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Doutrina


SÁBADO E LUAS NOVAS, NÃO SÃO SOMBRAS
Colossenses 2:16-17



Enceta-se o presente estudo, examinando texto extraído do Resumo do livro, "Trinta Razões por que não Guardo o Sábado", do Pastor evangélico Amilton Justos. Em sua visão:
O Sábado, que quer dizer descanso, é uma sombra de Cristo, porque Jesus Cristo é o verdadeiro descanso para a alma, segundo Mateus 11:28-30 e Isaías 32:2. Jesus é a luz do mundo. A sombra desapareceu porque a luz chegou. (Eclesiastes 7:8). Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da Lua Nova, ou dos Sábados. Que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo. (Colossenses 2:16-17).
A esdrúxula interpretação do malsinado pastor, descortina a perícia de Satanás em torcer as Escrituras e remover contextos do verdadeiro sentido, propagando mentiras na pena e voz de seus agentes.

Trata-se de tese desidratada, beirando ao ridículo, visa induzir maliciosamente almas ao erro, Lua Nova e Sábado não são sombras. Em sua famigerada tese, o aludido pastor afirma: "O Sábado é descanso, portanto é sombra de Cristo o verdadeiro descanso", de inopino cita duas passagens, cujo contexto, não tem nenhuma conexão com o alegado, totalmente deturpada. Na ótica evangélica, fincada em Colossenses 2:16-17, Lua Nova, Festa e Sábado foram cravados na cruz, eram sombras das coisas futuras, a saber, Cristo morreu na cruz cravando os tipos e sombras. Como exposto, a malsinada tese encontra-se eivada de erros fatais, portanto, merece acurada reflexão.

Ainda no mesmo contexto, antes de tecer comentários a tese apontada, se faz necessário expor a posição da Igreja Adventista do Sétimo Dia (Adventistas nominais), interpretando o aludido texto. Em sua interpretação, Colossenses 2:16-17 trata de Sábado cerimonial, porque está no plural e portanto ligado a Lua Nova, apoiados por um erro teológico de Guilherme Stein Filho, eis o texto:

Os Sábados (grego sabbaton, forma plural) a que o apóstolo aludi aqui são os sábados ligados a luas novas e demais dias de festa prescrito na lei cerimonial.
FILHO. Guilherme Stein, O Sábado, Ed. Sociedade Internacional de Tratados do Brazil, 1919. pág. 104

Sem resquício de dúvidas, os Sábados cerimoniais de acordo com o texto em comento, estão inclusos em dias de Festa. Com efeito, o aludido texto se refere ao Sábado semanal. O cerne da questão se resume na pergunta: Sábado semanal e Luas Novas, são sombras? A almejada resposta depende de sólidos fundamentos bíblicos alicerçada no Assim diz o Senhor, destarte, se faz necessário perquirir as Escrituras com afinco, rompendo com ilações, comparações e suposições, a exemplo da gélida tese ora em comento.

Em princípio vale ressaltar, Sábado semanal e Lua Nova não podem ser sombras cerimoniais, foram instituídos antes do pecado com viés de duração eterna. A Lei Cerimonial, por sua vez, foi criada após o pecado de Adão para cumprimento dos tipos e sombras apontados no Plano de Redenção. Em assim sendo, impende renovar a pergunta, Sábado semanal e Lua Nova, fazem parte dos tipos e sombras apontados a lei Cerimonial esculpida no Plano de Redenção? A princípio é forçoso indagar, qual objetivo da lei Cerimonial? Serviu de norte, cartilha para conduzir Israel no conhecimento do Plano de Redenção e os devidos cumprimentos dos tipos do primeiro advento com a morte do Messias. Por esse motivo, a lei Cerimonial empunhava regulamentos estabelecidos por Deus mediante ritos, cerimônias, símbolos, tipos e sombras apontando para Cristo, o substituto do homem pecador, incapaz de amar e obedecer seu Criador, dependente da natureza divina de Cristo, o centro do Plano de Redenção.

