À guisa de introdução, diga-se, a guarda da Lua Nova transformou-se em palco de acalorado embate doutrinário, frequentemente hostilizada, atrai grandes controvérsias. Nesse ínterim, irmãos destoam as Escrituras focando macular a veracidade da aludida doutrina, estudam textos bíblicos com a mente viciada, formando opinião ao arrepio das Escrituras, torcem contextos de forma grosseira, ferindo de morte a hermenêutica, assim, garimpam as Escrituras em busca de provas desejando cercear a santificação e a guarda do dia da Lua Nova, como não encontram tais pontos, dissecam os textos bíblicos torcendo os contextos de forma rudimentar, para não consagrar o dia da Lua Nova, visando estorvar a santidade do primeiro do mês.
Na ótica dos contradizentes, a guarda da Lua Nova limita-se à Nova Terra, ou então ironizam dizendo, os hebreus trabalharam nesse dia, não existe a expressão nenhuma obra servil fareis, por isso não é dia santo, no entanto, quando a consciência pesa, mitigam celebrando semana de oração ou proclamando jejum. Assim sendo, cometem grave equívoco, Sábados, Luas Novas e festividades, são dias santos, não podem ser dedicados a jejum, exceto da Expiação, pois são dias festivos, de alegria e júbilo, não de tristezas e aflições. Jejum consiste em sacrifício, pesar e aflição, destarte, as Escrituras proíbem jejuar nos aludidos dias; considerando grave pecado sacrificar o dia tomado pelo Senhor para adoração e jejuar nesse dia com objetivo de não perder um dia de trabalho secular. Jejuar transcende permanecer vinte e quatro horas em abstinência de alimento e bebidas. Para consolidar o axioma ventilado, se faz necessário examinar um texto elucidativo, proibindo jejum voluntário em dia de Sábado, Lua Nova e festividades, o supracitado texto encontra-se esculpido no livro de Judite, embora chamado apócrifo e por isso, muitos o desprezam, esses livros eram apreciados e acolhidos na Igreja Patrística:
Já os pais da igreja de períodos posteriores quase não estabeleciam diferenças entre os livros apócrifos e o Antigo Testamento e introduzem citações a ambas as coleções com as mesmas fórmulas.
DORNELES, Vanderlei.. Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia a. V. 1. 1. ed. Ed. Casa publicadora Brasileira, 2011. pág. 19
Este exemplo autoriza usar textos dos referidos livros, confira: Judite 8:6. Escritos da lavra de Ellen White endossam esta assertiva:
Enquanto os cristãos geralmente continuavam a observar o domingo como festividade prazenteira, ele os levou, a fim de mostrarem o seu ódio ao judaísmo, a fazer do sábado dia de jejum, de tristeza e pesar.
WHITE, Ellen Golden. O Grande Conflito. 30. ed. Ed. Casa publicadora Brasileira, 1985. pág. 49
Segundo o brilhante texto, Satanás induz os incautos jejuarem no festivo dia do Sábado, ou na expressão do texto, tenta fazer do sábado dia de jejum, tristeza e pesar, Sábado é dia de alegria, louvor e adoração, é o dia do Senhor, assim como a Lua Nova.
Leia-se, Judite jejuava em qualquer dia do ano, salvo Sábados, Luas Novas e festividades. Com efeito, porque são dias de alegria, de encontrar-se com o Senhor, santos, consagrados à adoração, portanto conclui-se, não é permitido jejuar em dia santo, jejum denota vinculo de aflição, pesar e tristeza. Por certo, é um grande despautério, substituir a santificação do dia da Lua Nova por jejum voluntário. Com isto, deixam de cumprir ordem divina, para fazer, ao arrepio da Escritura, algo proibido por Deus. Pior ainda, não colherão os resultados almejados com o jejum, debalde será esse sacrifício, Deus não os atenderá, por tratar-se de jejum egoísta, cuja finalidade é satisfazer seus próprios interesses, segundo exorta o profeta dizendo: Isaías 58:3. A resposta é clara, transformar dia santo em jejum, cuidar dos próprios interesses, contrariando ordem divina, não é consagração, mas, apostasia, presunção e rebeldia.
Apenas a Igreja Remanescente aceitará todas as verdades
Em verdade, é inarredável destacar a grande controvérsia deflagrada entre Deus e o Diabo perdurando através dos séculos, com drásticas consequências para sua igreja. No início Deus pôs inimizade entre a mulher (igreja) e a sinagoga de Satanás: Genesis 3:15. Satanás pica a mulher, Igreja de Deus, fazendo-a tropeçar nas veredas dos séculos fomentando prazeres e orgias, por vezes, volta a picar a mulher fazendo-a abandonar os mandamentos estatutos e preceitos de Deus, desviando-a do caminho, por outro lado, a mulher fere a cabeça de Satanás, alimentando-se da natureza divina de Cristo, indiferente aos prazeres do mundo e a luxúria impudica, consagrando sua vida no amor e obediência aos santos mandamentos, estatutos e preceitos do Senhor, entre eles a Lua Nova. Ademais, a história deste mundo aproxima-se do fim, são tempos perigosos, destarte, o Senhor preservou seus servos de erros fatais misturados com verdade concedendo a sua igreja conhecimento de todas as verdades, confira:
Os diferentes grupos de professos crentes têm cada um deles um pouco de verdade, mas Deus deu todas essas verdades aos seus filhos que estão sendo preparados para o dia de Deus. Ele tem dado verdades que nenhum desses agrupamentos conhece nem entenderão. Coisas que para eles são seladas, o Senhor abriu aos que verão e estarão prontos a compreender.
WHITE, Ellen Golden. Primeiros Escritos, 3. ed. Ed. Casa Publicadora Brasileira, 1988. pág. 124
Os citados agrupamentos não conseguem entender a verdade, seus depravados corações fecharam-se para a justiça de Cristo palpitando avidamente por prazeres seculares. Resistindo consagrar a vida ao Senhor, as igrejas populares abriram porteiras de apostasia, os ouvidos criam comichão opondo-se ouvir a verdade, contudo, estão apurados para ouvir coisas agráveis, rompendo com a sã doutrina adoram a criatura em detrimento do Criador.
Com esse enfoque, o apóstolo Paulo preocupou-se com a desfiguração doutrinária nos últimos dias, sentindo o perigo iminente exortou a igreja Remanescente: II Timóteo 4:2-4.Com efeito, chegou o tempo de repudiar a verdade, os supracitados agrupamentos religiosos não suportam ouvir a sã doutrina, é de bom tom a igreja continuar pregando por palavra e exemplo de obediência, mormente, quando se trata da Lua Nova dissipando espessas trevas doutrinárias, lenindo a responsabilidade da igreja. Nesta senda, as almas se perderão exclusivamente por recusar a verdade, trocando-a por fábulas e não por falta de quem a ensine.
Nesse viés, é imperioso enfrentar com bravura, o caótico estado de apostasia, o mundo religioso mergulhou em profunda treva espiritual rejeitando a sã doutrina, forçando assegurar com convicção, somente a igreja de Cristo, revestida de natureza divina consegue amar todas as verdades contidas em sua doutrina. De outro norte, os pseudos grupos de reformas e demais evangélicos, não conseguem entender verdades impopulares, porque:
Há nas Escrituras algumas coisas difíceis de entender e que segundo diz Pedro, os indoutos e inconstantes torcem (II Ped. 3:16) para a própria perdição. Não podemos explicar nesta vida o sentido de todas as passagens das Escrituras; não há, porém, pontos vitais da verdade prática, que fiquem envolta em mistérios. Todo fato que tem que ver de perto com a salvação de almas, será tornado tão claro, que ninguém precisa errar, ou andar em trevas.
WHITE, Ellen Golden. Testemunhos para a Igreja, V. 2. 1.ed. Ed. Casa Publicadora Brasileira, 2015. pág. 692
A dificuldade para entender textos difíceis reside na natureza pecaminosa alocada no coração, quando a justiça de Cristo penetra o coração, assemelhando-se ao óleo, acende a lâmpada iluminando toda a verdade na alma blindando-a contra erros fatais, corrupções e sofismas.
Destarte, no atual cenário de apostasia, os supracitados grupos religiosos, inclusive de Reforma, procuram preencher o vazio do coração com gritos de glória, secularismo e êxtase, fomentando avareza, cobiçando dízimos e ofertas, satisfazendo seus corações carnais com entretenimentos e festividades de natureza profana. São resistentes a guarda da Lua Nova, temendo faltar um dia de trabalho além do Sábado, santificado por metade. Tentam pacificar a consciência fomentando semana de oração a partir da Lua Nova. Como visto, somente os remanescentes, conhecedores de todas as verdades, estão habilitados compreender e obedecer às luzes do passado, presente e futuro, revestidos da justiça de Cristo e Efésios 2:20. Somente uma Igreja alicerçada em Cristo, nutrida de natureza divina, deveras, aceitará todas as verdades doutrinárias concebidas na palavra do Senhor, consequentemente receberá toda a luz celestial, tanto do passado como do presente, para amar e obedecer à sã doutrina estendendo-se a Nova Terra:
Toda luz do passado, toda luz do presente e que alumia até o futuro, conforme revelado na palavra de Deus é para todo o que aceita.
WHITE, Ellen Golden. Testemunho para a Igreja. Ed. Casa Publicadora Brasileira. pág. 81
A luz da verdade não penetra em corações renitentes e endurecidos. Toda alma cujo coração é regado pela apostasia deleitando-se na molície, jamais verá a alva.
Nesse compasso, é função da Igreja Remanescente aceitar e pregar a verdade ancorada na graça de Cristo para descortinar antigas verdades ocultas nos lixões de erros, neste sentido emerge lapidados ensinamentos dos Testemunhos:
Se, mediante a graça de Cristo, seu povo se tornar odres novos, Ele o encherá com novo vinho. Deus dará mais luz, e antigas verdades serão recuperadas e colocadas na moldura da verdade; e aonde quer que forem os obreiros vão triunfar. Como embaixadores de Cristo, eles devem investigar as Escrituras, procurar as verdades ocultas sob o lixo do erro; e todo raio de luz recebido deve ser comunicado aos outros. Review and Herald, Extra, 23 de dezembro de 1890. Citado por .
DANIELLS, Arthur G. Cristo Nossa Justiça. 2. ed. Ed. Casa Publicadora Brasileira, 2022, pág. 72-73
Novos odres, entenda, igreja revestida pela justiça de Cristo, receberá novo vinho, revelação de verdades antigas resgatada no esgoto dos erros, entre eles a Lua Nova. Mesmo sofrendo repúdio, máxime, por quem deveria pregar a verdade, os religiosos, no entanto são os mais cruéis escarnecedores e ferrenhos perseguidores da verdade, destarte, se faz necessário passar a doutrina de Cristo ao crivo da Lei e do Testemunho, segundo exorta o profeta: Isaías 8:20. A doutrina da Lua Nova não foi cravada na cruz, é luz do passado, vigora no presente e iluminará o futuro na Nova Terra, como será devidamente comprovado no presente artigo, ao crivo da Lei e Testemunhos.
A necessidade de um calendário religioso
Como prenota as Escrituras, quando Deus fez o céu, a terra, o mar e a fonte das águas, Ele criou os luzeiros, o sol e a lua, neste momento, com qual propósito? Gênesis 1:14. A lua nova serve de sinal do Éden ao Éden, portanto, não figura entre os tipos ou sombras do primeiro advento, não é típica, em assim sendo, não foi cravada na cruz. Com certeza o Senhor criou um calendário para distinguir dias, meses e anos, cada astro empunha uma função especifica. Salmos 103:19. O Senhor criou a lua para marcar os tempos, o calendário original deriva da Lua Nova, esta, tomou importância primorosa na contagem dos anos e no serviço religioso.
De fato, o advento do pecado e revelação do Plano de Redenção, concebeu a lei Cerimonial, com seus tipos, sombras, ritos e cerimônias, apontando o Messias vindouro. A Lua Nova não faz parte dos tipos, é sinal. O cumprimento dos tipos e sombras ocorreria nas Festas fixas, tanto os tipos do primeiro advento, como os tipos do segundo advento. Como cediço, a Festa dos Tabernáculos encerra o ano religioso, simboliza conclusão dos últimos eventos relacionados ao Plano de Redenção:
A festa dos Tabernáculos era a última festa do ciclo anual de serviços. Simbolizava a consumação final do plano de redenção.
HASKELL, Stephen N. A Cruz e sua Sombra. Ed. Vida Plena, 1997. pág. 245
Leia-se, as festas estão vinculadas ao Plano de Redenção. O calendário religioso, norteia o início das Festas, começando na Lua Nova de março. A Lua Nova do sétimo mês, dia das Trombetas, inicia o calendário civil judaico, mesmo assim alguns irmãos sinceros insistem em delinear a celebração das Festas a partir do calendário civil e não do calendário religioso, lamentavelmente.
Nesse viés, se faz necessário frisar, o próprio dia do juízo encontra-se umbilicalmente adstrito à Festa dos Tabernáculos, simbolizado pelo dia da Expiação:
O dia do juízo é um tempo definido, separado, no qual se realiza uma obra específica. É um período de tempo. Deus julgará o justo e o perverso, pois há tempo para todo propósito e para toda obra. Eclesiastes 3:17. Deus não deixou o mundo em trevas com relação ao tempo do dia do juízo, do qual o dia da expiação, ou purificação do santuário, era um símbolo. Por meio do profeta Daniel, Ele predisse quando esse evento teria lugar.
HASKELL, Stephen N. A Cruz e sua Sombra. Ed. Vida Plena, 1997. pág. 196
Para celebrar as Festas era preciso um calendário, Deus supriu a lacuna criando o calendário unicamente lunar, divorciado de qualquer interferência do calendário solar: Eclesiástico 43:6-8. As Festas Bíblicas sempre foram regidas pelo calendário lunar, desde os primórdios, assim será até a consumação dos séculos.
Nesse compasso, as Festas foram instituídas visando cumprir o Plano de Redenção, com seus tipos e sombras, tanto do primeiro como do segundo adventos de Cristo. Em assim sendo, o Senhor precisava estabelecer um calendário, determinando o período para celebração de cada Festa com seus respectivos tipos, estes, deveriam se cumprir a seu tempo.
Dito isso, é inarredável alçar o propósito de Deus na criação dos astros, oferecer a humanidade capacidade de observar os tempos por ele determinado. O antigo calendário bíblico era determinado por sinais dos astros celestes, no caso a Lua Nova, posteriormente o supracitado calendário foi totalmente desfigurado e substituído por calendário baseado em cálculos matemáticos sofrendo forte influência persa, babilônica e romana originando o 13° mês chamado de veadar, embolismal ou embolísmico. É de bom alvitre os irmãos acolhedores do veadar (13° mês), conhecer o fundamento desse mês, distorcido por Hillel II:
Ao organizar o calendário judaico, a intenção de Hillel II era definir critérios claros que possibilitassem a adoção de um sistema único pelos judeus do mundo inteiro. Por isso, abandonou-se a variabilidade entre 29 e 30 dias de que cada mês gozava até então, fixando-se rigidamente a duração de cada um dos 12 meses, o que tornou menos relevante a observação do primeiro crescente. Também se definiu em que anos do ciclo lunissolar de 19 anos o décimo terceiro mês deveria ser intercalado, relegando ao passado a regra da observação da cevada madura. Atualmente, os rabínicos intercalam o mês adicional invariavelmente no terceiro, sexto, oitavo, décimo primeiro, décimo quarto, décimo sétimo e décimo nono anos do ciclo. Os novos parâmetros criaram uma rigidez antinatural do calendário o que distorceu seus fundamentos, rompendo o elo com o calendário seguido nos tempos de Daniel, Esdras, Ester e Jesus.
