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Doutrina


SANTA CEIA OU REUNIÃO DE COMUNHÃO? ATOS 20:7

Vencido o exame do primeiro texto salientado, é forçoso analisar o segundo texto apresentado pelos Mórmons em defesa da santificação do domingo. Trata-se de texto bíblico relatando os discípulos reunidos no primeiro dia da semana visando partir o pão, eis o texto: "No primeiro dia da semana, estando nós reunidos com o fim de partir o pão, Paulo, que deveria seguir viagem no dia imediato, exortava-os e prolongou o discurso até à meia noite." Atos 20:7. Com base nesse texto, evangélicos e demais defensores do domingo, torcem as escrituras, ao seu viso, Paulo celebrou Santa Ceia no primeiro dia, porque domingo é dia de adoração. Nesse sentido relata nota de rodapé da Bíblia arqueológica, forçando interpretação em favor do domingo, todavia, carente de sustentação sólida das Escrituras:

O primeiro dia da semana era o domingo. Essa é a primeira referência clara a uma reunião de adoração dos cristãos nesse dia, embora a adoração aos domingos por certo já se tornara uma prática comum. Embora alguns sustentam que eles se reuniam no Sábado à tarde, visto que o dia judaico começava as 18 horas, na tarde anterior, não há indícios de que Lucas empregasse o método judaico de computar o horário ao narrar fatos ocorridos em ambientes helenísticos, e sim o método romano, que contava o dia de meia-noite a meia-noite. Para partir o pão é uma referência à santa ceia.
Bíblia de Estudos Arqueológicos, pág. 1810

Os frágeis argumentos se dissolvem com a veracidade dos fatos. Santa Ceia cai em qualquer dia da semana, os apóstolos celebravam Ceia pautado no calendário bíblico, a saber, dia 14 de abibe, podia cair em qualquer dia da semana. Caso Paulo celebrasse a Ceia orientado pelo calendário bíblico e o dia 14º caísse domingo, não significa efetiva mudança do Sábado bíblico para domingo, seria perfeitamente normal. Hoje, celebramos Ceia no dia 14 de abibe, as vezes cai domingo, contudo, não significa mudança do dia de descanso sabático para domingo.

Diante do exposto, indaga-se, Paulo celebrava a Ceia domingo ou seguia o costume apostólico celebrando no dia 14 de abibe? O supracitado partir o pão, para alguns trata-se de Santa Ceia, era celebrado domingo por ser dia santo ou caiu domingo por se tratar do dia 14 de abibe? Com esse importe, diga-se, o texto de Atos 20:7, não menciona mudança do Sábado para domingo, como dia de guarda, simplesmente aponta os discípulos reunidos no primeiro dia da semana para partir o pão. Em sendo assim a questão se concentra em descobrir se a igreja apostólica celebrava a Santa Ceia, domingo ou no dia 14 de abibe do mês judaico e o significado de partir o pão, para tanto convém perquirir as Escrituras para elucidar a controvérsia.