Enalteça-se por oportuno, Sábado e Lua Nova existiam antes do pecado de Adão. O próprio Deus fez o sétimo dia, abençoou e santificou. Sábado significa descanso, porque nesse dia o Senhor descansou das obras da Criação: "No sétimo dia já havia concluído a obra que realizara, e nesse dia descansou. Abençoou Deus o sétimo dia e o santificou, porque nele descansou de toda a obra que realizara na criação. Esta é a história das origens do céu e da terra, no tempo em que foram criados." Gênesis 2:2-3. Segundo relatos bíblicos, o Sábado foi criado pelo Senhor na origem ou formação do planeta, logo após criar o homem, antes do pecado. Se o homem não houvesse pecado, o Sábado seria obedecido por Adão eternamente no Éden, logo, conclui-se, o Sábado não pode ser sombra de nada, a Lei Cerimonial foi instituída somente após o pecado com tipos e sombras. Acerca do tema se manifestou Uriah Smith em sua obra. Segundo o Renomado Pioneiro:

O Sábado foi instituído no princípio, ao terminar a primeira semana da criação, Gênesis 2:1-3.
O Sábado nada encerra de natureza típica, ou cerimonial porque foi instituído antes de o homem pecar, e por isso pertence a um tempo em que, na própria natureza das coisas, não podia existir um tipo ou sombra.
As leis e instituições que existiram antes da queda do homem foram primárias em sua natureza, saíram da relação entre Deus e o homem e dos homens entre si, e assim continuariam sempre se o homem nunca tivesse pecado e não fosse afetado pelo seu pecado. Noutros termos, eram, em sua própria natureza de coisas, imutáveis e eternas. As leis cerimoniais e típicas deveram a sua origem ao fato de o homem ter pecado, e nunca teriam existido se o pecado não tivesse sido um fato. Foram sujeitadas a mudanças de dispensação para dispensação. E estas, e só estas, foram abolidas na cruz. A lei do Sábado era primária e, portanto, imutável e eterna.
SMITH, Uriah. As Profecias do apocalipse, 1.ed. Ed. A Verdade Presente, 1991. pág. 251-252

Como exposto, o Sábado não tem natureza típica, não tem relação com tipos e sombras figurando na Lei Cerimonial. O Sábado é sinal entre Deus e seu povo, do Éden, origem ao Éden com os remidos na Nova Terra: "E será que desde uma lua nova até à outra, e desde um sábado até ao outro, virá toda a carne a adorar perante mim, diz o SENHOR." Isaías 66:23. Se a fajuta tese fosse verdadeira, Sábado e Lua Nova sendo cerimoniais teriam cumpridos com os tipos do primeiro advento na cruz, contudo, as Escrituras repelem a insólita tese, confirmando a vigência do Sábado e Lua Nova, dos dias atuais à na Nova Terra, onde os salvos adorarão o Senhor nos Sábados e Luas Novas eternamente.

De igual modo, a Lua Nova surgiu na criação servindo de sinal, no quarto dia, portanto, instituída antes do pecado de Adão não pode ser tipo nem sombra, "disse Deus: Haja luminares no firmamento do céu para separar o dia da noite. Sirvam eles de sinais para marcar estações, dias e anos, e sirvam de luminares no firmamento do céu para iluminar a terra. E assim foi. Deus fez os dois grandes luminares; o maior para governar o dia e o menor para governar a noite, fez também as estrelas. Deus os colocou no firmamento do céu para iluminar a terra, governar o dia e a noite, e separar a luz das trevas. E Deus viu que ficou bom. Passaram-se a tarde e a manhã; esse foi o quarto dia." Gênesis 1:14. Sábado e Luas Novas não perderam o propósito da criação divina. Sábado, abençoado e santificado por Deus permanece como dia de repouso, adoração e sinal entre o Senhor e seu povo. A Lua Nova, marca o calendário terrestre e celestial, também é sinal, onde os salvos degustarão os frutos da árvore da vida de mês em mês, marcado pelo calendário lunar e dia de adoração, conforme relatou o profeta Isaías.

