Removendo algumas passagens de seus legítimos contextos, evangélicos e católicos, afirmam que após a ressurreição de Cristo o domingo foi elevado a categoria de dia santo, e o Sábado renegado ao judaísmo. Apontam duas passagens que analisaremos no curso do estudo. No manual Princípios do Evangelho, dos Mórmons, existe uma citação que retrata a tese e defesa esdrúxula dos evangélicos para guardarem o domingo, vejamos:
Até a ressurreição de Jesus Cristo, Ele e os discípulos guardavam o Sétimo dia como dia santo. Após a ressureição, o domingo foi considerado como dia do Senhor, em lembrança de sua ressurreição naquele dia (ver Atos 20:7; I Coríntios 16:2). Desde aquele tempo, seus seguidores estabeleceram o primeiro dia da semana como dia do Senhor. Nos dois casos, haviam seis dias de trabalho e um para descanso e devoção.
Manual, Princípios Evangélicos, pág. 61
Outrossim, analisaremos as provas alegadas pelos defensores da guarda do sábado espúrio (domingo), a primeira prova alegada da suposta mudança do Sábado para o domingo está esculpida no livro de I Coríntios: Coríntios 16:1-2. O que motivou o apostolo Paulo a escrever este texto, foi a previsão de uma grande fome na Judéia. Atos 11:27-28. Atos 11:29. No primeiro momento, observa-se, que a citada passagem (I Coríntios 16:1-2) em nenhum momento endossa a citação dos Mórmons e evangélicos, que Jesus ou os discípulos mudaram a guarda do Sábado para o domingo, a Bíblia diz uma coisa e eles afirmam outra totalmente distorcidas. Com esta passagem, lavam o cérebro de seus membros, alegando que Paulo ordenou a coleta para os santos no domingo porque os crentes estavam congregados, e ofertas são coletadas nas escolas dominicais e cultos da igreja, logo a igreja estava reunida em adoração domingo, com isto, tentam provar sem sucesso a mudança do Sábado para este famigerado dia. Não obstante, fazendo uma detida leitura do texto, resta comprovado, que o apóstolo Paulo ordenou que se fizessem a coleta das ofertas em casa, e não na igreja. Os defensores do domingo agem de má fé, excluindo em algumas traduções, que consta nos textos originais, a expressão “em casa” para macular o sentido do texto, fazendo crer que estavam na igreja. No entanto, resta comprovado que Paulo congregava-se no Sábado segundo seu costume. Atos 17:2-3.
Percebe-se, que Paulo enfatiza Cristo ressuscitado, aqui seria uma ótima oportunidade para o ínclito apóstolo persuadir os judeus da guarda do domingo também, já que dizem que ele mudou o dia de guarda, no entanto, ele congregava-se no Sábado, e não era só na sinagoga, nesta passagem Paulo já era apóstolo dos gentios, toda a cidade juntou-se para ouvir a palavra de Deus no Sábado e não no domingo. Atos 13:44;48. Mesmo com a conversão dos gentios, Paulo continuou ensinando e guardando o Sábado da Lei do Senhor. Atos 16:13.
O apóstolo dos gentios, guardava o Sábado e ensinava os membros novos conversos a guardá-lo, se o domingo substituísse a guarda do santo Sábado, com certeza Paulo o teria mencionado, observa-se que nesta passagem elencada, o apóstolo estava em lugar de reunião para adoração, no Sábado. Na verdade, nem Paulo, nem qualquer um dos discípulos mencionam o domingo como dia de guarda, porque a guarda do Sábado era uma doutrina pacifica no cristianismo primitivo, todos guardavam o Sábado, nessa época, o domingo era venerado por povos pagãos Gregos e Romanos, Paulo continuava guardando a Lei escrita por Deus, que contém o Sábado no quarto mandamento. Atos 24:14. Com efeito, a guarda do domingo não está de acordo com a Lei de Deus, segundo a expressão de Paulo, ele repudia a guarda do domingo, porque esse dia não consta na Lei escrita pelo Senhor, a qual ele acreditava, o legislador do domingo foi o papa, tentando mudar os tempos e a Lei, séculos após a morte do apóstolo.