Dentre os critérios introduzidos pela reforma de Hillel que distorceram o sistema do calendário judaico, possivelmente o de maior consequência tenha sido o da fixação arbitrária de 16 de nisan no equinócio da primavera como parâmetro geral. Uma instrução rabínica do quarto século afirma: Quando tu vires que o tequphah ou ciclo de tebeth se estenderá ao décimo sexto dia de nisan, declara aquele ano um ano embolísmico ou intercalar sem hesitação.
Parousia, 2007, O Novo Israel, 23 de setembro ou 22 de outubro? pág. 88
Por mera pressão romana, Hillel II instituiu o calendário fixo baseado na forma romana de contar o tempo, criando o veadar ou 13º mês. O mês lunar tem 29 dias e meio. Implica em um mês de 29 dias e o outro de 30 dias. Quando o mês é de 29 dias, sobram 12 horas e 44 minutos adicionados no próximo mês de 30 dias. A Lua Nova não deve ser observada no crescente visível, mas no alinhamento entre a Terra, lua e sol, chamado de convergência ou conjunção. No momento do alinhamento a lua está em seu ponto zero, no primeiro segundo é Lua Nova, começa novo ciclo, novo mês, contudo, quem observa o crescente visível o mês começa três dias após a conjunção quando a lua é avistada no céu. Em verdade quem pretende guardar a Lua Nova no crescente visível, não guarda o dia da Lua Nova, mas, do crescente visível, a lua foi nova três dias antes, o mês iniciou três dias antes do crescente visível. Resta esclarecer como Israel descobria qual dia era Lua Nova. A resposta encontra-se cunhada no livro de Samuel: I Samuel 20:18. Como Jônatas sabia qual dia era Lua Nova? Observando o último minguante visível (dois dias antes da conjunção ou ponto zero) e não o crescente visível (três dias após a conjunção). Para saber o dia da conjunção, ou alinhamento entre Terra, lua e sol, Jônatas tinha avistado o último minguante visível um dia antes, portanto ele sabia, dois dias após o último minguante visível, seguramente é Lua Nova.
Nesse diapasão, é de bom alvitre lembrar, o calendário bíblico encontra-se umbilicalmente adstrito à lua nova. A lua Nova porque ela condiciona o início do mês, cujo primeiro dia é determinado pela convergência (alinhamento do Terra, lua e sol, ponto zero) e não crescente visível ou primeiro crescente ou primeira visibilidade, o momento da ocorrência deste fato, é três dias após a convergência. Conforme prova abaixo elencada, o calendário farisaico adota o crescente visível:
A determinação do mês segundo o calendário farisaico era feita com base no crescente visível. Assim sendo, só se conhecia de fato o início de um determinado mês no dia em que a lua crescente fosse primeiro avistada.
Porque o Calendário Judaico Atual não é o Calendário Bíblico, extraído do livro O Calendário de YHWH, www.torahviva.org
Esta malsinada prática foi absorvida das nações pagãs por Israel. Na religião cananeia a lua era o deus Yerach e desposava Shamash. O profeta Isaías denuncia a prostituição de Israel, adorando o crescente visível, simbolizada por uma imagem em forma de meia lua: Isaías 3:16-18. Como exposto, Israel assimilou adoração cananéia a Yerach, deus lua do crescente visível, abandonando a guarda da Lua Nova pelo ponto zero, conjunção ou convergência abolindo o Calendário Original, causando sérias distorções ao calendário, afetando a celebração dos dias festivos. Os judeus abandonaram o Calendário Original, criando seis calendários distintos, a saber:
Calendário Samaritano,
Calendário Fariseu/Mishnáico,
Calendário Essênio/Saduceu,
Calendário Proto-Hillel II,
Calendário Hillel II,
e por fim Calendário Caraíta
Nenhum deles iniciava pela conjunção, alinhamento entre Terra, Lua e Sol. Coube a Hillel II, criar o calendário fixo, ciclo metônico de dezenove anos, introduzindo o 13º mês intercalar ou embolismal, causando danos ainda maiores. A famigerada adulteração perdura aos dias atuais, contaminando as igrejas de Reformas.
Que tipo de trabalho Israel dedicava na Lua Nova?
O cerne da questão implica descortinar elucidativo fato, a Lua Nova ou primeiro do mês é dia santo ou não? Na ótica de alguns, não é dia santo pela ausência da expressão Êxodo 40:1-5. Esse fato aconteceu na Lua Nova, primeiro dia do ano do calendário religioso, correspondente a lua nova de março, podendo cair no começo ou fim de março, noutro giro, para os adeptos do veadar é possível cair no princípio de abril:
. Na visão de outros, Israel laborou na Lua Nova quando saíram do Egito, apontam Êxodo 40:1 como escudo. Nesse particular convém esclarecer, opositores da guarda da Lua Nova, com arrimo no supracitado texto esculpido em Êxodo 40:1, defendem trabalho secular no dia da Lua Nova, sob o gélido argumento de Israel prestar supostos serviços seculares nesse dia. Asseveram com vigor, os Israelitas levantaram o Templo, uma estrutura grandiosa como um circo, exigindo grande esforço humano. Fundamentam ainda, no primeiro dia do mês Bíblico, dia de Lua Nova, essa tarefa foi realizada por ordem do Senhor, portanto, se a Lua Nova fosse dia santo o Senhor não teria proferido tal ordem. Confira:No primeiro dia: Isto é, o primeiro dia do mês de abibe ou nisã, que seria final de março ou início de abril. Certamente não poderia haver tarefa melhor para o povo no primeiro dia de um novo ano do que começar a construir esse local de adoração.
DORNELES, Vanderlei. Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia a. V. 1. 1. ed. Ed. Casa publicadora Brasileira, 2011. pág. 742
Comentário Bíblico Adventista expõe a forma adotada pelos adeptos do veadar, ano começando fim de março ou começo de abril. É pertinente ressaltar, o serviço realizado por Israel na Lua Nova foi único e exclusivamente de cunho religioso, não secular, como será exposto limpidamente.
Com efeito, convém tecer alguns comentários visando explicar outra controvérsia existente acerca da Festa da Páscoa e dos Pães Asmos, estas, podiam cair no fim de março ou começo de abril, não o primeiro mês do calendário Bíblico religioso, nesse sentido emerge ensinamentos do Comentário Bíblico Adventista, lembre-se, a regra do mês começar em abril, só cabe nas igrejas acolhedoras do veadar instituído pelo rabino Hillel II.
Destarte, a Festa da Páscoa começava no 14º dia da lua nova do mês de abibe do calendário Bíblico, segundo relata os Testemunhos:
As primeiras destas solenidades, a Páscoa a festa dos pães asmos, ocorriam em abibe, o primeiro mês do ano judaico, correspondente ao fim de março e princípio de abril. Era passado o frio do inverno, terminava a chuva serôdia, e toda a natureza se regozijava na frescura e beleza da primavera.
WHITE, Ellen Golden. Patriarcas e Profetas. 9.ed. Ed. Casa Publicadora Brasileira, 1989. pág. 573
Restou uma dúvida, começa no fim de março ou começo de abril, a Festa da Páscoa ou o mês Bíblico? Nesse sentido gravita a controvérsia.
Segundo prenota a Lei e os Testemunhos, a Páscoa e a Festa dos pães Asmos, ocorriam com a Lua Nova do mês de abibe, dependendo do dia da lua nova, a Festa podia cair no fim de março ou começo de abril e não o princípio do mês Bíblico. Explicando melhor, se o primeiro dia do mês de abibe começar até o dia quinze de março, as Festas cairão no fim de março, porque conta-se 14 dias para celebração da Páscoa, por outro lado, se o primeiro dia do mês de abibe cair depois do dia quinze de março, contando-se 14 dias, com certeza a Páscoa vai cair no princípio de abril, segundo sinaliza os escritos da irmã White ensinando categoricamente o tempo correto. Nesse viés, conclui-se, a Páscoa é celebrada no fim de março ou princípio de abril e não o começo do mês Bíblico:
O tempo da Páscoa era o fim de março ou começo de abril, e toda a terra estava adornada de flores, alegrada com os cânticos dos pássaros.
WHITE, Ellen Golden. O Desejado de Todas as Nações. 14.ed. Ed. Casa Publicadora Brasileira, 1986. pág.65
De fato, a celebração da Páscoa cai no fim de março ou começo de abril, dependendo do dia da Lua Nova, se a Lua Nova cair antes do dia 15 de março, a Páscoa é celebrada no fim de março, noutro giro, se cair depois do dia 15 de março, contando 14 dias vai cair no começo de abril, assim, todo resquício de dúvidas foi espancado com louvor.
Neste momento, insta volver atenção para construção do Santuário assentado em Êxodo 40:1, tema em comento, como visto, embora o Comentário Bíblico diga "construir o local de adoração" na verdade ele foi apenas montado nesse dia. Israel deixou o Egito, não havia local apropriado para adoração, então o Senhor através de Moisés, arrebanhou artesãos como Besalel, Oaliabe e outros para construção do Tabernáculo e utensílios, note, o Senhor não mandou construir o Tabernáculo no dia da Lua Nova, a construção foi despendida bem antes como se pode comprovar: Êxodo 39:32. No dia da Lua Nova, o Tabernáculo estava concluído, era impossível construir toda a estrutura em um único dia, foi possível montá-lo e consagrá-lo em um dia, segundo ordenou o Senhor.
Como já exposto, os israelitas não trabalhavam em serviços seculares no dia da Lua Nova, no texto esculpido em Êxodo 40:1, simplesmente montaram o Tabernáculo alojando seus respectivos utensílios para consagrar este magnífico local de adoração, era portátil e de fácil montagem, portanto, a Lua Nova era o dia propício para essa tarefa, o trabalho realizado não era secular, mas, religioso e por ordem do Soberano do Universo, segundo Comentário Bíblico:
No primeiro dia: Os v. 17 a 33 registram o momento em que o tabernáculo foi levantado. Como era portátil, isso poderia ser feito com facilidade em apenas um dia.
DORNELES, Vanderlei. Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia a. V. 1. 1. ed. Ed. Casa publicadora Brasileira, 2011. pág. 742
É necessário examinar detidamente qual tipo de trabalho foi realizado no dia da Lua Nova, não olvide, no teor das Escrituras, o Santuário foi montado e purificado em apenas um dia, ademais, o Senhor escolheu o primeiro dia do ano, a Lua Nova de abibe para purificar o santuário, consagrando Arão seus filhos e demais utensílios sagrados, iniciando o serviço do Santuário: Ezequiel 45:18. A purificação do Santuário exigia cerimonialismo, consagração de sacerdotes e utensílios usando óleo específico para essa tarefa: Êxodo 40:9. A consagração do Santuário não estava concluída, faltava purificar as pessoas encarregadas de ministrar perante o Senhor no serviço sagrado, ou seja: Êxodo 40:12-13. Note, tudo isso foi feito em um único dia, na Lua Nova do primeiro mês do ano religioso, conforme ordenou o Senhor, depois de concluída a obra: Êxodo 40:34. O Senhor habitou no meio do seu povo, após a consagração do tabernáculo.
Em sinal de aprovação, a glória do Senhor inundou o recinto sagrado. Deus estava feliz com seu povo, por certo não houve nenhuma profanação do dia da Lua Nova, como dia de adoração, e o primeiro dia do mês, o Senhor achou por bem, no teor dos escritos de Ezequiel 45:18 consagrar o Santuário, Arão e os utensílios na Lua Nova, primeiro dia do ano, ordenando a montagem, purificação dos utensílios sagrados e dos sacerdotes para iniciar os trabalhos religiosos, inaugurando o serviço do santuário na sua divina presença, portanto, não houve nenhuma profanação por parte dos hebreus, eles adoravam o Senhor no dia da Lua Nova. Ademais, se o Senhor autorizar, não há profanação ou pecado, dá-se, por exemplo, o pão da preposição posto no santuário todos os Sábados pelo sacerdote.
É cediço de todos, no Sábado, era terminantemente proibido aos judeus acender fogo em seus lares ou cozer alimentos: Êxodo 35:3. Tão pouco, podiam assar pão no dia de Sábado, por ordem do Senhor: Êxodo 16:23. No entanto, após a consagração do santuário e o pleno funcionamento de seus serviços, o Senhor disse: Levítico 24:5-6;8. Todos os Sábados os descendentes de Coate, chamados de coatitas, assumiram o encargo de assar doze pães e colocar no santuário, substituindo os pães envelhecidos: I Crônica 9:32. Os pães eram retirados a cada Sábado e comido pelos sacerdotes, pães quentes, chamados de pães da preposição, eram postos sobre a mesa:
A mesa com os pães da preposição ficava ao lado do norte, com a sua corda ornamental, era ele coberto de ouro puro. Sobre esta mesa os sacerdotes deviam cada sábado colocar doze pães, dispostos em duas colunas, e aspergidos com incenso. Os pães que eram removidos, sendo considerados santos, deviam ser comidos pelos sacerdotes.
WHITE, Ellen Golden. Patriarcas e Profetas. 9. ed. Ed. Casa Publicadora Brasileira, 1989. pág. 359
A santidade do pão se resume a tipificação, representando Cristo, o pão da vida.
Segundo o Comentário Bíblico Adventista, os pães da preposição eram trocados todo Sábado por uma fornada nova, ou seja, eram assados no Sábado, sem infringir a Lei:
Pão Sagrado: Os 12 pães da preposição eram trocados todos os sábados por uma nova fornada. De acordo com as leis levíticas, o pão velho só podia ser comido pelos sacerdotes, no lugar santo (Lv 24:5-9).
DORNELES, Vanderlei. Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia. V.2. 1. ed. Ed. Casa publicadora Brasileira, 2012. pág. 597
Mesmo proibido pela Lei, no Sábado os pães da preposição eram assados e não havia transgressão, tal como a montagem do Tabernáculo no dia da Lua Nova, cumpriam ordem divina, superior. Leia-se, no quarto mandamento está escrito:
, o mandamento proíbe no Sábado e Lua Nova, a exemplo de laborar, negociar e atividades seculares, contudo, permite fazer a obra do Senhor. Quando o pão foi assado no Sábado e o santuário montado na Lua Nova, foi realizado trabalho do Senhor, perfeitamente permitido.Na mesma toada, emerge relatos esclarecedores de Haskell, em sua obra, endossa essa afirmativa, os sacerdotes foram autorizados pelo Senhor a colocar pães quentes sobre a mesa no Sábado, assim sendo, os pães eram assados no Sábado:
Os sacerdotes não apenas deviam colocar o pão quente sobre a mesa no Sábado, como também posteriormente deviam comer aquele mesmo pão para que se tornasse parte do seu próprio ser. Deus designou que seu povo, a cada Sábado, alcançasse uma nova experiência nas coisas divinas, para estar melhor habilitado a enfrentar as tentações da semana. A alma que nunca atinge uma experiência mais profunda no Sábado do que em qualquer outro dia, fracassa em guardar o Sábado como Deus gostaria que o fizesse (Ezequiel 20:12). Quando os sacerdotes comiam o pão,... eles o assimilavam e recebiam forças para os deveres diários.