Do primórdio, após a criação, o Senhor capacitou o homem observar o tempo através do calendário original, lunar. O supracitado Calendário original é determinado por sinais dos astros celestes, no caso a lua nova. O calendário bíblico está umbilicalmente adstrito à lua nova, ela condiciona o princípios dos meses, leia-se, cada mês bíblico começa na conjunção ou convergência, alinhamento da Terra, Lua e Sol marcando as estações, Festas e o calendário da Nova Terra, onde os santos degustarão dos frutos da árvore da vida todo mês. "Ele fez a lua para marcar estações, o sol sabe quando deve se por." Salmos 104:19. Após o pecado, a Lua Nova sinalisa para continuidade do calendário lunar na Nova Terra e não sombra ou tipo de coisa nenhuma, dentro do Plano de Redenção. A Lua Nova conservou o propósito divino, marcar as festividades, cerimônias e dias de culto: "A lua, em todas as suas revoluções é a marca dos tempos e o sinal das épocas. Os dias de festa são determinados pela lua, este corpo luminoso que diminue até desaparecer. O mês toma dela o nome, ela cresce dum modo admirável, até ficar cheia." Eclesiástico 43:6-8. Codificados por Moisés no Sinai, Sábado e Luas Novas, como dia de adoração, foram incluídos como dias específicos para oferecer sacrificios tipicos do Messias. Estavam escritos na lei do Senhor como dias consagrados de adoração, disciplinando os cultos de templo: "Agora estou para construir um templo em honra ao nome do Senhor, o meu Deus, e dedicá-lo a ele, para queimar incenso aromático diante dele, apresentar regularmente o pão consagrado e fazer holocausto todas as manhãs e todas as tardes, nos Sábados, nas luas novas, e nas festas fixas do Senhor, o nosso Deus. Esse é um decreto perpétuo para Israel." II Crônicas 2:4. Ademais, é forçoso lembrar, Sábado e Luas Novas, não eram dias comuns, reservados apenas para oferecer sacrifícios, foram separados, dia de adoração, santificados por Deus. Outrossim, no Sábado e Luas Novas, a porta do templo era aberta, os fiéis adoravam o Senhor e não era apenas Israel, mas todos os povos da terra. Nos dias de trabalho a porta do templo era fechada e abria-se tão somente nos dias santos. A saber: "Isto é o que o Senhor diz: A porta leste do pátio interior deverá permanecer fechada nos seis dias de trabalho, mas no Sábado será aberta, e na Lua Nova também será aberta. O principe entrará pelo caminho do vestíbulo exterior da porta e ficará próximo ao batente. Os sacerdotes deverão preparar sua oferta queimada e suas ofertas pacíficas. Então ele se prostará em adoração na soleira da porta e depois disso se retirará; porém, a porta não será fechada até a noite. O povo da terra também se prostará em adoração diante do Senhor na entrada daquela porta no Sábado e na Lua Nova." Ezequiel 46:1-3. Segundo o profeta Ezequiel, a porta do templo permanecia fechada nos dia de trabalho, domingo a sexta-feira, e aberta nos dias de adoração, não era permitido trabalhar no Sábado e Luas Novas. Fato confirmado em outro texto bíblico, no seguinte teor: "E Jonatã prosseguiu, dizendo-lhe: amanhã é Lua Nova e certamente se dará falta de ti, porque o seu assento estará vago. E certamente no terceiro dia se dará muita falta de ti; e terás de vir do lugar onde te escondes no dia de trabalho." Samuel 20:18-19. No teor do texto, Luas Novas, não eram dia de trabalho, portanto, era separado, santo, motivo de jonatã alertar Davi para se apresenetar em dia de trabalho.

O supracitado texto é endossado pela Bíblia de Estudo Arqueológico, pág. 426, em nota de rodapé confirma a santificação do dia da Lua Nova: Cada novo mês do ano (i.e, na lua nova) era consagrado ao Senhor pela oferta de sacrifícios especiais (Num 28:1-15) e pelo toque de trombetas (Num 10:10; Sl 81:3). Essa observância também implicava cessação dos trabalhos normais, especialmente no início do sétimo mês (Lev 223:24-25; Num 29:1-6; IIReis 4:23; Is. 1:13. Am 8:5). A citação é sólida, cada início de mês ou cada Lua Nova, era santo, consagrado ao Senhor, a santificação impedia os hebreus executarem trabalhos laborais, o dia era dedicado adoração ao Senhor, pela santificação do início do mês, Lua Nova.

No tempo de Davi a Lua Nova ou princípio do mês, era guardada pelo minguante visível, ou seja, observava-se o momento da conjunção ou convergência, quando a lua passava no ponto zero, o primeiro milésimo de segundo é lua nova, como não tinham tecnologia para precisar esse momento, guardavam a Lua Nova observando o último minguante visível, era uma festa sagrada:

Por ocasião da Lua Nova, celebrava-se uma festividade sagrada em Israel. Esta festa ocorreu no dia seguinte ao da entrevista de Davi e Jônatas.
WHITE, Ellen Golden. Patriarcas e Profetas. 9. ed. Ed. Casa Publicadora Brasileira, 1989, pág. 702

Segundo Ellen White, a festa da Lua Nova era sagrada, o dia era santo, dedicado à adoração, separado por Deus.