Ao viso de evangélicos, católicos e Mórmons, o texto de Atos 20:7 comprova mudança do dia de adoração, nesse dia Paulo celebrou Santa Ceia domingo porque era dia de adoração, conforme texto extraído da Bíblia arqueológica. Não obstante, se faz necessário estudar a instituição pascal, em qual dia Jesus instituiu a Santa Ceia? A Santa Ceia foi instituída após Jesus celebrar a Páscoa: "Chegou o dia da Festa dos Pães Asmos, em que importa comemorar a Páscoa." Lucas 22:7. A primeira Ceia celebrada por Cristo, foi domingo? Ou Jesus celebrou no 14º dia de abibe? Com efeito, se faz necessário recorrer ao Velho Testamento para descortinar a data: "A Páscoa do Senhor, que começa no entardecer do décimo quarto dia do primeiro mês. No décimo quinto dia daquele mês começa a festa do Senhor, a festa dos pães sem fermento." Levítico 23:5-6. A Bíblia fornece provas robustas da data da última Páscoa celebrada por Jesus. O Salvador instituiu a Santa Ceia no décimo quarto dia do primeiro mês judaico (abibe ou nisã) e em seguida instituiu a Santa Ceia, ou seja, a Santa Ceia substituiu a Páscoa, na mesma data da celebração da Páscoa, mudou a forma, não o dia da celebração. Se a suposta celebração de uma Santa Ceia no primeiro dia da semana é prova para sustentar a mudança do Sábado para o domingo, muito mais consistentes são as provas apontando a celebração da Santa Ceia pela igreja primitiva exatamente na data da celebração da Páscoa, Jesus obedeceu à lei, celebrou a Páscoa no pôr do sol, instituindo a Ceia na mesma data e não no domingo: "Ao cair da tarde, foi com os doze." Marcos 14:17. "Chegada à tarde, pôs-se ele à mesa com os doze discípulos." Mateus 26:20. No pôr do sol do dia 14 de abibe, independente do dia da semana, Jesus celebrou a Páscoa, em seguida instituiu a Ceia: "Enquanto comiam, tomou Jesus um pão, e, abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, dizendo: Tomai, comei isto é o meu corpo. A seguir, tomou um cálice e, tendo dado graças, o deu aos discípulos, dizendo: Bebei dele todos; porque isto é o meu sangue, o sangue da nova aliança, derramado em favor de muitos, para remissão dos pecados." Mateus 26:26-28. Paulo confirma: "Pois recebi do Senhor o que também entreguei a vocês. Que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão e, tendo dado graças, partiu-o e disse: Isto é o meu corpo." I Coríntios 11:23-26. A noite da traição foi quinta-feira, na sexta Jesus morreu, então a primeira Santa Ceia foi celebrada quinta-feira e não domingo. Jesus instituiu nova aliança, não com cordeiro assado ou ervas amargas, mas, com seu corpo (pão) e seu sangue (vinho). O apostolo Paulo seguiu o exemplo de Jesus, celebrando a Ceia no décimo quarto dia de abibe independente do dia da semana. Resta elucidar à noite da traição de Cristo, nesse dia a Santa Ceia foi instituída, e com certeza não foi domingo. Uma análise cuidadosa revela Cristo traído e entregue na noite do dia 13 do primeiro mês bíblico, quinta-feira, conforme as escrituras relatam: "Ao cair da tarde, por ser o dia da preparação, isto é, a véspera do Sábado. Este, baixando o corpo da cruz, envolveu-o em um lençol que comprara e o depositou em um túmulo que tinha sido aberto numa rocha." Marcos 15:42;46. Dia da preparação é sexta-feira, portanto, Jesus morreu sexta-feira, a primeira Santa Ceia foi celebrada e instituída por ele na véspera de sua morte, ou seja, quinta-feira. Jesus celebrou a Páscoa um dia antes porque no dia 14 de abibe ou nisã deveria morrer no exato momento do sacrifício do cordeiro pelos hebreus, conforme prefigurava tipificação. Ademais, de acordo com os textos apresentados, Atos 20:7, não autoriza mudança do Sábado para domingo, ao arrepio da lei, Paulo obedecia a Lei, em seu tempo não havia controvérsia acerca do domingo, até então considerado dia de trabalho: "Varões irmãos, nada havendo feito contra o povo ou contra os costumes paternos, contudo, vim preso desde Jerusalém, entregue nas mãos dos romanos." Atos 28:17. O Sábado era o único dia de descanso semanal conhecido por Paulo, apóstolo obediente à lei: "confesso-te, porém, que adoro o Deus de nossos antepassados como seguidor do caminho, a que chamam seita. Creio em tudo o que concorda com a Lei e no que está escrito nos Profetas." Atos 24:14. De acordo com a Lei, Paulo guardava o Sábado do sétimo dia e celebrava a Santa Ceia no dia 14 do primeiro mês bíblico e não domingo, portanto a celebração da suposta Ceia domingo não significa nada, nenhuma mudança da santificação do Sábado para domingo pagão.

À guisa de informação, diga-se, a tese de Paulo celebrar Santa Ceia domingo, pautado em Atos 20:7, carece de acurado estudo, pelo simples fato de Paulo ter celebrado a Ceia doze dias antes do texto apontar o famoso partiu o pão estendendo-se até a meia-noite, como se vê nas Escrituras: "Navegamos de Filipos, após a festa dos pães sem fermento, e cinco dias depois nos reunimos com os outros em Trôade, onde ficamos sete dias." Atos 20:6. No teor do texto apresentado, Paulo navegou de Filipos para Trôade, somente depois de celebrar a festa dos pães sem fermento, leia-se, a Santa Ceia. Nesse sentido, são os ensinamentos da irmã White:

Em Filipos demorou-se para celebrar a Páscoa. Só Lucas ficou com ele, partindo os demais membros da comitiva para Trôade, a fim de ali o esperarem.
WHITE, Ellen Golden. Atos dos Apóstolos. 3.ed. Ed. Casa Publicadora Brasileira, 1976. pág. 390

Se Paulo celebrou a Ceia em Filipos, não poderia celebrar novamente antes do dia 14 do segundo mês judaico, haja vista, os Apóstolos celebrarem a Santa Ceia no dia 14 de abibe, data quartodecimana.