HASKELL, Stephen N. A Cruz e sua Sombra. Ed. Vida Plena, 1997. pág. 54
Cabe argumentar, os sacerdotes transgrediram a Lei por assar pães da preposição Sábado? O Sábado perdeu sua santidade porque o Senhor mandou assar os pães da preposição? Com efeito, não, era um trabalho de cunho religioso, ademais, ordenado pelo próprio Deus de Israel. De igual modo, a montagem do santuário no dia da Lua Nova, deveras, não descaracteriza a santidade desse dia, não houve qualquer transgressão, foi um trabalho executado por ordem do Senhor, estritamente religioso com a finalidade de consagrar o Tabernáculo, os utensílios e os sacerdotes ministradores do serviço solene, iniciando o culto de templo visando consumar a primeira parte do Plano de Redenção com a morte do cordeiro de Deus na cruz do calvário.
Os deveres solenes de Israel
Insta enfatizar, com a consagração do Tabernáculo, Tenda do Encontro, utensílios e sacerdotes, o Senhor organizou o serviço do Santuário estabelecendo deveres religiosos para o povo hebreu observar. As cerimônias típicas eram celebradas de acordo com cada evento e as Festas determinadas pela Lua Nova. Os deveres litúrgicos foram então distribuídos em sacrifícios diários, semanal, mensal e anual, todos eles bem distribuídos em perfeita ordem de formas e maneiras de execução. Todos estes deveres estavam escritos na lei do Senhor como parte integrante do culto. Cabe indagar, a Lua Nova está na Lei do Senhor? Fazia parte desses deveres sagrados?
Visando responder esta indagação, se faz necessário perquirir a reforma efetuada pelo rei Ezequias, do reino de Judá, após longo período de idolatria dos hebreus. Ezequias organizou os turnos dos sacerdotes e levitas, nomeou oficiais para o serviço litúrgico e fez provisões para manutenção do culto solene, o próprio rei contribuiu com ofertas regulares para o serviço do templo, no modelo estabelecido por Davi. O festejado rei descobriu quais dias a Lei do Senhor exigia celebração de culto com oferecimento de ofertas, holocausto e sacrifícios em sinal de adoração ao Criador: II Crônicas 31:3. Mediante apresentação do elucidativo texto, restou seguramente comprovado, a Lua Nova está contida na Lei do Senhor como dia de adoração.
Em verdade, o culto celebrado ao Senhor consistia em oferecimento de holocausto, símbolo de Cristo, cujo tipo deveria impressionar os hebreus e motiva-los evitarem o pecado, com este propósito eram oferecidos sacrifícios nesses dias solenes. Com efeito, esclarece os Testemunhos, os dias consagrados para celebração de cultos, eram distribuídos em deveres diário, semanal, mensal e anual, como se pode ver:
O culto cotidiano consistia no holocausto da manhã e da tarde, na oferta de incenso suave no altar de ouro, e nas ofertas especiais pelos pecados individuais. E também havia ofertas para os Sábados, Luas Novas e solenidades especiais.
WHITE. Ellen Golden. Patriarcas e Profeta. 9. ed. Ed. Casa Publicadora Brasileira, 1989. pág. 364
Cada sacrifício cumpria seu propósito, continuamente na presença do Senhor. Conforme atestou a lei e os Testemunhos, a Lua Nova fazia parte dos dias consagrados, escrito na lei do Senhor.
Como é cediço, o Santuário era o centro de adoração do antigo Israel. Os holocaustos símbolo de Cristo, redentor do pecador penitente, eram oferecidos em dias destinados para adoração, nos culto diário, no Sábado, na Lua Nova e nas Festas fixa do Senhor, no entanto, os cultos não eram relegados unicamente a oferecimento de sacrifícios de holocausto: I Crônicas 23:30-31. É imperioso destacar, os cultos celebrados em Israel não se resumiam em oferecimento de sacrifícios de animais, os levitas cantavam louvores ao Senhor nos cultos da manhã e da tarde, como no Sábado e Luas Novas havia instruções, conforme a Lei do Senhor determinava, se referindo de forma incontestável, ao Sábado e Luas Novas como dias solenes.
Insta analisar, em breve síntese, cada dever determinado pela lei do Senhor, começando pelo dever diário: Números 28:3-4. Estes sacrifícios eram oferecidos continuamente na presença do Senhor como dever diário, assim a igreja remanescente toma por exemplo, celebrando os cultos domésticos todos os dias, pela manhã e ao pôr do sol, destarte se reporta, outrossim, a irmã White:
Toda manhã e tarde, um cordeiro de um ano era queimado sobre o altar, com sua apropriada oferta de manjar, simbolizando assim a consagração diária da nação a Jeová, e sua constante necessidade do sangue expiatório de Cristo.
O apóstolo Paulo aponta para este sacrifício como uma ilustração do que os seguidores de Cristo devem tornar-se. Diz ele: Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional (Romanos 12:1).
As horas designadas para o sacrifício da manhã e da tardinha eram consideradas sagradas, e, por toda a nação judaica, vieram a ser observadas como um tempo reservado para a adoração. Neste costume tem os cristãos um exemplo para a oração da manhã e da noite
WHITE. Ellen Golden. Patriarcas e Profetas. 9. ed. Ed. Casa Publicadora Brasileira, 1989. pág. 364-365
Para o ínclito apóstolo Paulo, a celebração dos cultos diários, deve continuar nos mesmos horários do antigo Israel, mudando apenas a forma de adoração, agora, como sacrifício vivo santo e agradável a Deus, com culto racional. Os sacrifícios de animais, foram cravados na cruz, sobreviveu a consagração dos dias de culto domésticos, pela manhã e tarde, nem tudo foi cravado na cruz, existem tipos do primeiro e do segundo advento, o aludido texto é puro exemplo, quando Paulo transforma os sacrifícios de animais em sacrifícios espirituais, mantendo o dia de adoração restou comprovado, estes deveres estão em vigor, outro exemplo de peso, diz respeito à data da Santa Ceia, é celebrada na data quartodecimana, ou 14° dia do primeiro mês do calendário Bíblico, Cristo tão somente mudou a forma de cordeiro para pão e vinho. Da mesma forma, são os deveres semanais, mensais e anuais.
Destaca-se no segundo momento, o estudo do dever semanal: Êxodo 20:8, segundo afirma a Palavra de Deus: Ezequiel 20:20. A Escola Sabatina, com a devida guarda do Sábado é um dever semanal, imiscuído pelo Senhor na vida espiritual de seu povo, vem de longa data, a partir da criação como prova de devoção ao verdadeiro e único Deus:
O Sábado não é apresentado como uma nova instituição, mas como havendo sido estabelecido na criação. Deve ser lembrado e observado como a memória da obra do Criador. Apontando para Deus como aquele que fez os céus e a terra, distingue o verdadeiro Deus de todos os falsos deuses. Todos os que guardam o sétimo dia, dão a entender por este ato que são adoradores de Jeová. Assim é o Sábado o sinal de submissão a Deus por parte do homem.
WHITE. Ellen Golden. Patriarcas e Profetas. 9. ed. Ed. Casa Publicadora Brasileira, 1989. pág. 313
O Sábado é sinal entre Deus e seu povo, um memorial da criação, instituição obedecida pelo povo de Deus do Éden ao Éden. Sem sombra de dúvida é um dever semanal.
De fato, o dever mensal é o mais polêmico, trata-se da guarda da Lua Nova. É o dia santo mais odiado pelos religiosos, repudiam a guarda da Lua Nova, esquivam-se maliciosamente, para eles, a única Lua Nova a ser guardada hoje é a Trombeta, no entanto a Escritura ensina de modo contrário: Números 28:11-14. Seguindo o curso das Escrituras, temos o dever de guardar todas as Luas Novas, vejam a ordem: . Deveras, trata-se de um Assim diz o Senhor para a igreja de Deus. A lua Nova do sétimo mês é especial, por tratar-se da trombeta, convocando o povo de Deus para Expiação no dia 10 do sétimo mês, contudo, não anula o dever mensal de cada Lua Nova para a igreja atual e no futuro, na Nova Terra. Por fim, conclui-se, Sábado e Luas Novas, não são típicos, são símbolos apontando para Nova Terra, não serão alcançados por antitípico, perdurando pela eternidade.
Por último, o dever anual, entre outros, cita-se a Santa Ceia: I Coríntios 11:23-24. Jesus instituiu a Santa Ceia no dia 14 de abibe, na mesma data da Páscoa, mudando apenas a forma de celebração, no entanto, não existe grandes controvérsias acerca desse dever anual, a controvérsia se instala na data da celebração, para alguns todos domingos, outros de três em três meses, ainda outros mensalmente, para a igreja do Senhor, dos apóstolos aos Remanescentes na data quartodecimana, 14 de abibe, como dever anual.
Outro elucidativo exemplo de dever anual, manifesta-se na Expiação da Festa das Cabanas, dia representativo do Juízo Investigativo, ou dia da Expiação: Ezequiel 45:16-17. Este dia representa purificação da igreja de Deus, purificação do santuário e eliminação do pecado para sempre. Levítico 16:19. Na mesma linha são os lídimos ensinamentos da irmã White:
Uma vez por ano, no grande dia da expiação, o sacerdote entrava no lugar santíssimo para a purificação do santuário. O trabalho ali efetuado completava o ciclo anual do ministério.
WHITE. Ellen Golden. Patriarcas e Profeta. 9. ed. Ed. Casa Publicadora Brasileira, 1989. pág. 367
A festa dos Tabernáculos é a Festa encerradora do ano, porque finaliza o Plano de Redenção com o Juízo Investigativo e a grande última colheita de almas, efeito da chuva Serôdia, os santos receberão a justiça de Cristo e com ela permanecerão para sempre, chamada de justiça eterna.
Com efeito, restou comprovado à evidência dos deveres diários, símbolo dos cultos matutinos e vespertinos, o dever semanal, representa a aguarda do Sábado como sinal, o mensal representa a guarda dos primeiros dos meses, seu símbolo aponta para Nova Terra onde os santos prestarão culto de ação de graça ao Senhor e degustarão os frutos da árvore da vida, por fim, os deveres anuais apontando para os tipos do segundo advento de Cristo, tema dissecado em estudos posteriores, acerca das Festas.
Solenizar o dia da Lua Nova não é adorar o astro Lua
Cumpre enaltecer, nos dias de Paulo, muitos falsos profetas tentaram seduzir os apóstolos, com aparência de zelo demonstravam preocupação, entretanto, sua real intenção era separá-los da doutrina da igreja primitiva. De igual modo, os falsos profetas dos últimos dias, mais perigosos e avarentos, adulteram contexto, apresentam textos com suposta reprovação do Senhor para guarda do Sábado, Luas Novas e outras solenidades ou semeiam a erva daninha da dúvida acerca da santidade e o dever de consagrar esses dias para adoração, fuja deles, sua real intenção é separa-los de Cristo e da verdade: Gálatas 4:17, ou não tem conhecimento algum: Tito 3:10-11. Portanto: Filipenses 3:2. Pelos frutos se conhece a árvore, se é boa ou má. A grande característica do falso profeta se manifesta em apostasia ou fanatismo. Ele caminha no gelo da indiferença ou no fogo do fanatismo.
Nesta senda, os contradizentes, maliciosamente tentam confundir as pessoas, torcem os contextos visando falsificar o entendimento, atribuindo a guardar da Lua Nova adoração ao astro lua, fato proibido pela Palavra de Deus, em defesa da supracitada tese, utilizam como munição os textos de Isaías 1:13-14 e Oséias 2:11, supostamente endossando o alegado deletério, todavia, segundo os textos elencados, dúvidas existem, Deus reprova a guarda da Lua Nova, Sábado, dias solenes, ou a idolatria misturada ao culto nos aludidos dias santos?
Vê-se portanto, o texto esculpido pelo profeta Isaías apontar severa reprovação para Israel, disse o Senhor: Isaías 1:13-14. É de bom tom observar, a reprovação da Palavra de Deus não recai sobre a guarda do Sábado, Luas Novas e Festas fixas, muito menos tolhe dar ofertas, simplesmente aponta a conduta idolatra de Israel. O Senhor reprova a forma de adoração e não o dever religioso, reclama de vergonha, amantes, poder mágico junto com os cultos, leia-se, Israel cumpria copiosamente o ritual de cerimônia e sacrifícios, todavia, o culto carecia de obediência por amor e afastamento da fétida idolatria, o profeta reprovou o mero formalismo. O coração dos hebreus não correspondia com a grandeza do culto divino, misturavam o culto do Senhor com cerimônias pagãs, conforme Ezequiel traz a lume, o povo, inundado na idolatria celebrava cultos ao Senhor misturado com adoração de outras divindades pagãs, nos Sábados, Luas Novas e demais solenidades, cometendo grande abominação, por isso a reprovação da Palavra do Senhor, nos relatos do profeta: Ezequiel 8:6; 16. No teor do texto, vislumbra-se severa reprovação à idolatria e traição ou adultério espiritual de Israel, nenhuma linha reprova a sincera e doce obediência por amor no dia de Sábado, Festas fixas e Luas Novas.
Segundo o Comentário Bíblico Adventista, esclarecendo o citado texto de Isaías, foi o Senhor quem estabeleceu o Sábado, as Luas Novas e as Festas como dias solenes, sagrados, digno de adoração e de celebrar culto, esses dias eram observados por ordem direta do Senhor:
Festas da Lua Nova, os Sábados. Os dias sagrados mencionados nesta passagem ocorreram juntos outras vezes (2Rs 4:23;2Cr 8:13; Am 8:5). Observar esses dias era parte essencial da religião hebraica. Eles foram apontados pelo próprio Senhor, e Ele foi quem pediu a Israel que os observasse (Êx2:12-17; Lv 23; Nm 28,29; Dt16:1-17).
DORNELES, Vanderlei.. Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia. V. 4. 1. ed. Ed. Casa publicadora Brasileira, 2013. pág. 85
Restou límpido, observar o dia de Sábado e Lua Nova é parte essencial da fé do povo de Deus, cumpriam ordem divina, o Senhor reprovou o mau comportamento dos hebreus nos dias santos e nas cerimônias, como ofensivo e execrável.
No mesmo contexto, já delineados por Isaías, o profeta Oséias expõe apostasia de Israel repreendendo idolatria, a entrega de seus corações a outros deuses, o profeta condena o amor adúltero de Israel por deuses pagãos, ele chama de Oséias 2:10-11. A guarda do Sábado, Luas Novas e Festas, eram irrelevantes para o Senhor, enquanto misturados com ídolos pagãos em completa apostasia, era uma abominação. Para frear a idolatria, o Senhor ordenou seu povo guardar o Sábado, as Luas Novas e Festas, com amor puro, mãos limpas e coração consagrado ao Senhor, tanto quanto a santidades do Sábado, Luas Novas e Festas fixas, segundo ratifica o Comentário Bíblico Adventista:
, em afronta direta ao Senhor, por esse motivo ele diz:As suas Festas de Lua Nova. Em vão Israel observava alguns dos rituais e cerimônias de adoração ao Senhor, enquanto, em espírito de apostasia, mantinha práticas idólatras (ver Com. De I Rs 12:32). Essas festas eram celebradas no primeiro dia de cada mês (ver com. De Nm 28:11,14).