No texto em comento, Jônatas diz para Davi, no terceiro dia se dariam falta dele, portanto, venha em dia de trabalho, logo, resta comprovado de forma cristalina, dia da Lua Nova não era permitido trabalhar. O texto da lavra do profeta Amós confirma, Sábado e Lua Nova não se compravam nem vendiam, por ser dia de adoração, consagrados ao Senhor: "Ouçam, vocês que pisam os pobres e arruínam os necessitados da terra, dizendo: Quando acabará a Lua Nova para que vendamos o cereal? E, quando terminará o Sábado, para que comercializemos o trigo, diminuindo a medida, aumentando o preço." Amós 8:4-5. Por fim, cabe ressaltar, Sábado e o dia da Lua Nova vão do Éden ao Éden, foram instituídos no Éden e seriam dias de eterna adoração ao Senhor Jeová se não fosse a queda de Adão, entrementes, após a purificação da terra e restauração do Éden, o Senhor será adorado exatamente nesses dois dias. Na Nova Terra o Senhor exige adoração do povo da terra e não de Israel nos dias específicos, a saber: "Porque, como os novos céus e a nova terra, que hei de fazer, estarão diante de mim, diz o Senhor, assim há de estar a vossa posteridade e o vosso nome. E será que, de uma Festa da Lua Nova à outra e de um Sábado a outro, virá toda carne a adorar perante mim, diz o Senhor." Isaías 66:22-23. O fato dos salvos adorarem o Senhor Sábado e Luas Novas na Nova Terra, deita por terra a tese de atribuir tipos e sombras ao Sábado e Luas Novas. Se o Senhor exige adoração do povo da Terra Sábado e Luas Novas no Éden, confirma a vigência e separação para uso sagrado dos aludidos dias santos, hoje e eternamente, portanto, Sábado e Luas Novas não são e nunca foram sombras ou tipos cerimoniais.

Com esse importe, se faz necessário analisar o contexto utilizado por Paulo em Colossenses 2:16-17, o destemido apóstolo relata cuidado da Igeja com a doutrina, ninguém se deixe julgar por conta de maus testemunhos, quando ele diz: Ninguem vos julgue por causa de comida, bebida, dia de Festa, Lua Nova, ou Sábado, aplica o verdadeiro contexto do aludido texto, sua exortação alerta os irmãos a não permitirem julgamento por opositores da verdade referente a desobediência dos pontos doutrinários apontados (comida, bebida, Festas, Sábado e Lua Nova), por maus testemunhos dos crentes. Paulo zelava pela doutrina ensinando os irmãos cuidarem da doutrina: "Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Continua nestes deveres; porque, fazendo assim, salvarás tanto a ti mesmo como os teus ouvintes." I Timóteo 4:16. O eloquente apóstolo exortava obedecer a doutrina de Jesus por amor: "Mas graças a Deus porque, outrora, escravos do pecado, contudo, viestes a obedecer de coração à forma de doutrina a que fostes entregue." Romanos 6:17. Ao viso dos opositores da verdade, Paulo chama comida, bebida, Festas, Sábado e Lua Nova de sombras de Cristo, distorcendo o contexto, em assim sendo, é forçoso indagar, ninguem vos julgue pelo comer ou beber, O fato de comer e beber é sombra de que? Com certeza de nada! A guarda da Lua Nova e a guarda do Sábado, como exposto, não são sombras, foram instituições estabelecidas antes do pecado, portanto impossível de serem sombras da obra expiatória de Cristo. Com efeito, existe uma tese eivada de malícia fadada a pulverização. Pastores evangélicos instilam na mente dos adeptos veneno da incredulidade e dúvida, ao seu viso, todos os tipos e sombras contidos na lei cerimonial foi cravado na cruz por Cristo, contudo, tal ensinamento é falso, não merece prosperar.

