Novo Testamento interpretado versículo por versículo, volume 4, página 176

A interpretação do aludido texto em seu legitimo contexto, nos leva ao entendimento de que Paulo está dizendo de forma límpida, que a mulher use o véu, se alguém contestar essa verdade, saiba que nós apóstolos não temos tal costume, como o de mulheres orarem sem véu e nem a igreja de Deus em todo o mundo. No entanto, se os crentes de Corinto se mostrar contenciosos, mesmo sabendo que Deus exige o uso do véu pelas irmãs, e que a igreja em geral não tem nenhum outro costume, portanto, não aceitaria qualquer inovação, no sentido de remover o uso do véu.

Por fim, vale destacar um texto em que Champlin comenta os versículo 15 e 16 de I Coríntios capítulo onze, e condena a interpretação suicida dos interpretes modernos:

"É uma interpretação suicida, portanto, fazer os versículos quinze e dezesseis contradizer o ensino geral desta passagem, supondo que os cabelos das mulheres (se forem longos, conforme o texto requer) lhes foram dados em lugar ou em substituição ao véu, tornando desnecessário o uso do véu, conforme alguns estudiosos têm interpretado o décimo quinto versículo. Igualmente incoerente e contrario ao texto inteiro e aquela interpretação que supõe que, no décimo sexto versículo, Paulo diz que se algum homem desejar levantar objeção acerca dessa questão, Paulo estava disposto a esquecer-se do assunto inteiro, permitindo que as mulheres fizessem como bem lhes entendessem. Não e isso que o décimo sexto versículo ensina." Champlin, O Novo Testamento interpretado versículo por versículo, volume 4, página 170


INTERPRETAÇÃO DE I CORÍNTIOS 11:5

É de grande valia para a igreja Remanescente, as instruções paulinas sobre o uso do véu pelas mulheres cristãs, esculpida no versículo cinco do capítulo onze do livro de Coríntios. Enalteça-se, que os versículos cinco, seis, nove, dez, doze, treze e quinze também ensinam dogmaticamente, que a mulher deve usar o véu quando ora ou profetiza. Contudo, o versículo cinco se destaca quando o renomado apóstolo exorta com toda autoridade: "Mas toda mulher que ora ou profetiza com a cabeça descoberta desonra a sua cabeça, porque e a mesma coisa como se estivesse rapada" I Coríntios 11:5.

O próprio texto é claríssimo. A mulher quando em devoção deve usar um véu e também conservar os cabelos longos para não desonrar a sua cabeça, e não desrespeitar Cristo e os anjos, segundo o Dicionário Bíblico Adventista:

Desonra. Uma mulher em Corinto que participasse dos serviços da igreja com a cabeça descoberta daria a impressão de agir de forma vergonhosa e imodesta (ver I Timóteo 2:9). Paulo parece ter argumentado que, ao descartar o véu, emblema reconhecido de seu sexo e posição, ela mostra desrespeito pelo marido, pai, pelo sexo feminino em geral e por Cristo.
Comentário Bíblico Adventista,2014, vol 6, pág 831

Quando Paulo exorta, que a mulher que retira o véu devocional quando ora ou profetiza, é como se a cabeça estivesse raspada, ele está claramente ensinando que retirar o véu da cabeça quando ora ou profetiza, para Deus, é a mesma coisa de retirar os cabelos naturais, portanto, "a mulher que não usasse véu nos cultos públicos da igreja primitiva agia como se tivesse rapado a cabeça, porquanto tinha removido um véu necessário, tal como os cabelos longos são uma mantilha necessária para ela. Remover um equivale a remover o outro." Champlin, O Novo Testamento interpretado versículo por versículo, volume 4, página 171

Por qual motivo o uso do véu não é acolhido hoje em dia? É cediço que essa pratica não é seguida na ingente maioria das igrejas evangélicas. Contudo, a falta de submissão a essa exigência paulina não tem respaldo nas Escrituras, mas na sociedade moderna, os costumes foram mudando paulatinamente, pelo que, atualmente, nem o véu nem os cabelos longos são requeridos, e nenhum punição é imposta as mulheres que negligenciam um ou outro desses preceitos. A igreja cristã, por conseguinte, adaptando-se aos modernos costumes sociais, tem ignorado essas instruções de Paulo, por puro amor ao secularismo, curvando-se diante do altar das modas impudicas.


INTERPRETAÇÃO DE I CORÍNTIOS 11:6

A mulher cristã da igreja primitiva usava duas modalidades de véu. O primeiro, que era natural, consistia de seus cabelos longos, cheios de sua beleza e glória. O outro é de pano opaco, as Escrituras chamam de mantilha. Para complementar o véu natural, cumpre a mulher crente usar outro véu artificial para orar e profetizar. Simbolizando a sujeição da mulher frente à divindade, objeto de adoração, não olvidando que os anjos observam os cultos de adoração dos crentes, sendo eles os guardiões da ordem divina. Assim, por causa deles, a mulher deve mostrar o devido respeito por eles, cobrindo-se com o véu: "Portanto, se α mulher não se cobre com véu, tosquie-se também; se, porem, para a mulher é vergonhoso ser tosquiada ou rapada, cubra-se com véu" I Coríntios 11:6. Como vimos alhures, neste versículo ficou evidente, que existe o véu natural, os cabelos e um véu de pano, mantilha, para a mulher orar ou profetizar, precisa estar coberta com os dois.