Nessa seara, se faz necessário resgatar a posição da igreja Patrística (Primitiva) para deslinde da controvérsia. Em qual dia os apóstolos celebravam a Santa Ceia? Policarpo de Esmirna era discípulo do apóstolo João, em seu tempo houve acalorada discussão acerca da data da Santa Ceia, não promovida por Policarpo, mas, pelo bispo de Roma, explico: a supracitada discussão ficou conhecida como "controvérsia quartodecimana" o litígio ocorreu no século II, entre o bispo de Roma e os bispos da Ásia Menor, o pivô da controvérsia foi à data da celebração da Santa Ceia substituta da Páscoa, com efeito, os cristãos do Oriente celebravam no dia 14 de nisã ou abibe (noite de lua cheia), da forma ensinada pelo apóstolo João a Policarpo de Esmirna e a igreja primitiva, de outro norte, os Ocidentais liderados pelo bispo de Roma celebravam no domingo subsequente ao dia 14 de abibe ou nisã, pautados na ressurreição de Jesus nesse dia. Em assim sendo, a exaltação do domingo como dia de veneração começou com a famigerada ideia do bispo de Roma, e não em Atos 20:7, como querem fazer crer. Quando o livro de Atos foi escrito, os discípulos celebravam a Santa Ceia no dia 14 de nisã ou abibe e não no domingo seguinte à data da Páscoa.

Quando o bispo de Roma mudou a data da Santa Ceia, houve protestos e disputas, os bispos da Ásia Menor sob a liderança de Polícrates de Éfeso discípulo de Policarpo não aceitaram, conservou-se a data hebraica da festa da Páscoa, adotada por João. Entrementes, para as Igrejas Ocidentais e algumas do Oriente era outra a data celebrada, fato narrado por Eusébio de Cesaréia, como se pode notar:

Surgiu, nessa época, considerável discussão em consequência de uma diferença de opinião a respeito da observância do período de páscoa. As igrejas de toda a Ásia, dirigidas por uma tradição remota (antiga), supunham que deveriam guardar o décimo quarto dia da lua para a festa da páscoa do Salvador, em cujo dia os judeus tinham ordens de matar o cordeiro pascal; e eles eram incumbidos, todas as vezes, e encerrar o jejum naquele dia, qualquer que fosse o dia da semana em que caísse. Mas não era costume celebrá-la dessa maneira nas igrejas do restante do mundo, que observam a prática que substituiu pela tradição apostólica até o presente, de modo que não seria próprio encerrar nosso jejum em nenhum outro dia, senão no dia da ressurreição de nosso Salvador.
CESARÉIA, Eusébio. História Eclesiástica. 1. ed. Ed. Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 1999, pág. 191

A angustiante disputa forçou Policarpo, bispo de Esmirna, discípulo do apóstolo João, viajar a Roma, nos dias do bispo Aniceto, houve uma pequena desavença entre eles igualmente a respeito da data da Santa Ceia, Policarpo defendia a celebração da Santa Ceia na data celebrada pelos apóstolos, dia 14 de abibe, Aniceto por sua vez, defendia a data adulterada por Roma, o primeiro domingo após o dia 14 de abibe, alegando a ressurreição de Cristo nesse dia. Até aqui Eusébio de Cesareia.

Anos mais tarde, as igrejas fiéis aos ensinos apostólicos lideradas por Polícrates, resistiram com afinco a inovação espúria romana, conservaram os ensinos apostólicos, segundo uma carta acostada no livro de Eusébio, escrita por Polícrates, a igreja apostólica celebrava a Santa Ceia em 14 de abibe, conforme relatos do historiador:

Os bispos, porém, da Ásia, perseverando na observância do costume transmitido a eles por seus pais, eram liderados por Polícrates. Este, de fato, havia estabelecido a tradição transmitida a eles numa carta dirigida a Vítor e à igreja de Roma. "Nos, dizia ele, assim, observamos o dia genuíno, sem pôr nem tirar. Pois na Ásia grandes luzes já dormem, as quais ressuscitarão no dia da manifestação do Senhor, em que Ele virá do céu com glória e levantará todos os santos; Filipe, um dos doze apóstolos, que dorme em Hierápolis, e suas filhas virgens idosas. Sua outra filha também, tendo vivido sob influência do Santo Espírito, agora igualmente repousa em Éfeso. Além disso, João, que descansou no seio de nosso Senhor; que também era sacerdote, vestindo a placa sacerdotal (petalon), mártir e também mestre. Ele está sepultado em Éfeso; também Policarpo de Esmirna, ambos bispos e mártires. Também traséias, bispo e mártir de Eumênia, sepultado em Esmirna. Por que eu mencionaria Sagaris, bispo e mártir, que repousa em Laodicéia, além dele, o bendito Papírio e Melito, o eunuco cujo andar e conversão foram totalmente influenciados pelo Espírito Santo, que agora descansa em Sardes, aguardando o episcopado do céu, quando se levantará dos mortos? Todos eles observaram o décimo quarto dia da páscoa de acordo com o evangelho, não se desviando em nada, antes, seguindo a regra da fé. Além disso, eu, Polícrates, o menor de vós todos, de acordo com a tradição de meus parentes, alguns dos quais segui. Pois houve sete bispos parentes meus, sendo eu o oitavo; e meus parentes sempre observaram o dia em que o povo (isto é, os judeus) lançavam fora o fermento. Eu, portanto, irmãos, vivo agora há sessenta e cinco anos no Senhor e, tendo estudado todas as Escrituras Sagradas não me alarmo com essas coisas com que sou ameaçado para me intimidar. Pois os que são maiores que eu disseram: devemos obedecer a Deus e não a homens.
CESARÉIA, Eusébio. História Eclesiástica. 1. ed. Ed. Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 1999, pág. 192-193

A igreja primitiva observava a Santa Ceia no dia genuíno, a saber, 14 de abibe, e não domingo, conforme alegado pelos frustrados defensores do domingo. Quem introduziu domingo como dia de guarda foi o bispo romano Sixto I, começou inserindo o sábado espúrio com a mudança da data da Santa Ceia, somente no quinto e sexto século o domingo foi consolidado como dia de guarda no catolicismo.

Em seguida é forçoso conhecer o audacioso bispo romano responsável pela inusitada mudança da data de celebração da Santa Ceia, com base na ressurreição de Cristo, trata-se de Sixto I, foi ele quem começou a exaltação do domingo como dia santo, a esse respeito se faz necessário trazer à baila comentários de Irineu, um dos bispos da Igreja Patrística, acerca da controvérsia: Uma carta de Irineu está entre os antedichos extractos, apontando divergência prática com respeito à Páscoa nos dias do Papa Sixto I (cerca de 120 d. C.). Ademais Irineu confirma, Policarpo e demais asiáticos, guardavam a Páscoa no dia catorze da lua, sem importar qual dia da semana caísse, seguindo com isso a tradição oriunda dos ensinamentos da lavra do apóstolo João. Policarpo veio a Roma cerca de 155 d. C. tratar sobre este mesmo assunto, mas o Papa Aniceto, sucessor de Sixto I, não pôde persuadi-lo a desistir da observância quartodecimana. No entanto, ele não foi excluído da comunhão com a Igreja Romana. Irineu reprovou o Papa Víctor I, sucessor de Aniceto, (cerca de 189-199), em sua ótica, ao condenar a prática quartodecimana e excomungar os asiáticos muito precipitadamente desprezou a moderação de seus predecessores. O assunto assim debatido tratava principalmente se deviam celebrar a páscoa domingo, ou observar no dia santo dos judeus, o catorze de nisã ou abibe, em qualquer dia da semana. Quem celebrava a Páscoa como os judeus era chamado quartodecimano ou terounte (observante); mas ainda em tempos do Papa Víctor este costume mal se estendeu para além das Igrejas da Ásia Menor. Após as fortes medidas do Papa os quartodecimanos parecem ter mermado (diminuído). Origens na "Philosophumena" (VIII, XVIII) parece considerá-los como um punhado de dissidentes obstinados no erro.

Com as elucidativas provas apresentada, restou claro, se os discípulos observaram a Ceia santificando o domingo com base em Atos 20:7, João, Policarpo e Irineu teriam confirmado, contudo, houve controvérsia, acalorados debates beligerantes e rejeição por parte dos Patrísticos fiéis aos ensinamentos apostólicos, mormente de João, confirmando a celebração da Ceia no dia quatorze de abibe rejeitando completamente o domingo, contrariando imposição papal. Portanto, a santificação ou observância do domingo na Igreja apostólica é uma falácia, mentira de Satanás tecendo engodos para conduzir almas à perdição.