DORNELES, Vanderlei. Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia. V. 4. 1. ed. Ed. Casa publicadora Brasileira, 2013. pág. 984
Qual festa era celebrada no primeiro de cada mês? A lua Nova, restando comprovado, Israel não guardava apenas a Lua Nova da Trombeta, mas, todo princípio de mês. Como visto alhures, a guarda do Sábado, Luas Novas e Festas não tem nenhuma relação com a adoração à astro lua. O Senhor ordenou Israel santificar e guardar esses dias, como culto peculiar ao único Deus, separados da idolatria de todos os povos pagãos.
Em quais dias santos Israel adorava o Senhor?
A seguir, se faz necessário analisar a supracitada expressão
, um dia é santo apenas se for cunhado tal expressão, ou quando é separado por Deus para louvor, instrução e adoração?Á Luz das Escrituras, os Hebreus foram libertos do Egito, guiados por braços fortes e mãos poderosas, Êxodo 13:21. Protegido pelo Senhor, Israel partiu confiante para Canaã, provados ao logo do caminho, o povo caiu em pecado e blasfemou. O Senhor por sua vez, aborrece a natureza pecaminosa rebelde e insubmissa, então chamou Moisés e disse: Êxodo 25:8. No Santuário o Senhor repousou no seio do seu povo. Depois de conquistar Canaã, Israel se estabeleceu na terra prometida, o Tabernáculo foi substituído pelo magnífico Templo erigido por Salomão, cumprindo antiga determinação do Senhor: Salmos 50:5. Somente no Tabernáculo o Senhor era adorado e recebia sacrifícios.
Enfim, o culto foi regularmente estabelecido. A liturgia do culto, chamado culto de Templo, era celebrada com apresentação de oferta e holocausto, os animais eram sacrificados e oferecidos na presença do Senhor, como símbolo de Cristo, estes sacrifícios eram apresentados nos dias consagrados, santos e solenes. Salomão havia concluído a construção do Templo, ou seja, a casa do Senhor para o povo congregar. E celebrou cultos memoráveis nas Festas, Sábados e Luas Novas, como estava escrito na Lei do Senhor: II Crônicas 2:4. O templo de Salomão era magnífico, uma grande construção, todavia, a pompa dos cultos seria debalde, caso não fosse regado de amor, devoção, obediência e experiência viva com o Criador.
Quando Salomão consagrou o Tabernáculo como casa de adoração, ele confirmou os dias de culto determinado por Deus, Sábados, Luas Novas e Festas. Tomou por métrica a lei do Senhor. O exemplo do povo de Deus encontra-se materializado na Sunamita, ela costumava encontrar-se com o profeta Eliseu nos dias de culto, dias de adoração, quais: II Reis 4:22-23. Entrementes, opositores e contradizentes da guarda da Lua Nova, de forma fantasiosa reforçam interpretações peculiares da natureza pecaminosa, deturpam o texto, segundo interpretação particular, carente de pesquisa e respaldo bíblico, sustentam: "Entretanto, essa passagem não afirma nem que o Sábado é um dia santo, quanto mais a Lua Nova – que nunca foi. Apenas da conta de que, esse profeta não costumava sair de casa no Sábado e nem nos princípios dos meses. No Sábado porque era dia santo; no dia da Lua Nova porque, como todo o povo, teria que oferecer sacrifícios do referido dia." A Polêmica Questão sobre a guarda do Dia da Lua Nova, pág. 5. Vejam o despautério e arrogância do autor em torcer o texto, utilizando interpretação esdrúxula, sem amparo das Escrituras, isento de fontes bibliográficas, meras ilações humanas, carnal, totalmente contradizente, ainda assim, consegue convencer sequazes remissos. Todo mentiroso entra em contradição, no primeiro momento, assevera "essa passagem não afirma nem que o Sábado é um dia santo", em ato contínuo entra em contradição, "no sábado porque era dia santo". Neste exemplo, resta caracterizado falta de sinceridade do oponente, em verdade ele tenta desfigurar a Lua Nova e salvar o Sábado, tarefa impossível, os dois dias santos estão vinculados, entendimento endossado por Champlin:
Essas festas de lua nova eram usualmente vinculadas aos sábados.
CHAMPLIN, Russelll Norman. O Velho Testamento Interpretado versículo por versículo.V.3.1.ed. Ed. Hagnos Ltda, 2001. pág. 442
Com efeito, o povo congregava Sábado e Lua Nova, em atendimento a ordem divina, são dias santos, de adoração, reservado por Deus para prestarem culto.
Com esse enfoque, o presente estudo visa passar a doutrina da Lua Nova ao crivo da Lei e Testemunho, perquirindo detidamente o tema. Em assim sendo, o Comentário Bíblico Adventista explica o texto da Sunamita de forma diferente do oponente, ora em comento, confirmando o Sábado e o dia da Lua Nova como dias solenes, dia de reunião e adoração:
Não é dia de Festa da Lua Nova nem Sábado. Estes dois dias eram sagrados, ocasiões para ofertas e assembleia solenes (2Cr 2:4; Is 1:13; Os 2:11; Amós 8:5). Evidentemente, nestes dias, era habitual que as pessoas se reunissem para adoração, instrução ou edificação. Se fosse lua nova ou sábado, a jornada da mulher em busca do profeta não teria sido considerada estranha, mas, naquela ocasião, o marido não conseguia entender seu propósito.
DORNELES, Vanderlei. Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia. V. 2. 1. ed. Ed. Casa Publicadora Brasileira, 2012. pág. 958
A Lua Nova é apontada como dia santo, adoração, louvor e instrução. De forma clara e evidente, o marido da Sunamita, perguntou:
, porque eram dias santos, de reunião, se congregavam para adoração nos renomados dias, deitando por terra os gélidos argumentos deturpados, maliciosos e sem amparo de qualquer fonte bibliográfica respeitável, proclamado por pessoas de sinceridade duvidosa, alicerçando suas teses em meras suposições, comparações, ilações e conjecturas humanas.Nesse sentido, emerge esclarecimentos da lavra do profeta Ezequiel, de forma límpida, com um Assim diz o Senhor, remove as dúvidas, a porta do Templo era aberta para adoração nos dias santos apontando Sábado e Luas Novas, logo, Sábado e Lua Nova são dias solenes, de adoração e não apenas para oferecer sacrifícios como alguns deturpam. Ademais, a malícia dos opositores se manifesta quando comentam o texto de Ezequiel 46, só apresentam o versículo 1, escondendo os outros dois apontando Sábado e Lua Nova como dia do povo da terra, prostrar-se diante do Senhor em adoração, vejam o texto completo: Ezequiel 46:1 e 3. Note a tradução da Bíblia Judaica: Ezequiel 46:3. O profeta Ezequiel destacou três dias distintos, dia de trabalho, dia santo da Lua Nova e dia santo do Sábado.
Contudo, amparados por ilações, suposições e comparações, os opositores alegam: "No supracitado texto de Ezequiel a porta do átrio devia ser aberta no primeiro dia do mês não como sábado semanal, mas, porque o príncipe, ou sacerdote ficava na porta cumprimentando o povo que ia para suas atividades do dia a dia". Se faz necessário reiterar, não apresentam nenhuma fonte bibliográfica, baseiam-se em meras ilações de sua lavra, refletindo ignorância e vazio espiritual.
Outros alegam ainda, este texto mostra o dia da Lua Nova como dia de trabalho, porque na maioria das vezes caem em um dos seis dias de trabalho, por essa razão não poderia estar em pé de igualdade com o Sábado, cujo significado é descanso. Outrossim relatam, os sábados cerimoniais e a Lua Nova do sétimo mês podem cair em qualquer dia de trabalho e ser considerado santo porque tem sentença proferindo
. Por este motivo, as outras Luas Novas não podem ser santificadas.Continuam blasfemando, quanto ao fato da porta do átrio interno se abrir tanto no dia de Sábado quanto na Lua Nova, não torna a Lua Nova dia santo, dizem eles, porque essa porta não era a porta principal, ela ficava aberta todos os dias, invocam o seguinte texto para endossar sua suposição: Atos 3:1-3. Para eles, a porta do texto de Atos 3:1-3, é a mesma porta narrada pelo profeta Ezequiel ao afirmar de forma inconteste, a porta do átrio permanecerá fechada nos seis dias de trabalho e abrirá somente no Sábado e dia da Lua Nova. Ao arrepio das Escrituras, como é de se esperar, dizem os contradizentes, a porta narrada por Ezequiel se abria no Sábado porque era dia de descanso e no dia da Lua Nova, porque era dia de festa quando celebravam as calendas.
Em verdade, existia a porta norte externa, porta sul externa e porta leste ou oriente externa, do muro, externo do templo dando acesso ao pátio onde ficava o Tabernáculo. Para entrar no Tabernáculo existia a porta norte interior, porta sul interior e porta leste interior do Tabernáculo, a porta do átrio ou pátio interno, também chamada de porta exterior do Santuário, dava acesso ao lugar santo e Lugar Santíssimo, esta porta não era aberta todo dia como alegam maliciosamente ou por falta de conhecimento, existia uma santidade especial à porta leste interior onde dava acesso para o lugar santo, conforme ilumina o profeta: Ezequiel 44:1-2. Essa porta só era aberta nos dias de adoração, Sábado, Luas Novas e Festas fixas, o povo ficava na entrada do Tabernáculo em adoração: Ezequiel 46:3. Como exposto, havia as portas externas, abrindo todos os dias permitia acesso ao pátio, são as portas de Atos 3:1-2, e as portas internas, para entrar no Tabernáculo, mencionadas por Ezequiel 46:1-3, estas abriam somente Sábado, Festas fixas e Lua Nova.
Ainda no mesmo contexto, impende concluir acerca da porta formosa de Atos 3:1-3, era a porta externa permitindo acessar o pátio onde encontrava-se o templo, essa sim era aberta todos os dias sem nenhuma relação com a porta interna do Tabernáculo aberta somente no Sábado, Luas Novas e dias de Festas do texto de Ezequiel. Confira texto do Comentário Bíblico Adventista:
Na entrada: As pessoas que estivessem presentes nos sábados e nas luas novas deviam prestar adoração no átrio exterior, próximo à porta interior. Não podiam entrar na estrutura da porta, como o príncipe, mas eram obrigados a ficar só na entrada.
DORNELES, Vanderlei. Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia. V. 4. 1. ed. Ed. Casa Publicadora Brasileira, 2013. pág. 808
Para sedimentar o axioma, se faz necessário conferir a gravura abaixo, consolidando o alegado.
Somente o príncipe, o sacerdote poderia ultrapassar a porta situada por Ezequiel, acessando o Santuário, ela ficava fechada nos dias de trabalho e era aberta no Sábado, Luas Novas e dias de Festa: Ezequiel 44:2-3. A explicação do aludido texto por Champlin sustenta a santidade da porta mencionada por Ezequiel, só em duas condições a porta do átrio era aberta:
A porta do átrio interior... no sábado ela se abrirá, e também no dia da lua nova. Os vss.1-3 mostram que, depois da volta da glória de Yahweh no templo, o Portão oriental foi fechado. Agora sabemos que ele pode ser aberto por duas razões:1. Para celebrar a festa da lua nova; 2. Para celebrar o sábado.
CHAMPLIN, Russelll Norman. O Velho Testamento Interpretado versículo por versículo.V.5.1.ed. Ed. Hagnos Ltda, 2001. pág. 705
A supracitada porta permanecia fechada nos dias de trabalho, foi santificada pela presença divina, não podia ser usada para entrada do povo comum: Ezequiel 43:4-5. Por este motivo a porta do átrio interior, só podia ser aberta em dia solene, Sábado, Luas Novas e Festas fixas, para o povo da terra adorar o Senhor. Apenas o sacerdote podia entrar pela porta leste interior nos dias solenes, portanto, o cego não poderia pedir esmolas na supracitada porta descrita pelo profeta Ezequiel.
Desse modo, o povo comum congregava-se perante o Senhor no Sábado, Luas Novas e Festas fixas, no entanto, entravam por outra porta e não podia sair na mesma porta por onde entrou, por exemplo, se entrasse pela porta norte, saia pela porta sul e vice-versa: Ezequiel 46:9. A porta indicada pelo profeta Ezequiel, foi santificada pelo Senhor, ao passar por ela, proibiu acesso ao povo comum, portanto, ficava fechada nos dias de trabalho abrindo ao Sábado, Lua Nova e Festas fixas. Leia-se, a porta do átrio não é a mesma porta de Atos 3, apontada equivocadamente pelos opositores.
Aqui, restou comprovado à falta de conhecimento dos opositores da guarda da Lua Nova, a porta de Atos 3:1-3, não tem vínculo com a porta mencionada por Ezequiel. São situações distintas, a alegação suscitada, baseada em suposições é prova cabal da malícia e intenção viciada em rejeitar a doutrina da Lua Nova, ou uma grande carência de conhecimento das Escrituras, portanto, Marcos 12:24. Seus corações apodrecem de incredulidade, seus olhos turvam-se de apostasia, os lábios destilam mentiras, os ouvidos sibilam prazeres e o entendimento exala malícia, estão cobertos pelo negro véu da rebelião.
Sob suposto manto de luz, pioram a situação, quando negam a santidade do dia da Lua Nova, com arrimo de cair em qualquer dos seis dias de trabalho. Data máxima vênia, essa colocação é esdrúxula, digna de risos. Pois bem, se seis dias são de trabalho e o sétimo é santo, um mês tem 29 ou 30 dias e apenas o primeiro é dia da Lua Nova, santo. Se um dia é santo somente se cunhar a expressão Gênesis 2:2-3. O Sábado da criação foi abençoado, separado para fins religiosos, portanto é santo, dispensa a expressão para o Sábado. A santificação do dia independe de cair em dia trabalho ou não, segundo o Comentário Bíblico:
, o Sábado não foi santo do Éden ao Sinai, não existe tal expressão no aludido período.E o Santificou. O ato de santificação consistiu numa declaração de que o dia foi santo, ou separado para propósitos santos.
DORNELES, Vanderlei. Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia. V. 1. 1. ed. Ed. Casa Publicadora Brasileira, 2011. pág. 203
Diante do exposto, infere-se, existem duas maneiras de considerar um dia santo, por codificação e declaração direta separando esse dia para adoração. A exemplo do Sábado a Lua Nova foi separada para fins religiosos. Um dia não é santificado por arrastar a expressão
obrigatoriamente, é o contrário, ele só arrasta a supracitada expressão porque é santo, por ser separado por Deus para adoração. Visando elidir dúvidas, se faz necessário conceituar santificação: Segundo Stein:O termo qadas, "santificar", é definido por Youg "separar", "apartar", isto é, "separar ou apartar do uso comum para um fim religioso ou sagrado". O hebraísta Stade define-o: "tornar propriedade de Deus, consagrado a Deus". O sétimo dia, com ser santificado por Deus, depois de terminado o acto do repouso, deixava de ser um dia comum, como os demais, para ser consagrado a um fim santo, isto é, para ser devotado à memoria de Deus. Tal é o facto virtualmente implicado no acto da santificação.