Segundo João Crisostomo, conhecido como boca de ouro, por proferir eloquentes sermões, ele foi bispo da igreja primitiva em Constantinopla, ao comentar este versículo, ele disse:

Se ela despreza a cobertura provida pela ordenança divina, que também desfaça a cobertura provida pela natureza.
Crisóstomo, in loc.

Leia-se, se a mulher cristã despreza a ordem divina para usar o véu em devoção, que desfaça, ou seja, que corte os cabelos naturais também. Na Igreja primitiva as mulheres usavam o véu como preceito, atendendo a doutrina apostólica, se Cristo cravou este preceito na cruz, com certeza os apóstolos seriam os primeiros a ensinar o desuso do aludido preceito, no entanto, o apóstolo Paulo exigiu o uso do véu pelas irmãs quando ora ou profetiza o que nos da à certeza de que este preceito está em vigor, pelo menos para a Igreja Remanescente.


INTERPRETAÇÃO DE I CORÍNTIOS 11:10

Neste versículo, Paulo enfatiza com maior vigor a necessidade da mulher cristã usar o véu, naturalmente, quando ora ou profetiza, segundo se lê no versículo em comento: "Portanto, a mulher deve trazer sobre a cabeça um véu, sinal de submissão, por causa dos anjos" I Coríntios 11:10. E explica o motivo, em sinal de respeito e submissão aos anjos, afinal, o que Paulo quer dizer com a expressão "por causa dos anjos"? Quais anjos? Pesquisando o Dicionário Bíblico Adventista, encontramos a seguinte resposta:

Dos anjos. A explicação mais simples é que Paulo se refere aos anjos bons presentes nas reuniões religiosas públicas e diante de quem as mulheres devem se conduzir com o devido decoro. Os anjos, que possuem uma compreensão exaltada da majestade e grandeza de Deus, velam sua face em respeito quando falam seu nome (ver OE, 178). Qualquer manifestação de irreverência ou desrespeito em reuniões cristãs de adoração não só seria um insulto ao Criador, mas também ofenderia aos anjos.
Comentário Bíblico Adventista, 2014, vol 6, pág 834

Os anjos celestiais protegem os servos de Deus, aqueles, que não insultam seu criador omitindo obediência aos preceitos, como o uso do véu ou de qualquer preceito exigido pela doutrina apostólica, onde quer que vá, o Senhor guarda os fiéis enviando seus anjos, segundo o Salmista: "Os anjos do Senhor acampa-se em redor dos que o temem, e os livra" Salmos 34:7.

Nas reuniões do povo de Deus, os anjos escrevem relatórios para o livro de memórias, acompanham todos os trabalhos e serão testemunhas no dia do juízo, são estes os anjos presentes nas reuniões a que Paulo se refere, exigindo das cristãs que ponham seus véus em sinal de respeito e submissão. Acreditamos que estes anjos acompanham as reuniões da igreja de Deus nesses últimos dias, tal como acompanhou nos tempos primitivos, é a mesma igreja porque batalham pela mesma fé e obedece a mesma doutrina que uma vez por todas foi dada aos santos (Judas 03), portanto, assim como as irmãs da igreja primitiva usavam véu, nos dias de Paulo, em respeito e submissão aos anjos, as irmãs da igreja remanescente, também estão compelidas a usar o véu pelo mesmo motivo, em respeito e submissão a Deus e aos anjos que marcaram presença nos cultos da igreja primitiva e estão presentes nos cultos públicos de hoje.

Por certo, é um insulto a Deus e aos anjos, que as mulheres cristãs que militam nos últimos dias da história terrestre, orem ou profetizem sem usar o véu. Isso é contrário ao decoro e a modesta cultivada na igreja cristã em todos os tempos. É uma afronta não apenas contra os homens, mas também contra Deus e os anjos presentes nas reuniões. Temos exemplos contundentes na igreja primitiva, nota-se que após o martírio dos apóstolos, as mulheres cristãs continuaram usando o véu em sinal de respeito e submissão, segundo relatos de João Crisostomo, Bispo de Constantinopla e um dos líderes da igreja primitiva após a morte dos apóstolos:

Os anjos estão presentes aqui. Abra os olhos da fé e olhai para esta visão. Porque, se o ar está cheio de anjos, quanto mais a Igreja! ... Ouve o Apóstolo ensina isso, quando ele ordena que as mulheres cobrir a cabeça com um véu por causa da presença dos anjos.
Crisóstomo (d.C 347-407) - em um sermão na Festa da Ascensão

Desconsiderar o preceito do véu na igreja primitiva, era inadmissível, tanto pela igreja como pelos anjos.