De acordo com as Escrituras, a dispendiosa obra sacerdotal carecia de recurso para sustentar o ministério, em assim sendo, o Senhor acrescentou o sistema de Dízimos na Lei Cerimonial escrita por Moisés. O relevante fato merece indagar, o dízimo, por está contido na Lei Cerimonial, foi cravado na cruz? A resposta exige conhecer a função de cada instituto dentro do Plano de Salvação e não se encontra no Novo Testamento o aludido evento. A função do sistema de Dízimos é o sustento dos sacerdotes, os símbolos e sombras da obra do sacerdote terrestre encontrou cumprimento nos tipos do primeiro advento de Cristo, no entanto, o sistema de dízimos não foi cravado na cruz porque não era sombra, não aponta para Cristo e sua obra redentora, ainda hoje permanece exercendo a função para o qual foi criado, o sustento do ministério da igreja de Deus. De igual modo, Sábado e Lua Nova, foram criados antes do pecado com a finalidade única de adoração ao Criador, embora sendo utilizado no Plano de Redenção, para o serviço sagrado de tipos e sombras. Os tipos e as sombras do primeiro advento se cumpriram, e tal como o sistema de Dízimos, Sábado e o dia da Lua Nova, permanecem exercendo suas funções peculiares, a saber, dias de adoração ao Senhor, tanto aqui como na Nova Terra, portanto são eternos, criados no Éden e serão observado na Nova Terra, no Éden.

Quanto as Festas? Somente aqui existe sombras, os sete Sábados cerimonias estão cunhados na lei cerimonial como tipos, criados após o pecado, deveras são sombras, alguns foram cravados na cruz e outros não. Existem tipos do primeiro advento e do segundo advento. Dentro do Plano de Redenção, o Senhor determinou a morte do cordeiro (Jesus) na Páscoa, ressurreição na festa dos Ázimos (Lev. 23:8), e efetuasse a primeira grande colheita de almas na Festa do Pentecostes (Lev. 23:15-21), os aludidos tipos do primeiro advento cravados na cruz, foram três sábados cerimonias, no entanto, quando Paulo diz: são sombras das coisas futuras, ele se referiu aos outros quatro sábados futuro, leia-se, se cumprirão no segundo advento de Cristo, futuro para o destemido apóstolo. A veracidade do alegado finca-se no fato elucidativo, quando Paulo escreveu a epistola de Colossense, Jesus hjavia morrido na cruz há mais de trinta anos, portanto, ele não poderia ter escrito são sombras futuras, o fato estava no passado, ele teria escrito foram sambras do que passou, porque Jesus havia morrido há mais de trinta anos atrás. Paulo não se enganou, escreveu inspirado pelo Espírito Santo. Os sábados tipico da trombetas, Expiação e dos dias da festa dos Tabernáculos, estavam no furturo para Paulo. As trombetas (Lev. 23:23-25) anunciam a mensagem do primeiro Anjo, alertando sobre a hora do Juizo: "dizendo em grande voz: Temei a Deus e dai-lhe glória, pois é chegada a hora do seu juízo; e adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas." Apocalipse 14:7. O outro sábado cerimonial se trata da Expiação, "Uma vez por ano, Arão fará expiação sobre os chifres do altar com o sangue da oferta pelo pecado, uma vez no ano, fará expiação sobre ele, pelas vossas gerações, santíssimos é ao Senhor." Êxodo 30:10. Tipifica o Juízo investigativo em andamento no céu, "Quando, porém, veio Cristo como sumo sacerdote dos bens já realizados, mediante o maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, quer dizer, não desta criação, não por meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção." Hebreus 9:11-12. Quanto aos outros dois sábados vinculados a Festa dos Tabernáculos (Lev. 23:35;29) tipifica a última grande colheita de almas:

A festa dos tabernáculos não era apenas comemorativa, mas também típica. Não somente apontava para a peregrinação no deserto, mas, como festa da ceifa, celebrava a colheita dos frutos da terra, e indicava, no futuro, o grande dia da colheita final, em que o Senhor da seara enviará os Seus ceifeiros para ajuntar o joio em feixes para o fogo, e colher o trigo para o Seu celeiro.
WHITE, Ellen Golden. Patriarcas e Profetas. 9. ed. Ed. Casa Publicadora Brasileira, 1989, pág. 397

Indicava no futuro a última colheita de almas, fato futuro, em assim sendo, as supracitadas sombras estavam no futuro para Paulo.