FILHO. Guilherme Stein, O Sábado, Ed. Sociedade Internacional de Tratados do Brazil, 1919. pág, 5
No Éden, quando Deus santificou o Sábado não cunhou a expressão nenhuma obra servil fareis, contudo, o Sábado é santo porque foi separado, consagrado a adoração. De igual modo aconteceu com a Lua Nova, foi separada para fins religiosos, santificada, não precisa da expressão
. Santificar um dia, consagrar para fins religiosos não exige cunhar a expressão , está implícito. Como visto, trata-se do caso da Lua Nova, no curso do estudo restará comprovado os requisitos ancorando a santificação da Lua Nova, embora ausente a supracitada expressão, os judeus santificavam o dia da Lua Nova, consagrando a adoração, louvor, abstinência de labores, compra, venda e trabalhos servis, pelo simples fato de Deus separar, destinar a Lua Nova para uso religioso.No mesmo foco, trilha os ensinamentos do consagrado pioneiro:
O dia que já havia sido abençoado por Deus, foi afinal santificado ou consagrado por Ele. Santificar é separar, colocar à parte, destinar como santo, para uso religioso. Consagrar é tornar santo; dedicar, separar para uso santo ou religioso.
ANDREWS, John Nevins. História do Sábado e o Primeiro dia da Semana. 1.ed. Ed. Editora dos Pioneiros, 2018. pág. 16
A famigerada tese de atribuir santidade ao dia somente pautado na expressão
é pura fantasia. O Sábado foi instituído no Éden isento da aludida expressão e nem por isso deixou de ser santo. O dia é santo, quando é separado para fins religiosos, em assim sendo, a Lua Nova é dia santo, foi destinada para uso religioso, atraindo os acessórios implícito, não comprar, vender, laborar, obras servis, dedicada adoração, instrução e louvor ao Altíssimo.No presente caso em comento, a Lua Nova, se encaixa no conceito de santificação, dia separado, posto à parte para fins religiosos, de acordo com os textos já estudados e outros em análise, não restam dúvidas, o dia da Lua Nova foi separado por Deus e consagrado para adoração, segundo Ezequiel: Ezequiel 46:3, esta é uma prova contundente, o dia da Lua Nova foi consagrado como dia santo, separado pelo Senhor para oferecer sacrifício, adoração e prestar culto. Em suma, santificar um dia, não carece da expressão , basta o Senhor separar como dia exclusivo a adoração, nesse sentido se manifesta renomada obra:
Santificar é separar do uso comum para um fim religioso; diferenciar do comum o que é sagrado.
FILHO. Guilherme Stein, O Sábado, Ed. Sociedade Internacional de Tratados do Brazil, 1919. pág. 17
Com efeito, o dia da Lua Nova foi separado como dia de adoração, proibido implicitamente obras servis, comprar, vender e labores cotidianos, como será comprovado no curso do estudo.
A lume dos textos apresentados, indaga-se: Lua Nova era considerado dia santo no antigo Israel? Se faz necessário garimpar nos escritos da lavra de Russel Champlin em busca da resposta:
As autoridades religiosas usavam o máximo cuidado para fixar o início do mês denotado pelo aparecimento da lua nova. Mensageiros eram postos em altura dominantes, para pesquisarem o firmamento; e assim que a lua aparecia, apressavam-se a comunica-lo ao sínodo, sendo-lhes permitido até mesmo viajarem no sábado, com esse propósito. As testemunhas eram reunidas e examinadas, e quando os juízes se sentiam satisfeitos, o presidente proferia as palavras 'Está santificado', e o dia era declarado 'lua nova'. (Ver Num.28:11 e 2 Reis 4:23)
CHAMPLIN, Russelll Norman. O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo.V.5.1.ed. Ed. Hagnos Ltda, 2001. pág. 162
Nota-se no texto elencado, os meticulosos líderes hebreus cuidando em acertarem o dia da lua nova, a cada mês, a ponto de permitirem mensageiros viajarem Sábado com propósito de observar o dia da Lua Nova, no momento de sua identificação anunciavam ao sínodo, de inopino o presidente reconhecia santo o dia da lua Nova, um dia separado com vínculo de adoração, restando comprovado de forma inconteste a santidade do dia da Lua Nova, contrariando as alegações dos opositores.
É de suma importância, para deslinde do tema em questão, repisar um esdrúxulo fato, segundo os contradizentes, fincados em ilações, alegam: dia santo é aquele acobertado pela palavra do Senhor, quando disse,
, a exemplo do Sábado semanal, Lua Nova do sétimo mês e sábados cerimonias. Enquanto outras Luas Novas isenta dessa expressão de forma direta, não pode ser considerado dia santo.Em resposta, medite, os Sábados cerimoniais são típicos e deixarão de existir quando encontrarem seus antítipos, como já ocorreu com alguns, tipos do primeiro advento de Cristo, assim sendo, o Sábado semanal e a Lua Nova, não passaram e nunca passarão, porque serão guardados também na Nova Terra, portanto, a santidade do Sábado e da Lua Nova transcende nossa passagem por esse mundo pecador, estende-se para o futuro, eternamente no Jardim do Éden. Para considerar um dia como santo, importa verificar se esse dia está em vigor, se vai ser guardado na Nova Terra ou não. Dá-se, por exemplo, a Lua Nova do sétimo mês, para eles é a única Lua Nova a ser guardada porque o Senhor disse
, no entanto, se isso fosse verdade, a Lua Nova não seria guardada na Nova Terra, com tremenda afronta as Escrituras, porque esse dia santo (Lua Nova do sétimo mês) é típico e quando encontrar o seu antítipo, deixará de existir o simbolismo prefigurado nas Trombetas. Como é cediço, a Lua Nova será guardada na Nova Terra, porque a ordem do Senhor é para guardar todo primeiro de mês e não somente o do sétimo mês, esta Lua Nova se destaca, é especial em função da Festa dos Tabernáculos, por isso, tem suas peculiaridades e não por ser do sétimo mês.No vertente caso, os sábados cerimoniais, tanto os tipos do primeiro como do segundo advento de Cristo, não serão guardados na Nova Terra e o Senhor os santificou cunhando Êxodo 12:16, e nem por isso deixou de ser santo. Embora o Senhor proíba trabalho secular em dia santo, é importante observar se esse dia foi separado pelo Senhor, se vai ser guardado na Nova Terra, não podemos olvidar os deveres exigidos na Nova Terra, serão praticados primeiro aqui na terra pela Igreja de Deus. É forçoso concluir, os servos do Senhor o adorava aos Sábados, Luas Novas e Festas Fixas, nos ditames da Lei.
, imagine o Sábado semanal e a Lua Nova em pleno vigor hoje, expressamente comprovado nas Escrituras, serão guardados na Nova Terra, com efeito, maior santidade é atribuída para esses dias santos, portanto, a santidade do dia não está na premissa suscitada do Senhor dizer , nesse dia, ademais, no Sábado cerimonial da Páscoa era permitido fazer comida, obra servil, verbis:Nas Luas Novas, é permitido comprar vender, negociar e trabalhar?
Outro ponto digno de anotação, diz respeito ao fato do Senhor proibir trabalho secular em dia santo, excetuando, trabalhos relacionados ao culto do Senhor e fazer comida no sábado da Páscoa. Nesta senda, a Palavra do Senhor proíbe efetuar negócios seculares em dias santos, tipo compra e venda ou trabalho servil expressamente ou implicitamente. Com efeito, não apenas a Lua Nova do sétimo mês é santa, mas, segundo a Palavra do Senhor: Números 28:11. Todo primeiro do mês é dia santo, afirmativa ratificada pelo Comentário Bíblico Adventista, explicando números 28:11:
Nos princípios: Isto pode ter sido ordenado por Deus para neutralizar as celebrações idolátricas a cada lua nova, as quais se concentravam, é claro, na adoração à lua. As trombetas de prata eram tocadas nessas ocasiões (Nm 10:2;10). Posteriormente, o trabalho foi suspenso nesses dias (Am 8:5; I Sm 20:5, Is 1:13).
DORNELES, Vanderlei. Comentário Bíblico adventista do Sétimo Dia. V. 1. 1. ed. Ed. Casa Publicadora Brasileira, 2011. pág. 1008-1009
Quando diz o trabalho foi suspenso no dia da Lua Nova, por ordem divina, invoca o texto de Amós 8:5 para ratificar a santidade dos primeiros dos meses.
É forçoso concluir, no Sábado e Lua Nova os trabalhos eram suspensos, fato digno de nota, porque eram dias santos, não podiam trabalhar, comprar, vender nem carregar cargas nesses dias, a Lua Nova está vinculada ao Sábado:
O Sábado semanal era a legislação principal, mas havia outros sábados que tinham seu lugar dentro da legislação. Algumas vezes dias de jejum são chamados de sábados, no Antigo Testamento, tal como o eram as festas da lua nova. Essas festas de lua nova eram usualmente vinculadas aos sábados.
CHAMPLIN, Russelll Norman. O Velho Testamento Interpretado versículo por versículo.V.3.1.ed. Ed. Hagnos Ltda, 2001. pág. 442)
Embora os opositores advoguem a famigerada causa de não existir prova da santidade do dia da Lua Nova, porque não encontraram escrito, Amós 8:4-5. O profeta, de forma clara e objetiva relata, no Sábado e na Lua Nova o povo de Deus não comprava e não vendia, no entanto, merece destaque a interpretação dos opositores da guarda da Lua Nova, comentando Amós, como lhe é peculiar, por ilação, comparação e suposição, eles dizem: "Como não há nenhum lugar na história das dez tribos, no qual se possa provar, que elas tinham os princípios dos meses na qualidade de dias santos, tão pouco em todo o Velho Testamento; e como esse dia veio a se transformar numa grande festa popular - denominada de Festa das Calendas, pelo Calendário judaico por ser baseado nas luas novas; pode ter sido por isso, que os mercadores tinham de deixar passar o Sábado e a lua nova, para venderem suas mercadorias. No sábado porque era dia de proibição; e na lua nova porque, o povo em festa não tinha tempo para dá a devida atenção, a mercadores – na compra de meros cereais. Isto significa que quem guarda a lua nova baseada em Amós 8:5, está redondamente enganado..." A Polêmica Questão sobre a Guarda do Dia da Lua Nova, pág. 04. Se a Lua Nova fosse mera festa popular, seria o local perfeito para mercancia. Festas populares são os melhores lugares para vender mercadorias. Frágeis argumentos são estes, apresentados levianamente para desviar as almas da verdade. Vejam a suposição, onde está escrito, qual texto comprova a falta de tempo do povo de Deus para comprar porque estavam em festa? Em lugar nenhum, são meras ilações, note a realidade do texto de Amós 8:5:
, as Escrituras comprovam de forma sobeja, no dia da Lua Nova, o povo de Deus não se ocupava em tarefas seculares:Festa da Lua Nova. O primeiro dia do mês (I Sm 20:5, 24, 27; ver vol. 2. 85, 86) era dedicado ao serviço religioso e, aparentemente, era o dia em que todos os negócios eram suspensos (ver com. de Nm 28:11; 2Rs 4:23).
DORNELES, Vanderlei. Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia. V. 4. 1. ed. Ed. Casa Publicadora Brasileira, 2013. pág. 1082
Enquanto os opositores forjam ilações, sem anuência das Escrituras e pesquisas bíblicas, o presente estudo fundamenta-se na Lei, Testemunho e pesquisa nos dicionários. Segundo o Comentário Bíblico Adventista, o texto em discussão não tem relação com falta de tempo, o primeiro dia do mês, não só do sétimo, era dedicado ao serviço religioso, por isso não compravam nem vendiam no Sábado e na Lua Nova, os trabalhos seculares eram suspensos, veja o significado de abrir os celeiros:
Para abrirmos. Literalmente, abrir, com o propósito de vender. A LXX diz abrir o tesouro, ou abrir os celeiros e depósitos.
DORNELES, Vanderlei. Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia. V. 4. 1. ed. Ed. Casa Publicadora Brasileira, 2013. pág. 1082
Abrir o celeiro com intenção de vender as mercadorias, atitude terminantemente proibida nos dias santos Sábado e Luas Novas, por este motivo esperavam passar os dias santos, para mercadejar somente nos dias de trabalho, cumprindo a lei.
Com visto alhures, no primeiro do mês o líder Judeu declarava a Lua Nova como dia santo, em assim sendo, a lua nova era considerada dia especial, dia de adoração:
...a observância dos dias especiais, como a lua nova; as festas observadas no primeiro dia do mês, por ocasião do aparecimento da lua (ver. 2r 8:13; o dia do sábado e outros vários dias de sábado ou descanso.
CHAMPLIN, Russelll Norman. O Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo.V.5.1.ed. Ed. Hagnos Ltda, 2001. pág. 13,14
Inclusa na classe dos dias santos, com efeito, era terminantemente proibido comprar, vender, negociar e labutas seculares na Lua Nova, semelhante ao Sábado era dia de adoração e alegria, proibido jejuar nesses dias, salvo a Expiação:
"lua nova"... Expressão usada somente aqui em todo o NT. Refere-se a festividade "mensal". (VerIs 1:13 e Ez 46:1). Essa festa era celebrada com o sonido de trombetas, com sacrifícios especiais e regozijo do povo, acompanhada por instruções religiosas. Nenhum trabalho manual era então permitido, e todo jejum era velado.
CHAMPLIN, Russelll Norman. O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo.V.5.1. ed. Ed. Hagnos Ltda, 2001. pág. 162
As instruções religiosas recebidas, refere-se ao culto de adoração celebrado nesse dia, com sacrifícios de ofertas e manjares, hoje transformado em sacrifício vivo santo e agradável ao Senhor materializado no culto racional de seu povo.
É forçoso enfatizar, a guarda da Lua Nova antecede a codificação da Lei no Sinai. Como cediço, os Hebreus conservaram os ensinamentos do Senhor transmitindo oralmente de geração em geração, a Lua Nova não fugiu a regra, segundo Champlin:
O Pentateuco não tem muito que dizer sobre as oferendas da lua nova (Ver Nm10:10), mas há evidências de que essa festividade era bastante popular em Israel. Essas práticas parecem ter antedatado a legislação mosaica, pois parecem ter sido antigas tradições populares, que a legislação mosaica engolfou.
Um crescente respeito foi sendo observado ao começo de cada mês. Todo comércio era levantado (Am8:5), e parece que eram dadas instruções religiosas na ocasião (2Rs4:23).
CHAMPLIN, Russelll Norman. O Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo.V.1. 1. ed. Ed. Hagnos Ltda, 2001. pág. 856-857
As instruções eram recebidas em cultos. A guarda da Lua Nova era observada antes da codificação da Lei no Sinai como dia santo. De forma sólida, restou comprovado, o comércio era fechado no dia da Lua Nova, leia-se, como dia santo, semelhante aos Sábados, nenhuma obra servil, atividades comerciais ou negócios seculares eram permitidos.
Dito isso, convém salientar o inarredável vinculo do povo de Deus com a Lei, sujeitos a abster de negociações não somente no Sábado como em qualquer dia santo ou santificado, entre eles a Lua Nova, como se pode notar: Neemias 10:31. Ao retornar do exílio Babilônico, Neemias enfrentou grandes dificuldades para colocar ordem e estabelecer o culto do Senhor após décadas de escravidão e abandono dos deveres religiosos. O povo havia se distanciado por longo período da Lei do Senhor, esquecendo seu dever, transgredindo os dias santos: Neemias 13:15. No cativeiro, o povo havia esquecido a proibição de atividade comercial no dia do Sábado e Luas Novas, embora não mencionado especificamente, está implícita no quarto mandamento e certamente foi incluída nos regulamentos pertinentes a proibição de negócios seculares em dia santo, como está registrado no livro de Amós 8:5.