Os anjos acham que é extremamente difícil de suportar se essa lei [que as mulheres cobrem suas cabeças] é desconsiderada.
Cirilo de Alexandria (375-444 d.C.), Comentando Primeira Epístola aos Coríntios

Avançando no tempo, alcançamos a Reforma Protestante e o grande reavivamento espiritual do século XVIII e IX, e nos dois períodos, encontramos ensinamentos acolhedores acerca do uso do véu pelas mulheres cristãs, em respeito aos mesmos anjos presentes na igreja primitiva. Ao romper com a igreja Católica e alinhar-se com a doutrina da igreja primitiva, o grande reformador Martinho Lutero, defendeu o uso do véu, disse que a mulher deve obedecer este preceito, cumprindo o seu dever de usar o véu, que ele chamou de "cumprir os comandos": "Que a cobertura para a cabeça é uma proteção que não está fora do relacionamento com Deus. Ao cumprir os comandos, as mulheres têm uma sensação de paz e amor em suas relações com Deus"

Outra figura imponente desse período, foi Carlos Spurgeon, ele fez o seguinte comentário acerca do uso do véu pelas mulheres cristãs de sua época:

A razão pela qual nossas irmãs aparecem na casa de Deus, com a cabeça coberta é" por causa dos anjos. " O apóstolo diz que uma mulher é ter uma cobertura sobre a sua cabeça por causa dos anjos, uma vez que os anjos estão presentes na assembléia e marcam cada ato de falta de decoro e, portanto, tudo está a ser conduzido com decência e ordem na presença de os espíritos angélicos.
Carlos Spurgeon - Sermão Efésios 3:10, No Tabernáculo Metropolitano, Newington - Londres, Volume 8, Página 263, 04 maio de 1862

Como é cediço, Carlos Spurgeon, assim como Lutero, era pesquisador da igreja primitiva e alinhado com a doutrina Patrística, neste texto ele diz claramente que as irmãs de sua igreja usavam véu por causa dos anjos, reforçando os ensinamentos paulino de que a mulher cristã dever ter uma cobertura na cabeça, que por certo trata-se do véu, com escopo de manter a decência e a ordem na presença dos seres celestes. Por outro lado, se a irmã estivesse na igreja sem o véu, estaria em completa desordem.

Na mesma esteira são os lídimos ensinamentos de John Wesley, ele vai além, defendendo o uso do véu pela mulher cristã em sujeição a Deus e aos anjos, caso ela recuse usar o véu quando presente em uma assembleia ou na igreja, diz ele, deve cortar o cabelo como os homens. Para Wesley, o uso do véu pela mulher cristã é um crachá de sujeição, confira:

... se uma mulher não está coberta - se ela vai jogar fora o crachá de sujeição, deixá-la aparecer com o cabelo cortado como um homem. Mas, se é vergonhoso para uma mulher a aparecer, assim, em público, especialmente em uma assembléia religiosa, deixá-la, pelo mesmo motivo, mantenha o véu "... "Por isso também uma mulher deve ser velada em assembléias públicas, por causa dos anjos - que assistem ali, e diante do qual eles devem ter cuidado para não fazer nada indecente ou irregular.
John Wesley, (1703 - 1791 dC), de John Wesley Comentários Bíblicos

Como visto no encimado texto, John Wesley também defendia que as irmãs de seu tempo usassem o véu, em completa submissão aos anjos, seguindo os ensinamentos paulino que exigia obediência a este preceito.


INTERPRETAÇÃO DE I CORÍNTIOS 11:13

Diante da realidade dos fatos, dos textos e argumentos apresentados pela Lei, pelo testemunho Patrístico e pela Reforma Protestante, comprovando de forma inequívoca que as servas de Deus usavam véu como preceito, período que se estende da igreja primitiva até os Pioneiros Adventistas, como veremos adiante, dessume-se a impossibilidade de refutar esta verdade axiomática.

Contudo, existe entendimento no sentido contrário, os céticos, amantes do secularismo, renitentes a essa doutrina, adoradores das modas, que curvam seus joelhos diante do modernismo social, criando comichão no ouvido para não ouvir esta verdade, com certeza a rejeitarão por completo. Diante dos fatos, não nos é estranho recusarem implementar o preceito do véu em suas igrejas, contudo, o apóstolo formula uma evidente pergunta: "Julgai entre vos mesmos: é próprio que a mulher ore a Deus sem trazer o véu?" I Coríntios 11:13. Para esta classe que trilham o caminho largo, com certeza responderão que é próprio não usar o véu, por isso o desprezam, alegam que os costumes socais do mundo segue outro padrão e eles seguem juntos em completa apostasia, fomentando, como dizia Latimmer, o Evangelho limpa bolsas. No entanto, para o fiel povo de Deus, que trilha o caminho estreito, membros da igreja Remanescente prestes a unir-se com o terceiro anjo, com efeito, precisam estar alinhada com a doutrina da igreja primitiva, portanto, as irmãs cristãs adotam e obedecem o preceito do véu, é ordem divina, indiscutível, que precisa ser amado e acolhido, porque: "A palavra do Senhor, porém, permanece eternamente. Ora, esta é a palavra que vos foi evangelizada" I Pedro 1:25. A doutrina apostólica, segundo as Escrituras, é semelhante a Deus, não muda: "Porque eu, o Senhor, não mudo, por isso, vós, ó filhos de Israel, não sois consumidos" Malaquias 3:6.