Aplicar o texto de Colossense 2:16-17, como fato passado para Paulo é suicido, na deturpada visão evangélica Lua Nova, Sábado e Festas são sombras de coisas futuras, cravados na cruz por Cristo, contudo, há contradição, o supracitado fato era passado para Paulo e não futuro. Quando Paulo diz: o corpo é de Cristo, não significa o sacrifício do Messias na Cruz com todos os tipos e sombras. Em verdade o corpo mencionado por Paulo, trata-se da igreja compelida a testemunhar da doutrina: "Agora, me regozijo nos meus sofrimentos por vós; e preencho o que resta das aflições de Cristo, na minha carne, a favor do seu corpo, que é a igreja." Colossenses 1:24. Em suma, Paulo, profundo conhecedor do Plano de Redenção, vivenciou o cumprimento dos tipos do primeiro advento, a saber, Páscoa, ázimos e pentecostes. Os Sábados referentes ao segundo advento, somente estes estavam no futuro para Paulo, portanto, quando escreveu são sombras de coisas futuras, se referiu aos tipos do segundo advento, os últimos quatro sábados cerimoniais restantes. Não olvidando, comida, bebida, Sábado e Lua Nova não são sombras. Se Paulo pretendia escrever o contexto defendido na tese de pastores evangélicos ora em comento, o festejado discípulo teria escrito FORAM SOMBRAS DO QUE VEIO, OU PASSOU, Jesus havia morrido há muitos anos quando Paulo escreveu o texto de Colossenses, portanto, era passado.

Ao analisar o texto: "Porque tudo isso tem sido sombra das coisas que haviam de vir, porém o corpo é de Cristo." Se faz necessário atentar para tradução pulverizando as dúvidas, e firmar o entendimento de Paulo apontar o futuro, o que havia de vir, e não para a morte de Cristo cumprindo os tipos do primeiro advento na cruz: "Por isso, não permitam que ninguém os julguem em relação ao que comem e bebem ou com relação a um festival judaico, a Lua Nova ou Sábado. Essas são sombras do que virá, o corpo porém, é do messias." Colossenses 2:16-17. Como profundo conhecedor do Plano de Redenção, Paulo apontou sombras do que virá referindo-se aos tipos do segundo advento de Cristo, nos relatos de WHITE:

Isto se tornou muito claro ao dar-se atenção à maneira por que os símbolos relativo ao primeiro advento de Cristo se havia cumprido. A morte do cordeiro pascal era sombra da morte de Cristo. Diz Paulo: Cristo, nossa Páscoa, foi imolado por nós. I Coríntios 5:7. O molho das primícias, que por ocasião da páscoa era movido perante o Senhor, simbolizava a ressurreição de Cristo.
Aqueles símbolos se cumpriram, não somente quanto ao acontecimento, mas, também quanto ao tempo. No dia catorze do primeiro mês judaico, no mesmo dia e mês em que, durante quinze longos séculos, o cordeiro pascal havia sido morto, Cristo tendo comido a Páscoa com os discípulos, instituiu a solenidade que devia comemorar sua própria morte como o cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo.
De igual maneira, os tipos que se referem ao segundo advento devem cumprir-se ao tempo designado no culto simbólico. No cerimonial mosaico, a purificação do santuário, ou o grande dia da expiação, ocorria no décimo dia do sétimo mês judaico. (Levítico 16:29-34).
WHITE, Ellen Golden. O Grande Conflito. 30. ed. Ed. Casa Publicadora Brasileira, 1985. pág. 398

Por fim restou comprovado, existem tipos do primeiro advento e tipos do segundo advento, de acordo com o culto simbólico, logo, Paulo só poderia se referir aos tipos da Festa dos Tabernáculos, tipo do segundo advento de Cristo. Ademais, vale lembrar, comida e bebida não são sombras, Sábado é sinal entre Deus e seu povo. Lua Nova é sinal, fixa o calendário lunar neste mundo e na Nova Terra, e ambos, Sábado e Luas Novas são dias santificados, separados para adoração hoje e na Nova Terra, fundamentando sólido entendimento de sua vigência hoje e eterna. Se Cristo cravasse as supostas sombras, Sábado e Luas Novas na cruz, não seriam resgatados como dia de adoração somente na Nova Terra, é tremendo absurdo tal entendimento, haja vista, a obra de preparação ocorrer aqui, tanto na santificação do pecador, como os dias santos observado pela Igreja na Nova Terra.

Autor: Pr. Walber Rodrigues Belo