Vislumbra-se nos versos elencados, Sábado e Lua Nova eram consagrados, portanto, proibido carregar cargas, comprar e vender, pisar lagares e negociar, comportamentos típicos de dias santos. Nos versos seguintes, vislumbra-se de forma cristalina a proibição de trabalhar nestes dias, e o dever de santificar, haja vista, Deus mandar abrir a porta do templo no Sábado e Luas Novas como dia propício para o povo adorar.
À Luz das Escrituras, a santificação de um dia não figura no termo não farás nenhuma obra servil, ou proclamar através de sua palavra como dia santo, como é dito do Sábado semanal ou sábado cerimonial. Alguns sustentam esta tese, o dia santo de adoração precisa estar estampado na palavra expressamente, no entanto, todos os Sábados cerimonias estão cunhados pela palavra de Deus como dia santo, contudo, porque os defensores dessa tese não guardam todos os sábados cerimonias hoje? Como da Páscoa e do Pentecostes, Deus está cunhando-os de santo. A questão não está vinculada ao fato do Senhor dizer literalmente se o dia é santo por si só. Mas, se está em vigor em nossos dias, se é típico ou símbolo de algo na Nova Terra, se faz parte do primeiro ou do segundo advento, se vai ser guardado na Nova Terra. É exatamente esse o desiderato do presente estudo, descobrir qual a importância da Lua Nova para o povo de Deus aqui e na Nova Terra. Como já exposto, apesar do Senhor expressamente atribuir santidade ao sábado cerimonial da Páscoa, como mostrado alhures, ele permitiu fazer comida nesse dia e nem por isso ele deixou de ser santo. Êxodo 12:16. Este Sábado tornou-se irrelevante, porque era tipo do primeiro advento, perdeu seu objeto quando Cristo foi cravado na cruz.
Ainda no mesmo contexto, vislumbra-se no final do verso de Neemias 13:15, a permissão para vender somente nos dias lícitos, é preciso descobrir se na Lua Nova era permitido mercadejar, em assim sendo, é imperioso elencar a constrangedora situação de Davi no dia da Lua Nova: I Samuel 20:5. Como Davi e Jônatas sabiam deste fato? Como descobriam o dia da Lua Nova? Eles haviam avistado o último minguante visível um dia antes, dois dias depois é a Lua Nova. Os opositores da Lua Nova, mais uma vez com supedâneo em ilação, suposição e comparação, explicam o supracitado verso da seguinte forma: "Costumes, são atos habitualmente praticados pelos povos ou indivíduos determinados por leis, ou por conta própria. No caso aqui do rei Saul, era um costume criado por ele, já que não encontramos esta obrigação, em nenhuma das cláusulas da Lei – que se limitava apenas, em determinar os sacrifícios a esse dia inerente." A Polêmica Questão sobre a Guarda do Dia da Lua Nova, pág. 04. Onde está escrito, qual texto confirma Saul criando este costume? Em lugar nenhum, são criações de mentes não santificadas, insubmissas e rebeldes.
Interessante notar, a contradição do autor no parágrafo seguinte: "Por outro lado, posto que ainda hoje, a Torá classifique a lua nova como Primeiro e segundo dia, os quais naqueles tempos eram celebrados a festa das calendas, não se tem notícia, que algum outro rei costumasse comer pão nesse dia nem mesmo o rei Davi – quando subiu ao trono de todo o Israel. Portanto, isto não prova ser o dia da lua nova, um dia santo." A Polêmica Questão sobre a Guarda do Dia da Lua Nova, pág. 04. No primeiro parágrafo, carente de qualquer respaldo escriturística, o autor reconhece a guarda da lua nova como costume criado pelo rei Saul, no segundo ele confirma os dias de guarda da Lua Nova ainda hoje, contidos na Torá. Sem mais delongas, é de bom tom consultar o Comentário Bíblico Adventista, acerca do texto em comento e outras obras literárias para provar a santidade do dia da Lua Nova:
Festa da Lua Nova. Os israelitas, como muitos dos povos vizinhos ao redor, seguiam um calendário lunar, no qual o primeiro dia do mês começava na noite do surgimento da lua crescente. O primeiro dia do mês, chamado de lua nova, era um momento de festividades especiais, que incluía ofertas (Nm 28:11-15) e o toque de trombetas sobre as ofertas e sacrifícios (Nm 10:10).
DORNELES, Vanderlei. Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia. V. 2. 1. ed. Ed. Casa Publicadora Brasileira, 2012. pág. 592
O Comentário Bíblico desmente os opositores, a Festa da Lua Nova não foi um costume criado por Saul, vem dos primórdios e era consagrada ao Senhor.
Confirmando o Comentário Bíblico Adventista, contrariando as alegações da Lua Nova ser uma festa criada por Saul, emerge os comentários de Champlin:
Outros usos: Várias festas e ocasiões especiais eram anunciadas por toques de trombetas. Elas eram tocadas por ocasião das três festas principais: a páscoa; a festa das semanas; a festa dos tabernáculos. Também eram anunciadas as festas da Lua Nova, ou seja, o primeiro dia de cada mês (ver Lev 23, mormente o vs 24). Na ocasião, eram feitas as oferendas apropriadas: o holocausto e as ofertas pacíficas. Todas essas ocasiões atuavam como cultos memorias, que levava as pessoas a lembrar suas obrigações para com Yahweh e os benefícios que ele provia.
CHAMPLIN, Russelll Norman. O Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo.V.1.1.ed. Ed. Hagnos Ltda, 2001. pág. 763
Na linha de colisão com os argumentos da lavra do oponente atribuindo ao rei Saul criar a festa da Lua Nova, o Dicionário Bíblico Adventista e Champlin sustentam com vigor, o dia da Lua Nova (primeiro de cada mês) era dia de culto, celebrado com a mesma santidade dos demais dias santificados, deitando por terra os gélidos e fracos argumentos levantados por opositores da guarda da Lua Nova.
Vê-se limpidamente, a Bíblia de estudo Arqueológico comentar o capítulo 20:5 de I Samuel, na mesma toada do Comentário Bíblico Adventista, diz:
Cada novo mês do ano (i.e., na lua nova) era consagrado ao Senhor pela oferta de sacrifícios especiais (Nm 28:11-15) e pelo toque de trombetas (Nm 10:10; Sl81:3). Essa observância também implicava cessação dos trabalhos normais, especialmente no início do sétimo mês (Lv 23:24,25; Nm 29:1-6; 2 Rs 4:23; Is 1:13; Am 8:5).
Bíblia de Estudos Arqueológicos, pág. 426
Não era só a Lua Nova do Sétimo mês, eram todas as Luas Novas, consagradas ao Senhor, vedado o trabalho servil, porque é dia de reunião, santo ao Senhor, leia-se, a expressão
, estava implícita.Em inteira sintonia com os textos apresentados, escritos da igreja Patrística apontam as transações comerciais interrompidas no dia da Lua Nova:
Neomênias é o primeiro dia do mês (lunar), a lua nova ou neomênia, era uma festa celebrada tanto entre Israelitas como entre cananeus (cf. Lv 23:24; I Sam 20:5 e 24;Is 13; Amós 8:5). Como o sábado, a lua nova (neomênia) interrompia as transações comerciais.
STORNIOLO, Ivo; BALANCIN, Euclides M. Padres Apostólicos, 1.ed. Ed. Paulus, 1995. pág. 310
Mais uma prova robusta, neomênia (primeiro do mês, não só de sétimo mês) dia da Lua Nova os Hebreus não realizavam transações comerciais, era dia santo, de reunião do povo de Deus, consagrado para adoração.
Vê-se, outro imponente texto de suma importância da Igreja Patrística equiparar a Lua Nova do primeiro dia do ano ao um Sábado:
O bem-aventurado Policarpo deu testemunho no início do mês de Xântico, no décimo segundo dia, o sétimo dia antes das calendas de março, dia do grande sábado, na oitava hora. Ele fora preso por Herodes, sob pontificado de Filipe da Trália e do proconsulado de Estácio Quadrado, mas sob o reino eterno de Nosso Senhor Jesus Cristo.
STORNIOLO, Ivo; BALANCIN, Euclides M. Padres Apostólicos, 1.ed. Ed. Paulus, 1995. pág. 155
As calendas de março, dia do grande Sábado, ou seja, a Lua Nova de março início do ano Bíblico, foi comparada como um Sábado semanal, dissipando qualquer tentativa de relegar a Lua Nova a uma simples festa popular de orgias, como tentam sem sucesso, provar os opositores da Lua Nova, fincados em ilação, comparação e suposição.
Nesse particular, convém sacramentar o entendimento apontado pela Bíblia Arqueológica e textos da igreja Patrística, adicionado ao brilhante texto da Lei, rechaçando o trabalho secular no dia da Lua Nova: I Samuel 20:18-19. Note, quando Jonatã diz para Davi sair do lugar no dia de trabalho, não vir no dia santo, Lua Nova, afirma claramente, Lua Nova não é dia de trabalho, a festa da Lua Nova era sagrada, santa, segundo os Testemunhos:
Por ocasião da lua nova, celebrava-se uma festividade sagrada em Israel. Esta festa ocorreu no dia seguinte ao da entrevista de Davi e Jônatas. Esperava-se que neste festim ambos os moços comparecessem à mesa do rei; mas Davi receou estar presente, e tomaram-se disposições para que ele fosse visitar seus irmãos em Belém.
WHITE, Ellen Golden. Patriarcas e Profetas, 9.ed. Ed. Casa Publicadora Brasileira, 1989. pág. 702
O texto da irmã White traz lume a questão, sem resquício de dúvidas a Festa da Lua Nova é sagrada, fato atestado pela Lei e Testemunho e não de deleites profanos ou inventada por Saul como costume. Enquanto os opositores se apoiam em ilações, comparações e suposições, fomentando constantes contradições, de forma límpida e sustentados pela Lei e Testemunho, restou comprovado, a Lua Nova não é dia de trabalho, mas, santo, consagrado ao Senhor para lhe prestar culto e adoração.
É imperioso finalizar o capítulo, comentando o texto de Davi, quando se sentiu ameaçado pelo rei Saul, resolveu atender os conselhos de seu amigo. Como visto alhures. Quando Jonatã disse para Davi sair do esconderijo somente nos dias de trabalho e não na Lua Nova, restou comprovado na Lei de forma límpida, Lua Nova é dia santo de adoração e não de trabalho. Ezequiel confirma diferenciando os dias de trabalho, dos dias santos, Sábado e Lua Nova.
Haverá Lua na Nova Terra?
Não vos deixai seduzir, as más conversações corrompem os bons costumes. Opositores da verdade omitem guardar o dia da Lua Nova, alegando não haver lua na Nova Terra, nem noite, a Luz de Deus vai substitui-la, então não vão precisar da lua, e não havendo lua, não tem como minguar. Não haverá lua, nem noite na Nova Terra?
É pertinente examinar os textos apresentados, para fundamentar se haverá ou não lua na Nova Terra: Isaías 60:19-20. Baseado no presente texto, ao viso dos opositores, não haverá sol nem lua na Nova Terra. Eles têm razão ou trata-se de mais uma falácia?
A princípio, convém relatar, o profeta Jeremias escreveu um texto completamente oposto ao texto escrito por Isaías, mostrando a lei delimitar a função do sol e da lua no firmamento, de nunca se extinguir: Jeremias 31:35-36. Tanto neste mundo, como na Nova Terra, a Lua permanecerá para sempre: Salmos 89:36-37. A confusão reside na adulteração do contexto, sorrateiramente fomentada pelos opositores da verdade.
Parece haver uma contradição, no entanto, a Palavra de Deus não entra em contradição, nos ditos de Guilherme Muller, Bíblia explica Bíblia, aqui não é diferente, como se pode notar: Apocalipse 21:23. Apesar da luz gloriosa do Altíssimo ofuscar a luz do sol e da lua, eles continuarão regendo o calendário como firmamento eterno no céu.
Em verdade, o sol, a lua e as estrelas não serão removidos do firmamento, permanecerão como testemunha fiel no céu, no entanto a luz gloriosa de Deus é inexcedível, a luz de Deus vai ofuscar a luz do sol, por esse motivo, a luz do sol, não será imprescindível para iluminar a Cidade Santa:
Não precisa. Os luminares não serão obrigatórios para iluminar a cidade. O brilho glorioso da presença de Deus proporcionará luz mais do que suficiente (cf. Is 60:19,20). As coisas materiais não são indispensáveis no plano de Deus; em sua presença, elas se envergonham (is 24:23). A luz criada não consegue superar a gloria não criada da presença divina.
DORNELES, Vanderlei. Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, V.7. 1. ed. Ed. Casa Publicadora Brasileia, 2015. pág. 994
A glória de Deus é suficiente para iluminar a cidade santa, excede a grandeza da luz solar, no entanto o calendário lunar vai reger os tempos, dias meses e anos, nesta senda, o sol e a lua continuarão no firmamento exercendo a função designada pelo Altíssimo na criação.
Escrito da lavra do pioneiro Uriah Smith, se coaduna com o texto Bíblico elencado, asseverando, somente na Cidade Santa, a luz de Deus vai exceder a luz do sol, não necessitando de sua claridade para iluminar, em assim sendo, de forma cristalina restaura-se a verdade, elucidando a controvérsia suscitada:
É só na cidade, provavelmente, que não haverá noite. Haverá sem dúvidas dias e noites na nova terra, mas serão dias e noites de inexcedível glória. O profeta, falando desse tempo, diz: E será a luz da lua como a luz do sol, e a luz do sol sete vezes maior, como a luz de sete dias, no dia em que o Senhor ligar a quebradura do seu povo e curar a chaga da sua ferida (Isaías 30:26). Mas se a luz da lua, naquele estado, é como a do sol, como pode dizer-se que ali não há noite? Resposta: A luz do sol será séptupla, de maneira mais luminoso, tornando ali tão assinalado o contraste entre o dia e a noite, talvez como agora, mas ambos serão inexcedivelmente glorioso.
SMITH, Uriah. As Profecias do Apocalipse, 1.ed. Ed. A Verdade Presente, 1991. pág. 328
Não precisará da luz do sol e da lua para iluminar apenas a cidade santa, no entanto para reger o curso do calendário e iluminar o planeta Terra restaurado sim.
Na mesma toada converge o Comentário Bíblico Adventista, o sol e a lua continuarão a existir na Nova Terra, contudo, a cidade será iluminada pela luz gloriosa de Deus:
Nunca Mais. O sol não deixará de existir quando a Terra for restaurada, mas a cidade não precisará dele (Ap 21:23; 22:5).
DORNELES, Vanderlei. Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, V. 4, 1. ed. Ed. Casa Publicadora Brasileira, 2013. pág. 336
O motivo da cidade Santa não precisar da luz do sol, é explicado pelo profeta de Patmos: Apocalipse 22:5. A luz gloriosa do Senhor iluminará a cidade santa completamente sem necessidade da luz do sol ou lua.
Neste giro, o sol e a lua continuarão seu movimento de rotação e translação, atingindo todo o planeta, somente na Cidade Santa a luz de Deus brilhará, tanto de dia como de noite. Segundo o Comentário Bíblico:
Não haverá noite. Este versículo usa uma figura de linguagem para enfatizar a insignificância dos luminares criados diante da presença de Deus. Eles ficarão pálidos e serão reduzidos a nada na presença da glória da presença divina (ver com. de Apoc. 21:23).