Diante da realidade apresentada, verifica-se que Deus não mudou sua doutrina, e Jesus, acompanhou o modernismo social? Mitigou ou dilapidou a doutrina apostólica? Segundo as Escrituras, a doutrina foi ensinada por Cristo, e tal como ele, a Sã Doutrina, semelhante a "Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente" Hebreus 13:8. Portanto, nem Deus, muito menos Jesus Cristo, ordenaram que o preceito do véu fosse retirado da sua igreja, as igrejas que negam obediência ao preceito do véu, como de outros preceitos que compõe a Sã Doutrina, estão simplesmente provando que não conhecem a Deus e não tem a verdade, porque "aquele que diz: Eu o conheço e não guarda os seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade. Aquele, entretanto, que guarda a sua palavra, nele, verdadeiramente, tem sido aperfeiçoado o amor de Deus" I João 2:4-5.

Voltando à pergunta de Paulo, é próprio que a mulher cristã ore ou profetize na presença de Deus e dos anjos, sem cobrir-se com o véu? Com efeito, diante de todo o exposto, podemos responder com segurança, que não, é próprio e correto que a mulher ore com o véu, contudo, para melhor compreensão, vamos nos valer do Dicionário Bíblico Adventista que confirma a exigência paulina do uso do véu pelas irmãs cristãs nos cultos, ele começa explicando o significado da palavra:

PRÓPRIO - Do grego "Prepon", apropriado, correto. Mesmo que não fosse o costume do país, as mulheres deveriam usar o véu ao participar de cultos públicos, pois esse momento de solenidade o exigia. Se não o fizesse, poderiam desviar a atenção de outros. Além disso, criaria uma impressão errada na mente de um pagão que testemunhasse o culto.
Comentário Bíblico Adventista, 2014, vol 6, pág 834

Durante todo o percurso do presente estudo, as Escrituras têm demonstrado como é apropriado que a mulher use o véu quando ora ou profetisa. Neste versículo, Paulo chama a atenção do leitor, para sedimentar o entendimento de que a mulher deve orar e profetizar usando os dois véus, o natural e o véu devocional de pano, como visto alhures, evitando véu transparente, nesta linha é o entendimento de Champlin, explicando o sentido da pergunta de Paulo, como se pode notar:

"Paulo faz duas perguntas (ver este e o próximo versículo) a fim de confirmar o seu argumento. Primeiramente ele apela para o senso de propriedade dos seus leitores, quando é séria e tranqüilamente investigado esse senso (ver o décimo terceiro versículo). E em seguida apela para a propriedade demonstrada pela própria natureza (ver o décimo quarto versículo), que cobriu a mulher com um «véu» natural, isto é, com cabelos longos, mostrando assim quão decoroso e próprio é o uso do véu de pano."
Champlin, O Novo Testamento interpretado versículo por versículo, volume 4, página 173

Para sedimentar esta verdade, vale enaltecer o testemunho vivo das gravuras esculpidas nas catacumbas de Roma, palco de reuniões e cultos dos antigos cristãos, que ainda hoje estão preservadas para comprovar que os crentes cristãos usavam cabelos curtos e as mulheres cristãs usavam longos cabelos e adoravam com véu de pano cobrindo completamente os cabelos. Este preceito era obedecido universalmente pela igreja primitiva que não cogitava em hipótese alguma mudar esta norma em nome da facilidade ou exigências sócias, como dizia John Wesley, não podemos baixar as normas, ou vocês se elevam até elas, ou hão de perecer para sempre. Em sede de confirmação deste alegado, vislumbrem o texto elucidativo da lavra de Champlin:

"Nas catacumbas de Roma, as gravuras ali existentes sobre os cultos públicos dos cristãos mostram os homens de cabelo curto e as mulheres com véus apertados em volta da cabeça, que ocultavam completamente os seus cabelos. Esse é o tipo de cena que se poderia ver nas igrejas cristas de todo o mundo greco-romano daquela época, incluindo Corinto. Paulo, pois, apelou para quão apropriada é essa pratica universal, não se inclinando ele para aceitar desafios a fim de disputar acerca de modificações nessa pratica."
Champlin, O Novo Testamento interpretado versículo por versículo, volume 4, página 176


OS PIONEIROS ADVENTISTAS

Finalmente, há que se apontar a situação dos pioneiros adventistas, com relação ao preceito do véu, por certo, aqueles que têm entendimento contrário ao preceito do véu, vão alegar que Ellen White e os pioneiros não adotaram o uso do véu na igreja. Como é cediço, os pioneiros construíram a doutrina paulatinamente, ao longo do tempo foram estudando a igreja primitiva nos pormenores e montando a doutrina adventista, basta observar a característica da igreja no princípio de sua formação, que vamos observa uma grande semelhança com a doutrina apostólica. Contudo, apesar da chuva Serôdia gotejar nos dias dos pioneiros, ela foi recolhida ao céu e com ela o resto da doutrina porque rejeitaram a justificação pela fé na conferência de Minneapólis em 1888. Ellen White ficou reclusa da igreja até a sua morte em Santa Helena Califórnia em 1915. Ela profetizou a queda da igreja e sua apostasia, que foi culminada na década de 50, quando se aliaram com evangélicos para fazer parte da sociedade ecumênica de igrejas dos Estados Unidos visando lucros e poder.