DORNELES, Vanderlei. Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia. V. 7. 1. ed. Ed. Casa Publicadora Brasileira, 2015. pág. 996
A luz da glória de Deus é radiante, capaz de ofuscar a claridade do sol e da lua, iluminando a cidade santa.
Colossenses 2:16-17 e a Lua Nova
De modo geral, pastores e opositores da verdade, renitentes a observância da Lei de Deus, utilizam o texto de Colossenses 2:16-17 para contestar e derrubar a obediência do Sábado e da Lua Nova. Para eles, as Festas, Sábado e Luas Novas são sombras das coisas vindouras, pasmem, a coisa vindoura é Cristo, quando veio e cravou na cruz todos esses deveres. Interpretar o texto de colossenses dessa forma é indício de falta de conhecimento ou deturpação do contexto, estudam sempre para sua própria condenação. Segundo a tradução de João Ferreira de Almeida: Colossenses 2:16-17. A confusão dormita nas palavras, são sombras das coisas vindouras, mas a realidade pertence a Cristo, contudo é mister compreender o significado do contexto apresentado por Paulo.
Analisando o texto encimado, vislumbra-se Paulo expor o cuidado da igreja com a doutrina para não ser julgada pelo comer e beber, aqui, não se trata das ofertas de manjares consistente em comida e bebida, Paulo está explicitando, pelo comer e beber cotidiano, não pelas ofertas consistentes em comida e bebida, com efeito, essa comida e bebida é sombra de que?
É digno de nota, o fato dos opositores alegarem sombras das coisas vindouras, como os dias santos cravados na cruz por Cristo. É pertinente analisar o mesmo texto na tradução do Novo Mundo ou Novo Testamento Judaico: Colossenses 2:16-17. Se faz necessário indagar, para Paulo quais sombras virão? Quando Paulo se manifestou na igreja, Cristo já havia morrido? Ou Paulo se manifestou antes da morte de Cristo e as sombras foram Cristo?
Na supracitada tradução restou comprovado, são sombras
, o corpo é de Cristo, ou seja, sua igreja. Impende esclarecer, o apóstolo Paulo escreveu este texto mais de vinte anos depois da morte de Cristo, logo, Cristo era passado para Paulo, como ele poderia dizer são sombras (futuro) se referindo a Cristo já falecido? Se a forma explicada por pastores e opositores fosse verdadeira, Paulo diria são sombras do que veio (Cristo), no entanto ele diz: são sombras , futuro e Cristo era passado para Paulo. Mesmo adulterando e forçando maliciosamente as santas Escrituras, deslocando contextos para apoiar seus maus intentos, sempre sobram falhas para descobrir a deturpação dos textos e seus contextos.Nesse diapasão, quando as Escrituras descortinam o erro dos teológico e pastores, eles voltam ao ataque utilizando outro argumento alienígena, baseado em outro erro teológico grosseiro, da lavra de Guilherme Stein Filho, explicando os Sábados do texto de colossenses, para ele:
Os Sábados (grego sabbaton, forma plural) a que o apóstolo aludi aqui são os sábados ligados a luas novas e demais dias de festa prescrito na lei cerimonial.
FILHO, Guilherme Stein. O Sábado. Ed. Sociedade Internacional de Tratado do Brasil, 1919, pág. 104
Segundo as alegações teóricas, se Sábado estiver no plural, é sábado cerimonial, se estiver no singular é Sábado semanal.
É lamentável e triste ver pastores e opositores da verdadeira doutrina, baseados em Guilherme Stein Filho, interpretarem esse versículo baseado em singular e plural. Sob a égide de suas alegações, o Sábado em outras traduções (do grego) vem no plural "sábados", assim sendo foram cravados na cruz, trata-se de sábados cerimonias ligados a Lua Nova, se estão no plural não pode ser Sábado semanal, mas, cerimoniais ligados a Lua Nova, no entanto, o texto do Profeta Ezequiel põe esta tese por terra, veja: Ezequiel 20:20. No apontado texto o Sábado vem no plural e trata-se do Sábado semanal, deixando claro a fragilidade do argumento suscitado, haja vista, não existir nenhum Sábado cerimonial como sinal entre Deus e seu povo.
Quem inventou a esdrúxula tese teológica, foi Guilherme Stein Filho, defendendo Sábado no singular como semanal, e no plural como cerimonial ligados a Lua Nova, e muitos desavisados tem seguido esse erro teológico tosco.
Como visto alhures, quando o apóstolo Paulo escreveu o texto de Colossenses, Jesus havia morrido há mais de vinte anos. Se realmente o apóstolo quisesse dar esse contexto, ele teria escrito, foram sombras do que passou (morte de Cristo), no entanto, ele diz são sombras
. Na realidade nem são sombras, mais memorial, sinal e símbolo como veremos adiante. Ademais, existe tipo do primeiro e do segundo advento de Cristo, veja:A morte do cordeiro pascal era sombra da morte de Cristo. Diz Paulo: Cristo, nossa Páscoa, foi imolado por nós. I Coríntios 5:7. O molho das primícias, que por ocasião da páscoa era movido perante o Senhor, simbolizava a ressurreição de Cristo. Aqueles símbolos se cumpriram, não somente quanto ao acontecimento, mas, também quanto ao tempo. No dia catorze do primeiro mês judaico, no mesmo dia e mês em que, durante quinze longos séculos, o cordeiro pascal havia sido morto, Cristo tendo comido a Páscoa com os discípulos, instituiu a solenidade que devia comemorar sua própria morte como o cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo. De igual maneira, os tipos que se referem ao segundo advento devem cumprir-se ao tempo designado no culto simbólico. No cerimonial mosaico, a purificação do santuário, ou o grande dia da expiação, ocorria no décimo dia do sétimo mês judaico. (Levítico 16:29-34).
WHITE, Ellen Golden. O Conflito dos Séculos. 30.ed. Ed. Casa Publicadora Brasileira, 1985. pág. 398
Analisando o texto, vislumbra-se o sábado da Festa da Páscoa e da Ressureição, ou seja, dia 15 abibe e do dia 21 de abibe, outrossim, o Sábado do Pentecostes, como Sábados cerimoniais e tipos do primeiro advento, portanto, foram cravados na cruz, passado para Paulo. Enquanto os Sábados cerimoniais ligados a Festa do Tabernáculo, segundo texto da irmã White, são tipos do segundo advento de Cristo, e era futuro para Paulo, só deixarão de existir quando encontrarem seus antítipos, no segundo advento de Cristo. Assim como Sábado semanal e Luas Novas, são sinais representativos da Nova Terra, futuro para Paulo.
Esta é mais uma prova do erro teológico acerca da doutrina do Sábado no singular e Sábado no plural, não existe nenhuma evidência comprovando Sábado no plural representativo dos sábados cerimoniais, ou ligados à Lua Nova, cravados na cruz em Colossenses 2:16. Mesmo os Sábados cerimoniais só foram cravados na cruz os referentes aos tipos do primeiro advento, Deus tem um Plano de Redenção a qual estas Festas fazem parte, e tudo vai se cumprir a seu tempo segundo exorta o apostolo Paulo: Gálatas 4:10. O Plano de Redenção, segue os tipos designados por Deus no culto simbólico, os tipos do primeiro advento de Cristo cumpriram-se, e os tipos do segundo advento se cumprirão seguindo o curso do culto simbólico.
Ademais, se Sábado no plural identifica os sábados cerimoniais ligados a Lua Nova e no singular o semanal, então, podemos entender os sábados cerimoniais como o sinal entre Deus e o seu povo e não o semanal. Como visto alhures, observe a passagem abaixo, o profeta escreveu Sábados no plural e trata-se de Sábado semanal, como se pode notar: Ezequiel 20:12. Na verdade, esta tese de Sábados no plural, é sofisma, vento de doutrina e não merece prosperar, importa analisar o contexto e não se está no singular ou plural.
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O Toque das Trombetas de Prata
É forçoso lustrar a verdade acerca da trombeta de prata, utilizada no antigo Israel para múltiplos propósitos era vinculada a guarda da Lua Nova. Alguns vislumbraram a trombeta de prata tocando em diversas ocasiões, como partida do arraial, convocação e guerra, não só na Lua Nova, por isso pretendem desqualificar a devoção desse dia, porque o toque das trombetas não santifica o dia da Lua Nova.
Deveras, a função do toque das trombetas não era santificar dia nenhum, mas, convocar o povo para se congregar nos dias santos. Quando as duas trombetas eram tocadas juntas, toda a congregação se juntava à porta do Tabernáculo: Números 10:1-3. O toque da trombeta de prata tinha o condão de convocar a congregação de Israel, cada toque sinalizava uma ordem divina.
Tratando-se de toque para ajuntamento, acontecia quando as duas trombetas eram tocadas juntas, chamando o povo à porta da Tenda da Congregação para adoração, em quais dias elas eram tocadas: Números 10:10. A trombeta de prata era tocada no dia da Lua Nova convocando o povo para adoração, portanto Lua Nova é dia santo. Quando as duas trombetas eram tocadas juntas, é cediço, a finalidade era religiosa, resta sabermos, quem podia tocar as trombetas?
Sacerdotes. As trombetas se destinavam a práticas religiosas e soavam em harmonia com os expressos desejos de Deus. Portanto, era natural colocar esses instrumentos sob a custódia dos sacerdotes e permitir que somente eles os tocassem.
DORNELES, Vanderlei. Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia. V.1. 1.ed. Ed. Casa Publicadora Brasileira, 2011. pág. 929
Em virtude do cunho religioso atribuído ao toque das trombetas, somente os sacerdotes levitas estavam autorizados a usá-las.
A principal função das trombetas era convocar o povo para adoração nos dias santificados, a exemplo dos dias das Festas Fixas.
Nas vossas solenidades. Literalmente, em vossas reuniões designadas, ou seja, a Páscoa, a Festa dos pães Asmos, a Festa das semanas, a Festa das Trombetas, o dia da Expiação e a Festa dos Tabernáculos (Lv2).
DORNELES, Vanderlei. Comentário Bíblico Adventista do sétimo Dia. V.1. 1.ed. Ed. Casa Publicadora Brasileira, 2011. pág. 930
A princípio observa-se os sacerdotes tocarem as trombetas, convocando o povo para as Festas fixas.
Alegam eles, somente a Lua Nova do Sétimo mês, por ser um Sábado cerimonial, era guardada por Israel, no entanto, a Bíblia e o Comentário Bíblico Adventista, dizem o contrário:
Princípios dos vossos meses. Isto é, no primeiro dia de cada mês ou a cada Lua Nova.
DORNELES, Vanderlei. Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia. V.1. 1.ed. Ed. Casa Publicadora Brasileira, 2011. pág. 930
Segundo o Comentário Bíblico, Israel guardava todas as Luas novas, e não apenas a do sétimo mês.
Nesse compasso, quando as duas trombetas eram tocadas juntas, o som sibilava das duas trombetas convocando todo o Israel à porta da Congregação. Quando a trombeta era usada para partir do arraial, era tocada de rebate ou alarido: Número 10:5. De igual modo, o toque da trombeta convocando para guerra, era tocada de rebate ou alarido, conforme revela o livro de Números 10:9. Quando era tocada para convocar os líderes, somente uma trombeta era tocada, Números 10:4.
À luz dos fundamentos acima levantados, urge enfatizar, a diferença da Lua Nova do sétimo mês, para as demais Luas Novas, se traduz no fato elucidativo da Lua Nova do sétimo mês está umbilicalmente ligada a Festa anual e não por ser Lua Nova do sétimo mês, por este motivo é considerada Sábado cerimonial, e dia das Trombetas, razão pela qual, elevava a santidade do dia e do culto, celebrado com maior número de sacrifícios. Outrossim, convém reiterar, quando o tipo da trombeta encontrar o antítipo, o dia da trombeta vai cessar, no entanto, a guarda da Lua Nova vai prosseguir na Nova Terra, porque o tipo não é da Lua Nova, mas do dia das trombetas da Festa dos Tabernáculos. No antigo Israel a atenção do povo era direcionada para esse dia com sonidos das aludidas trombetas em função do esperado dia da Expiação. O dia das trombetas visava despertar o povo da aproximação do dia da expiação, recebendo perdão dos pecados, ela simboliza os sete trovões alertando o povo a proximidade da última benção recebida no dia da Expiação, a Chuva Serôdia, este mistério se cumprirá ao tempo da sétima trombeta: Apocalipse 10:7. No mais, não existia nenhuma diferença, as duas trombetas de prata eram tocadas a cada princípio de Mês, ou seja, em todas as Luas Novas, convocando o povo para adoração à porta do Tabernáculo:
Cada princípio de mês era anunciado com o sonido de trombeta, e onze sacrifícios eram oferecidos (Números 10:10). Mas, no primeiro dia do sétimo mês, em acréscimo às onze ofertas imoladas no primeiro dia de cada mês, outros dez sacrifícios eram oferecidos (Números 28:11-15; 16). O dia era reverenciado como um sábado cerimonial ou anual, sendo um dos sete dias de santas convocações ligados às festas anuais.
HASKELL, Stephen N. A Cruz e sua Sombra. Ed. Vida Plena, 1997. pág. 209
As trombetas eram simbólicas, mirava advertir o povo preparar-se nos dez dias antecedentes ao grande dia da Expiação, onde o povo deveria santificar-se para receber as bênçãos do dia da Expiação, representativo do juízo de Investigação e derramamento da Chuva Serôdia, tipo do segundo advento.
Conforme já explicado. A Lua Nova do Sétimo mês se diferencia das demais Luas Novas, no tipo ligado a Festa dos Tabernáculos, quando a trombeta for tocada com maior vigor pelo anjo, o tipo encontra o antítipo cessando essa peculiaridade, não podemos olvidar, o Sábado e as Luas Novas não são tipos nem sombras. O toque das trombetas de prata, simboliza convocação dos santos na Nova Terra, se congregando no Sábado e a cada Lua Nova na presença do Senhor, destarte, vislumbra-se no texto seguinte a confirmação da Lua Nova como dia de adoração não só no antigo Israel e no presente como no futuro, na Nova Terra, em obediência ao símbolo das distintas trombetas de prata:
No antigo serviço simbólico, o povo de Deus congregava-se para adorar no início de cada mês e no Sábado, em obediência as distintas notas das trombetas de prata. Igualmente podemos imaginar que, quando a terra tiver sido renovada, e de uma Lua Nova a outra, de um Sábado a outro (Isaías 66:23), os remidos se congregarem para adorar perante o Senhor, isso será em resposta as notas das trombetas celestes, das quais aquelas utilizadas no antigo serviço era um símbolo.
HASKELL, Stephen N. A Cruz e sua Sombra. Ed. Vida Plena, 1997. pág. 214-215
Por fim, os santos irão regozijar-se na glória do Senhor, ele não deixará seu povo em trevas, mas, fará brilhar sobre a igreja, toda a luz do passado, presente e futuro:
Toda luz do passado, toda luz do presente e que alumia até o futuro, conforme revelado na palavra de Deus é para todo o que aceita.