Com efeito, ao investigar minuciosamente a doutrina adventista, vamos nos deparar com os pioneiros enfrentando um problema suscitado por Paulo, quando disse: "As vossas mulheres estejam caladas nas igrejas; porque não lhes é permitido falar; mas estejam sujeitas, como também ordena a lei. E, se quiserem aprender alguma coisa, interroguem em casa a seus próprios maridos; porque é vergonhoso que as mulheres falem na igreja" I Coríntios 14:34-35. Na carta escrita para Timóteo, o apóstolo Paulo aborda o tema de forma mais contundente: "A mulher aprenda em silencia, com toda a sujeição. Não permito, porém, que a mulher ensine, nem use de autoridade sobre o marido, mas que esteja em silêncio" I Timóteo 2:11-12.

Os Pioneiros adventistas enfrentaram o tema e defenderam que Deus concedeu às mulheres a capacidade de profetizar e orar em público e fincaram sua tese em outro texto paulino, que diz: "Mas toda mulher que ora ou profetiza com a cabeça descoberta desonra a sua cabeça, porque é a mesma coisa como se estivesse rapada" I Coríntios 11:5. Sem sombra de dúvidas, o texto está afirmando que a mulher, deveras, pode profetizar na igreja, no entanto, segundo a exigência do texto, ela pode falar na igreja com véu ou sem véu? Note, que o mesmo texto que autoriza a mulher falar em público, está exigindo que a mulher também use o véu na igreja, destarte, eles foram obrigados a comentar este versículo para defender o direito da mulher falar em público. Vamos encetar, com um texto de Tiago White, citando I Coríntios 11:5, admitindo a possibilidade da mulher orar e profetizar na igreja, vamos ao texto:

Em 1 Coríntios 11: 5 , etc. Aqui o apóstolo admite que a profecia de mulheres nas assembleias públicas e dá especial direções respeitando o seu comportamento e aparência, enquanto envolvidos nesse dever sagrado. "Todo homem que ora ou profetiza com a cabeça coberta desonra a sua cabeça . Mas toda mulher que ora ou profetiza com a cabeça descoberta desonra a sua cabeça , etc." Aqui eu acho que o apóstolo reconheceu a profetizar pública das mulheres.
Tiago White - Advent Review and Sabbath Herald, vol. 15, 02 de fevereiro de 1860, página 87

Não podemos ignorar que no Velho Testamento, existiram mulheres que profetizavam, oravam e falavam ao povo acerca do caminho do Senhor a exemplo da profetisa Hulda, contemporânea do piedoso rei Josias que subiu ao trono com apenas oito anos de idade e fez o que era reto diante do Senhor.

No seu reinado foi encontrado o livro da Lei pelo Sumo Sacerdote: "Então, disse o sumo sacerdote Hilquias ao escrivão Safã: Achei o Livro da Lei na Casa do Senhor. Hilquias entregou o livro a Safã, e este leu" II Reis 22:8. De posse do livro o secretário levou a novidade ao rei Josias, lendo diante do monarca a sentença do Senhor que estava prestes a cair sobre Jerusalém, em virtude da apostasia do povo: "Tendo o rei ouvido as palavras do Livro da Lei, rasgou as suas vestes" II Reis 22:11. Desesperado o rei Josias ordenou a Hilquias arrebanhar uma comissão sacerdotal e consultar a profetisa Hulda acerca do Livro do Senhor, ele disse: "Ide, e consultai o Senhor por mim, pelo povo e por todo o Judá, acerca das palavras deste livro que se achou; porque grande é o furor do Senhor, que se acendeu contra nós; porquanto nossos pais não deram ouvidos às palavras deste livro, para fazerem conforme tudo quanto acerca de nós está escrito" II Reis 22:13.

A cronologia bíblica nos mostra que naquele tempo, o 18º ano do reinado de Josias 2Rs 22:3, o ministério de Sofonias Sf 1:1, e de Jeremias Jr 1:1-2, já funcionavam, no entanto, a comissão sacerdotal foi procurar e consultar a profetiza Hulda, 2Rs 22:14; 2Cr 34:22 e não os dois renomados profetas, logo podemos inferir, que mesmo sendo mulheres as profetisas eram respeitadas tanto quantos os profetas homens. "Então foi o sacerdote Hilquias, e Aicão, Acbor, Safã e Asaías à profetisa Hulda, mulher de Salum, filho de Ticvá, o filho de Harás, o guarda das vestiduras (e ela habitava em Jerusalém, na segunda parte), e lhe falaram" 2 Reis 22:14. Por certo, o Senhor usou a profetisa Hulda, que recebeu a mensagem diretamente de Deus, e logo a seguir as contou para a comissão sacerdotal, que levou a mensagem ao rei Josias 2Rs 22:20; 2Cr 34:28, uma mensagem de fúria de Deus contra o povo 2Rs 22:16-17, mas de misericórdia para com o rei 2Rs 22:19-20 pelo seu temor e humilhação perante o SENHOR, o Livro da Lei encontrado foi o capitulo 28 de Deuteronômio.

Outra profetisa encontrada nas páginas sagradas do Velho Testamento é a irmã de Moisés e Arão. Trata-se de Miriã, enviada pelo Senhor adiante do povo juntamente com seus dois irmãos: "pois te fiz sair da terra do Egito e da casa da servidão te remi; e enviei diante de ti Moisés, Arão e Miriã" Miquéias 6:4. A irmã de Moisés, Miriã, estava também à frente do povo com seus dois irmãos Moisés e Arão, pela ordem do Senhor, ela tinha dom de profetizar, cantar e tocar, como se pode notar: "A profetisa Miriã, irmã de Arão, tomou um tamborim, e todas as mulheres saíram atrás dela com tamborins e com danças" Êxodo 15:20.