WHITE, Ellen Golden. Testemunho para a Igreja, pág. 81
Somente a Igreja Remanescente aceita todas as verdades, obedece por amor estimulada pela natureza divina de Cristo. Mediante as irrefutáveis provas apresentadas, jactanciosos arrogantes levantam teses defendendo transgredir a Lua Nova aqui para guardar só na Nova Terra. É cediço de todos, a preparação é gora, aqui, as normas cumpridas na Nova Terra pela igreja triunfante, obrigatoriamente deve ser obedecida pela igreja militante neste mundo maculado pelo pecado.
A Lua Nova guardada na Nova Terra
À luz dos fundamentos sedimentados, convém destacar, o Senhor criou o Sábado e a Lua Nova antes do pecado. Com a concepção do pecado de Adão e Eva o Plano de Redenção foi estabelecido, com tipos e sombras apontando para o Messias, Jesus Cristo. O culto do Velho Testamento era celebrado com sacrifício de animais tipificando o Cordeiro de Deus. As Festas fazem parte do Plano de Redenção, são disciplinadas pelo calendário Bíblico, este por sua vez, é regido pela Lua Nova: Eclesiástico 43:6-8. Como visto, as Festas são regidas pelo calendário bíblico religioso, inicia com a lua nova do primeiro mês, corresponde ao mês de março, não confundir com calendário civil, cujo início acontece na Lua Nova da Trombeta no sétimo mês.
Nesse viés, algumas Luas Novas, imiscuídas nas Festas fixas são chamadas de sábados cerimoniais incorporadas ao Plano de Redenção, por esta razão, um número maior de sacrifícios era oferecido. O Senhor ordenou abrir a porta do átrio interior do Tabernáculo, local onde o povo adorava o Senhor em todos os dias santos, entre eles o princípio de cada mês, ou seja, toda Lua Nova, fechando a porta nos dias de trabalho. A questão vergastada gravita em torno da guarda da Lua Nova ou princípios dos meses, esse dia santo, vigorou até Cristo e foi cravado na cruz, ou a guarda da Lua Nova se estende até a Nova Terra?
Como se percebe, a guarda do Sábado e da Lua Nova se estende do Éden ao Éden, portanto, impossível serem cravados na cruz. Segundo o profeta, tanto o Sábado como a Lua Nova vão ser guardados no Éden, pelos santos ou remidos, conforme comprovação das Escrituras. Visando tolher traduções de Bíblias não confiáveis, é salutar utilizar a tradução da Bíblia Judaica Completa: Isaías 66:22-23. O texto é assaz elucidativo, o dia de adoração na Nova Terra será a cada Sábado e a cada Lua Nova.
Vale enaltecer, as traduções bíblicas acerca do texto de Isaías 66:22-23 são bastante questionadas, por este motivo, foi utilizado o texto da Bíblia Judaica, apresentando um contexto límpido para dirimir a controvérsia, veja a expressão, , os remidos se deleitarão em adoração ao Senhor. Este texto dissipa qualquer resquício de dúvida, contudo, os oponentes alegam, a guarda da Lua Nova vigorou até Jesus, quando ele a cravou na cruz: "Aquela numerosa quantidade de sacrifícios, com suas respetivas ofertas de manjares e libações, que eram oferecidas nos princípios dos meses, as quais, mais tarde dera lugar a famosa festa das calendas, só devia vigorar até a morte de Cristo." A Polêmica questão sobre a guarda do Dia da Lua Nova, pág. 06. Alegam, Jesus cravou a Lua Nova na cruz, contudo, em outro momento, os oponentes sustentam, a Lua Nova vai ser guardada na Nova Terra pelos santos: "Esta porém é a chave, para desencadear o texto em estudo, pois referindo-se a nova Terra e não para agora – como muitos pretendem." A Polêmica questão sobre a guarda do Dia da Lua Nova, pág. 06. Na insana tentativa de obstruir a guarda da Lua Nova no tempo presente, a princípio defendem a guarda da Lua Nova cravada na Cruz e depois entra em contradição asseverando, o dia da Lua Nova será guardado na Nova Terra. Se a Lua Nova foi cravada na cruz, não será guardada nunca mais. Por outro lado, se vai ser guardada na Nova Terra, o preparo é aqui, precisa ser guardada primeiro na Terra.
Destarte, esqueceram um detalhe importante, ninguém vai se preparar na Nova Terra. A palavra de Deus é cirúrgica, o preparo é aqui, é impossível haver mudança no céu:
Mas todos os que seguirem o cordeiro no céu, precisarão primeiro tê-lo seguido na terra, não contrariados ou por capricho, mas em confiante, amorável e voluntaria obediência, como o rebanho segue o pastor.
WHITE, Ellen Golden. Atos dos Apóstolos. 3.ed. Ed. Casa Publicadora Brasileira, 1976. pág. 591
Seguir o cordeiro é andar segundo os ensinamentos de sua doutrina, os dias santos guardados pela igreja da terra são os mesmos da Nova Terra, onde os santos se congregarão na presença do Altíssimo, Sábado e Lua Nova.
Nesse enfoque, se Cristo cravou na cruz o dia da Lua Nova como sustentam os oponentes, não tem sentido guardá-la na Nova Terra, o tipo encontrou o antítipo, todavia, se a Lua Nova vai ser guardada na Nova Terra, como sustenta o profeta Isaías, a Igreja precisa se habilitar aqui e agora, porque os santos serão moldados nos termos da sã doutrina, praticando aqui, inclusive o aprendizado do serviço sagrado, incluindo os dias de culto, de adoração, celebrado pela Igreja Remanescente, razão de aceitar a axiomática verdade:
Entrarão no gozo do Senhor quando virem no reino aqueles que foram redimidos por sua instrumentalidade. E terão o privilégio de participar de sua obra lá, porque se habilitaram pela participação da mesma aqui. O que seremos no céu, é o reflexo do que somos agora no caráter e no serviço sagrado.
WHITE, Ellen Golden. Parábolas de Jesus. 8. ed. Ed. Casa Publicadora Brasileira, 1987. pág. 361
O supracitado texto dizimou qualquer tentativa de repudiar o preparo aqui, não haverá preparo no céu, os dias santificados na Nova Terra serão os mesmos consagrados na Terra pela igreja do Senhor.
Isto posto, urge destacar, a preparação da Igreja de Deus não é no céu, muito menos na Nova Terra, mas, aqui, de conformidade com a doutrina ensinada por Cristo:
Na igreja aqui da terra, os filhos de Deus devem ser preparados para a grande reunião da igreja do céu. Os que aqui levam uma vida de conformidade com a doutrina de Cristo, podem ter certeza de um lugar perpétuo na família de remidos.
WHITE, Ellen Golden. Testemunho para a Igreja. Ed. Casa Publicadora Brasileira. pág. 171
Deus não tem duas Igrejas na Terra, mais, uma única Igreja, unificada com a igreja do céu pela obediência a sã doutrina. Os seres celestiais e os crentes da Terra constituem uma só Igreja, com efeito, em dias vindouros a Igreja da Terra será revestida da Natureza divina de Cristo se assemelhando aos seres celestiais:
A igreja de Deus na terra é solidaria com a do céu. Os crentes na terra e os seres celestiais que não pecaram constituem uma só igreja. Cada ser celestial toma interesse nos santos que na terra se reúnem para adorar a Deus.
WHITE, Ellen Golden. Testemunho para a Igreja. Ed. Casa Publicadora Brasileira. pág. 134
A igreja da Terra será unificada com a Igreja do céu, para adorar o Senhor aos sábados e Luas Novas.
Desmuniciado de provas reais cunhadas nas Escrituras, os opositores recarregam seu arsenal cometendo despautério maior, alçam esdrúxula tese, sustentando uma fétida doutrina, segundo eles, Paulo em Colossense 2:16-17 está se reportando a Isaías 66:22-23, declarando a suposta guarda da Lua Nova somente na Nova Terra, vejam: "De lua nova em lua nova, e de sábado em sábado, virá toda a carne a adorar perante mim, diz o Senhor. Isaías 66:22-23. E foi em alusão a este acontecimento, que o apóstolo Paulo fez a seguinte declaração para os Colossenses: Portanto ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa ou da lua nova... Que são sombras das coisas futuras.... Col. 2:16-17." A Polêmica questão sobre a guarda do Dia da Lua Nova, pág. 06. Cometem tremenda contradição, se Paulo cravou a Lua Nova na cruz em Colossenses, como podem ressuscitar a guarda da Lua Nova na Nova Terra? É um absurdo, ou há preparo na Terra para guardar a Lua Nova na Nova Terra ou não haverá este dever em tempo algum. Ninguém vai se preparar no céu.
A princípio, mesmo de forma equivocada, defendem guardar a Lua Nova do sétimo mês, depois sustentam o texto de Colossenses 2:16-17, como Paulo fazendo alusão ao texto de Isaías 66:22-23, ou seja, as Luas Novas só podem ser guardadas na Nova Terra, porque o apostolo falou
. Se essa tese fosse verdadeira, se a Lua Nova de Colossenses for a Lua Nova descrita por Isaias, a Lua Nova do sétimo mês não pode ser guardada agora, ela estaria incluída no contexto, só poderia ser guardada na Nova Terra. Há uma verdadeira má fé ou falta de conhecimento acerca do tema, como visto alhures, o destaque dos sábados cerimonias não se coaduna com o fato de ser Lua Nova, mas, de estarem adstritas as Festas, integrando o Plano de Redenção.Como já exposto, para Paulo o sábado cerimonial da Festa da Páscoa e dos ázimos, o dia 15 e o dia 21 de abibe era passado, o Sábado cerimonial do Pentecostes, já havia se cumprido quando Paulo escreveu o texto de colossenses, tipos do primeiro advento de Cristo, de outro norte, o Sábado cerimonial da Trombeta, Expiação, do primeiro e oitavo dia da Festa dos Tabernáculos era futuro para o renomado apóstolo. Contudo, mesmo esses sábados cerimoniais apontando o futuro para Paulo, não tem relação com a Lua Nova do texto de Isaías, esta será guardada na Nova Terra, porque no segundo advento de Cristo os tipos representativos desses sábados cerimonias se cumprirão, e a Lua Nova permanecerá, será guardada na Nova Terra, todo princípio de mês.
Com esse importe, urge indagar, afinal, em qual dia os santos se reúnem para adorar o Senhor no céu e na terra? Em resposta vislumbra-se nas Escrituras o Sábado e Luas Novas, como luz do passado, luz do presente iluminando o futuro, esta verdade axiomática encontra-se respaldada na Lei e Testemunho. A igreja de Deus aqui na Terra, ama e obedece aos Mandamentos do Senhor tendo Cristo como centro: Apocalipse 14:12. O Senhor ordenou a sua igreja: Salmos 50:5. Esta ordem tem objetivo especial, o próprio Deus ensina e capacita sua Igreja através da sã doutrina, habilitando-os as moradas celestiais para unifica-la com a igreja do céu, unindo-se aos coros de louvor junto aos anjos, todo Sábado e toda Lua Nova, adorando o Senhor e o Cordeiro eternamente, cumprindo o símbolo da trombeta de prata:
O templo de Deus no céu está aberto e seus umbrais inundados de glória. Que se derrama sobre toda a igreja que ama a Deus e guarda seus mandamentos. Devem investigar, meditar e orar.
Quando virmos às coisas como elas são, como o Senhor deseja que a vejamos, seremos cheios do conhecimento da imensidade e veracidade do amor divino.
Deus ensina que devemos congregar em sua casa, a fim de cultivar as qualidades do perfeito amor. Com isto os habitantes da terra serão habilitados para as moradas celestiais que Cristo foi preparar para os que o amam. Lá no santuário de Deus, reunir-se-ão então de Sábado em Sábado e de mês em mês para se associarem ao elevado coro nos cânticos de louvor e ações de graça, entoados em honra daquele que está assentado no trono e do Cordeiro para sempre.
WHITE, Ellen Golden. Testemunho para a Igreja. Ed. Casa Publicadora Brasileira. pág. 136
Os remidos reunir-se-ão todo Sábado e Lua Nova para adorar o Senhor na Nova Terra e degustar os frutos da árvore da vida. A obra de preparação é aqui, os dias santos obedecidos pela igreja na Nova Terra serão obedecidos na Terra, por este motivo, o Senhor ensina os dias de congregar em sua casa, Sábados e luas Novas.
Nesse compasso, os salvos, aqui da terra, amaram e obedeceram a Lei de Deus e sua doutrina, destarte, revestidos de natureza divina serão unificados a igreja do céu, ao toque das trombetas de prata, serão convocados para todo Sábado e Luas Novas adorar ao Senhor:
As nações dos salvos não conhecerão outra lei que não a do céu. Serão todos uma família unida e feliz, vestidos com vestes de louvor e gratidão. Sobrepujando a cena cantarão as estrelas da manhã juntamente, e os filhos de Deus jubilarão, enquanto Deus e Cristo Se união em proclamar: Não haverá mais pecado, nem mais haverá morte. E será que desde uma Lua nova até a outra, e desde um sábado até o outro, virá toda a carne a adorar perante mim, diz o Senhor. A glória do Senhor se manifestará, e toda a carne juntamente verá.
WHITE, Ellen Golden. Profetas e Reis. 9. ed. Ed. Casa Publicadora Brasileira, 1989. pág. 690
A Igreja da Terra será unificada com a Igreja do céu, os dias de guarda são os mesmos Sábados e Luas Novas, ou seja, os Sábados e Luas Novas, são guardados e obedecidos do Éden ao Éden.
Com efeito, diga-se, a Lua Nova continua sua função de reger o calendário na Nova Terra, só a Cidade Santa será iluminada com a glória de Deus, excedendo a luz do sol, no resto do planeta o sol brilhará cumprindo sua missão no firmamento, assim como a Lua Nova, marcando o princípio de cada mês, para os santos adorarem o Senhor e degustar o precioso fruto da árvore da vida:
A árvore da vida produz doze espécies de fruto. E dá o seu de mês em mês. Este fato derrama luz sobre a declaração de Isaías 66:23, que toda carne irá desde uma lua nova até outra adorar perante o senhor dos exércitos. As palavras Lua Nova deviam ser traduzidas por mês. O hebraico tem “hhodesd”, cujo segundo significado em gesênio é o mês. A tradução dos setenta tem “men ek menos”, de mês a mês. Os remidos vão a santa cidade de mês em mês participar do fruto da árvore da vida.
SMITH, Uriah. As Profecias do Apocalipse. 1. ed. Ed. Vida Plena, 1991. pág. 331
O Planeta Terra será iluminado pela luz do sol, somente a Cidade Santa será iluminada pela excedível luz da glória do Altíssimo, deitando por terra a suposição de não haver lua na Nova Terra.
Por fim, é pertinente concluir pela existência de provas sobejas atestando a veracidade da guarda da Lua Nova, na Lei e nos Testemunhos, ratificado por Ellen White, Uriah Smith e Haskell, foi guardada no passado como dia de adoração, é guardada agora, presente, pela igreja de Deus e será guardada na Nova Terra pelos remidos, luz do passado, presente e futuro, é Plano de Redenção, embora os opositores alegam guardá-la na Nova Terra, o preparo é aqui, para seguir o Cordeiro no céu precisa segui-lo primeiro na Terra. De fato, estas verdades serão aceitas unicamente pela igreja de Deus. Para os remissos, esta verdade encontra-se selada, recusaram aceitar todas as verdades, retendo apenas parte da verdade disseminada em todas as igrejas misturadas com erros, pagarão o preço de seu pecado perdendo a salvação.