No livro de Juízes encontramos, Débora, uma profetisa que agregou forças com o juiz Baraque, juntos julgaram a Israel em tempos difíceis: "Débora, mulher profetisa, mulher de Lapidote, julgava a Israel naquele tempo. Ela assentava-se debaixo das palmeiras de Débora, entre Ramá e Betel, nas montanhas de Efraim; e os filhos de Israel subiam a ela a juízo." Juízes 4:4-5. Nesse tempo não havia rei constituído, o povo de Israel dependia do julgamento dos Juízes, as pendências acerca da lei, os conflitos sociais e a vontade do Senhor eram levados perante a profetiza e juíza Débora para consulta e resolução de conflitos. Era um cargo de liderança e de grande responsabilidade, o Espírito do Senhor repousava em Débora que profetizava e julgava o povo com justiça.

Tamanha era a confiança depositada sobre Débora, que o Juiz Baraque recusou subir para a batalha sozinho: "Então lhe disse Baraque: Se fores comigo, irei; porém, se não fores comigo, não irei. E disse ela: Certamente irei contigo, porém não será tua a honra da jornada que empreenderes; pois à mão de uma mulher o Senhor venderá a Sísera. E Débora se levantou, e partiu com Baraque para Quedes." Juízes 4:8-9. Débora subiu com o exército de Israel e venceram a guerra, cumprindo-se a palavra do Senhor, assim como ela havia profetizado. Temos mais um exuberante exemplo de mulher utilizada pelo Espírito do Senhor para falar ao povo em seu nome.

De igual modo encontramos outros textos de mulheres profetizando no Novo Testamento, temos o exemplo da profetisa Ana, segundo narrativas do apóstolo: "Havia uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser, avançada em dias, que vivera com seu marido sete anos desde que casara e que era viúva de oitenta e quatro anos. Esta não deixava o templo, mas adorava noite e dia em jejuns e orações. E, chegando naquela hora, dava graças a Deus e falava a respeito do menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém" Lucas 2:36-38.

Pela narrativa do texto, ela não abandonava o templo, servia ao Senhor com Jejum e orações, falando diariamente ao povo, logo profetizava no templo, embora alguns religiosos insistam na tese que ela não podia entrar no templo, estava proibida pela Lei, que autorizava as mulheres frequentarem apenas a porta do templo, citando o texto que segue: "Fez a bacia de bronze, com o seu suporte de bronze, dos espelhos das mulheres que se reuniam para ministrar à porta da tenda da congregação" Êxodo 38:8. Nessa toada, seguindo esse ensinamento, as mulheres de hoje também não poderiam entrar na igreja, uma vez que a Lei proibia entrar no templo, segundo alegam alguns, na tentativa de tolher o entendimento de que Ana estava profetizando dentro do templo.

Por fim, resta nos valer do texto esculpido no livro de Atos, onde Paulo comenta acerca das filhas de Filipe, diácono onde Paulo se hospedou, diz o apóstolo que elas eram profetisas: "No dia seguinte, partimos e fomos para Cesaréia; e, entrando na casa de Filipe, o evangelista, que era um dos sete, ficamos com ele. Tinha este quaro filhas donzelas, que profetizavam" Atos 21:8-9..

Parece que há uma aparente contradição entre os textos, de um lado Paulo diz para as mulheres não ensinar, não falar e se comportar na igreja, de outro lado, elencamos vários exemplos de mulheres que falavam ao povo, profetizavam e oravam. Com efeito, podemos inferir acerca da situação de Corinto, que Paulo estava disciplinando a igreja, ou seja, se as mulheres não conseguirem entender o que está sendo ensinado, não deveriam interromper o pregador, mas esperar até chegarem em casa e perguntarem a seus maridos. Haja vista, que as mulheres pagãs novas convertidas, falavam em voz alta interrompendo os outros irmãos nos lugares de culto, desta forma, Paulo ensinou que é desonroso a uma mulher cristã comportar-se dessa maneira.

Para o fim dos tempos, podemos tomar a irmã White por exemplo, que não só pregava, como ensinava, profetizava, escrevia e participava de reuniões da Associação Geral da igreja Adventista. O Senhor derrama luz específica para cada fase da igreja e cada um é responsável pela luz recebida:

Somos responsáveis pelos privilégios que desfrutamos, e pela luz que incide em nosso caminho. Os que viveram nas gerações passadas foram responsáveis pela luz que lhes foi concedida. Sua mente foi despertada acerca de vários pontos da Escritura que lhes serviram de prova.
Ellen G. White, Testemunhos para a Igreja 2, pág 692 / Testemunhos Seletos 1, pág 286

Contanto, que a igreja ou os responsáveis pela luz recebida não prossiga além do que recebeu ou do que está escrito: "E eu, irmãos, apliquei estas coisas, por semelhança, a mim e a Apolo, por amor de vós; para que em nós aprendais a não ir além do que está escrito, não vos ensoberbecendo a favor de um contra outro" 1 Coríntios 4:6.

A irmã White não só falava francamente a verdade, como ensinava e repreendia quando necessário, se Deus derramou seu Espírito sobre ela, com certeza estar autorizando sua serva falar ao povo, profetizar e ensinar ou não teria sentido o Senhor derramar luz para os últimos dias sobre a irmã White e ao mesmo tempo impedi-la de falar ao povo ou a igreja. Ela não se importa com quem se ofende com suas repreensões:

Muitos têm se ofendido porque tenho falado francamente, mas isso tenho de continuar a fazer, se Deus pôs essa responsabilidade sobre mim.
Deus requer que aqueles que ocupam posições de responsabilidade sejam consagrados ao trabalho; pois se eles agem erradamente, o povo se sente na liberdade de seguir suas pegadas. Se o povo estiver em falta e os líderes não erguerem sua voz contra isso, sancionam o erro e o pecado lhes é atribuído assim como aos ofensores.
Ellen G. White, Testemunhos para a Igreja 2, pág 37

Apesar de seu lugar de honra na igreja Adventista do sétimo Dia, a irmã White humildemente apoiou a mensagem proclamada por Waggoner e Jones em Minneapólis no ano de 1888, a mensagem da justiça de Cristo, mesmo contrariando a maioria da igreja e os membros da associação Geral, ela saiu em defesa da verdade testemunhando em seu favor, como se pode notar:

Eu considero como grande privilégio estar ao lado dos meus irmãos e dar o testemunho para a mensagem deste tempo.
Ellen G. White, The Review and Herald 18 de março de 1890 n.º 7 / W. Meyer, Minneápolis 1888, pág 25

Na conferência Geral de Minneápolis 1888, quando o irmão Kilgore pediu que interrompesse a conferência porque o presidente George I. Butler estava ausente com a esposa doente, então:

A irmã White, que estava sentada no estrado, levantou-se. Quando lhe foi dada a palavra disse: Irmãos, esta é a obra do Senhor. Deverá a obra do Senhor espera pelo irmão Butler?
W. Meyer, Minneápolis 1888, pág 22

Para dissipar qualquer resquício de dúvidas quanto a irmã White testemunhar, eis um texto contundente:

Repetidamente dei o meu testemunho perante os reunidos duma maneira clara e inequívoca, mas o testemunho não foi aceito. Quando fui a Battle Creek, repeti o mesmo testemunho na presença do irmão Butler.
Deus não me chamou para fazer esta grande viagem, para vos falar se estais sentados e duvidais da sua mensagem e se a irmã White ainda é a mesma dos anos passados. 1888 Sermões 53
W. Meyer, Minneápolis 1888, pág 26

A irmã White, pregava, exortava e enfrentava a própria direção da igreja quando agia de forma contrária aos planos divinos, temos a prova dos fatos ocorridos após Minneápolis, com a rejeição da doutrina da justiça de Cristo, onde Ela Waggoner e Jones não foram ouvidos, pelo contrário, foram enviados para terra estrangeira evitando que suas pregações iluminasse o povo adventista. Quando a irmã White voltou da Austrália, dez anos depois, ela não frequentou mais as reuniões públicas da igreja e evitou enfrentar os membros da Associação Geral:

A minha voz foi ouvida em várias conferências e reuniões campestres. Agora devo proceder de outra maneira. Não posso me entregar a atmosfera de discussões e depois dar testemunhos que me custam muito mais do que podem imaginar aqueles para as quais são. Se eu participar nas diversas reuniões, estou abrigada a discutir com homens responsáveis, dos quais sei que não desempenham uma influência segundo a vontade de Deus.
Ellen G. White, Manuscript Releases, vol. 17 [Nos. 1236-1300], pág 64 / W. Meyer, Minneápolis 1888, pág 84

Com certeza, se tiver homens na igreja, são eles quem tem direito e o dever de dirigir os trabalhos, contudo, não havendo homens para dirigir, temos exemplo de mulheres que dirigiam os cultos domésticos na ausência de seus maridos, temos por espelho a família Wesley:

Nunca se omitia o culto doméstico da programação do dia no lar de Samuel Wesley. Fosse qual fosse a ocupação dos membros da família, ou dos criados, todos se reuniam para adorar a Deus. Na ausência do marido, Susana, com o coração aceso pelo fogo dos céus, dirigia os cultos.
Boyer, 2016, Heróis da fé, pág 51

Na mesma esteira são os lídimos ensinamentos da irmã White acerca do tema em comento, ela diz que o pai deve dirigir o culto doméstico e na ausência a obrigação passa para a mãe:

O pai e, em sua ausência, a mãe, deve dirigir o culto, buscando um trecho das Escrituras que seja interessante e de fácil compreensão. Convém que o culto seja breve. Se for lido um capítulo extenso e feita uma oração longa, o culto torna-se cansativo e, ao terminar, tem-se sensação de alívio. Deus é desonrado quando a hora da adoração se torna insípida e enfadonha, quando é tão tediosa, tão destituída de interesse que as crianças lhe têm horror.
Ellen G. White, Testemunhos para a Igreja 7, pág 43 / Testemunhos Seletos 3, pág 62 / Conselhos para a Igreja, pág 156

  • Retomando o estudo acerca do véu, vamos estudar vários textos dos pioneiros Adventistas defendendo que mulher pode falar na igreja, porém, coberta com o véu.

No texto seguinte, Tiago White diz claramente, que a mulher tem direito de profetizar em público, todavia, com a cabeça coberta com véu. Ele argumenta, se as mulheres não pudessem falar em público, então, porque Paulo deu essas instruções? E acrescenta que a diferença do homem para a mulher na igreja, está no uso do véu, confira:

Em 1 Coríntios 11:5, instruções são dadas de que as mulheres que orar e profetizar em público deve seguir o costume da sociedade, e ter suas cabeças cobertas. Se ele estava errado para elas para falar ou orar em publico, por que dar essas instruções? A única diferença feita entre homens e mulheres, é que os homens estão a descobrir suas cabeças, e as mulheres devem cobrir a delas, quando falam ou ora.
Tiago White - Advent Review and Sabbath Herald, vol. 37, 14 de março de 1871

Em seguida, Tiago White, chama atenção do leitor para o fato de Paulo colocar o homem e a mulher nas mesmas condições de ensinar, orar e profetizar na igreja, mais uma vez, invoca a diferença no uso do véu:

Paulo continua nos versículos 4 e 5, eo leitor vai ver que ele coloca os homens e mulheres, lado a lado na posição e obra de ensinar e orar na igreja de Cristo, "Todo homem que ora ou profetiza, tendo a cabeça coberta, desonra a sua cabeça. Mas toda mulher que ora ou profetiza com a cabeça descoberta desonra a sua cabeça; para isso é a mesma coisa como se estivesse rapada".
Tiago White - Advent Review and Sabbath Herald, ..., 29 de maio de 1879, página 172

Desta feita, é Uriah Smith, quem traz a lume sobre a necessidade do uso do véu pelas irmãs na igreja, quando afirma que a mulher deve usar o véu nos cultos, note, que os pioneiros adventistas tiveram muita luz acerca deste preceito, se não usaram foi porque não quiseram, veja o texto:

O leitor, por favor virar para 1 Coríntios 11 , e leia atentamente os primeiros quinze versículos. Ele vai lá descobrir que Cristo é a cabeça de todo homem, e o homem a cabeça da mulher; que a mulher quando ora ou profetiza deveria ter a cabeça coberta. Encontramos por estes textos que uma mulher pode orar ou profetizar na igreja.
Uriah Smith - Advent Review and Sabbath Herald, vol. 10, 15 de outubro de 1857, página 190

O renomado pioneiro, Uriah Smith, comenta as instruções paulina acerca do preceito do vestuário e do véu, observa-se, que eles não estavam inocentes acerca da necessidade de obedecer aos citados preceitos, quando diz:

No capítulo 11:5, na mesma epístola aos Coríntios, Paulo dá instruções sobre como as mulheres devem ser vestida ao orar ou profetizar na congregação pública, ou versículo 18. Em "quando eles estavam reunidos na igreja." versículo 4, ele diz: "todo homem que ora ou profetiza com a cabeça coberta desonra a sua cabeça." Então ele passa a dar instruções em relação às mulheres, "Mas toda mulher que ora ou profetiza com a cabeça descoberta desonra a sua cabeça."
Uriah Smith - Advent Review and Sabbath Herald, ..., 26 de junho de 1866

E. J. Waggoner, outro renomado pioneiro, defende o direito da mulher profetizar e orar na igreja, e chama a atenção para a instrução paulina ensinando para as irmãs, que a forma adequada da mulher cristã profetizar e orar na igreja é cobrindo a cabeça com o véu. Ele forma sua convicção, citando os textos proferidos por Paulo, como se vê:

Esta conclusão é feita positiva por outros textos. Em 1 Coríntios 11: 4, 5, 13 , o mesmo apóstolo diz: "Todo homem que ora ou profetiza, tendo a cabeça coberta desonra a sua cabeça. Mas toda mulher que ora ou profetiza com a cabeça descoberta desonra a sua cabeça; para isso é a mesma coisa como se estivesse rapada" "Judge em vós mesmos.; é decente que a mulher ore a Deus descoberta?". Nestes versículos, e o contexto, o apóstolo está dando instruções para a condução adequada de adoração pública.
E.J. Waggoner - The Signs of the Times, vol. 13 de 12 de maio de 1887, página 278

Por fim, Andrews, também defende o direito da mulher cristã falar na igreja, citando primeiro aos Coríntios capitulo onze e versículo cinco, onde Paulo exorta no sentido da mulher cobrir a cabeça com o véu quando está adorando:

Como prova de que ele não estava falando contra uma mulher de participar de culto religioso, nos referimos a 1 Coríntios 11: 5, onde ele diz que toda mulher que profetiza ou ora com a cabeça descoberta desonra a sua cabeça.
J.N. Andrews - Advent Review and Sabbath Herald, 02 de janeiro de 1879, página 4

Diante da realidade dos textos apresentados, restou comprovado de forma cristalina, que o preceito do véu está em vigor, pelo menos para a Igreja Remanescente, que não pode furtar-se do amor e obediência a todos os Mandamentos, Estatutos e Preceitos do Senhor.



Autor: Walber Rodrigues Belo