De qualquer forma, insta pulverizar resquícios de dúvidas acerca da celebração da Santa Ceia. A Igreja primitiva seguia o calendário judaico e não o romano, contrariando gélidos argumentos da Bíblia arqueológica, apresentado no início do estudo, apontando indícios de Lucas empregar hora romana e não judaica em ambiente helenístico. Colidindo com a famélica tese, merece destacar obra Patrística da editora Paulus, nos termos seguintes:

Segundo Tertuliano, Policarpo teria sido ordenado bispo pelas mãos do próprio apóstolo João... Irineu nos fornece mais alguns dados importantes sobre Policarpo: foi estabelecido bispo na da Ásia, na Igreja de Esmirna, pelos próprios apóstolos.
Ainda segundo Irineu, Policarpo empreendeu uma viagem a Roma sob o pontificado de Aniceto, por volta do ano 155, para discutir com ele a data da celebração da Páscoa. Os asiáticos a celebravam no dia 14 do mês judaico de Nisan, qualquer que fosse o dia da semana. Os ocidentais, em Roma, portanto, celebravam-na sempre no domingo, dia da ressurreição. No tempo de Irineu, esta tornou-se uma questão aguda. Em 170, o papa Vítor quer forçar as igrejas da Ásia a aceitar o costume ocidental, ameaçando-as com a separação da comunhão católica. Irineu intervém relatando ao papa Vítor a entrevista de Policarpo e Aniceto. Esta carta é outro testemunho de primeira grandeza: apelando para a autoridade do apóstolo João, foi a Roma discutir com o papa Aniceto a data da celebração da Páscoa, em 155, tentando um acordo. (...) Aniceto não persuadiu Policarpo a deixar de observar o que com João, o discípulo de nosso Senhor, e com os outros apóstolos (...), tinha sempre observado.
STORNIOLO, Ivo; BALANCIN, Euclides M. Padres Apostólicos, 1.ed. Ed. Paulus, 1995. pág. 131-132

A tese levantada no rodapé da Bíblia Arqueológica é mentirosa, carente de fundamentação induz almas ao erro. Na Igreja primitiva, as celebrações festivas eram seguidas pelo calendário judaico e não segundo o costume romano, contrariando a desidratada tese levantada na Bíblia Arqueológica. João, o discípulo amado observava a Santa Ceia pelo Calendário judaico, dia 14 de abibe, Policarpo seu fiel discípulo seguiu o mesmo norte, Irineu, discípulo de Policarpo não só obedeceu o calendário judaico como enfrentou o erro forjado pelos papas, Sixto I, Aniceto e Vítor I, tentando introduzir a observância do domingo pagão na igreja. No primeiro momento introduziram com a simples mudança da Ceia do dia 14 de abibe para primeiro domingo subsequente à data original. No século IV e V, a Igreja latina, Roma, substituiu a guarda do Sábado do sétimo dia pelo domingo pagão, dia do sol.

A celebração da Santa Ceia na data da Páscoa Judaica só foi proibida no Concílio de Antioquia, em 341 d.C, demorou quase 400 anos para os cristãos latinos abandonarem a supracitada tradição dos apóstolos, por pressão do papado. Hoje, os filhos de Roma, Mórmons e evangélicos, adotaram a prática da igreja mãe das prostitutas enganando o coração dos simples, ao seu viso, Atos 20:7 aponta para celebração da Santa Ceia, autorizando mudar a observância apostólica da data da Ceia e alterar o dia santo do Sábado para o domingo.

Diante do exposto, vislumbra-se de forma cirúrgica, os apóstolos celebrarem Santa Ceia na data judaica e não no domingo, destarte, o texto de Atos 20:7 NÃO FOI UMA SANTA CEIA. Portanto, se faz necessário analisar a possibilidade do supracitado texto apontar uma reunião de comunhão, ou festa do Ágape, haja vista, a igreja primitiva costumava celebrar as aludidas reuniões. Encetaremos o estudo com a raiz dessas reuniões, fincada nas Ofertas Pacíficas.

A oferta pacífica deriva da raiz de uma palavra significando completar, suprimir, pagar uma recompensa. Denota um estado de reconciliação, os mal-entendidos foram esclarecidos e erros, corrigidos, prevalecendo os bons sentimentos. As ofertas pacíficas eram usadas em qualquer ocasião de gratidão, podia ser oferta voluntária ou fazer um voto. Era uma expressão, da parte do ofertante, de sua paz com Deus e gratidão a Ele por suas muitas bênçãos. Ao escolher oferta pacífica, o ofertante não era limitado na escolha. Podia ser um bezerro, uma ovelha, um cordeiro ou uma cabra, macho ou fêmea: "Quando alguém oferecer sacrifício pacífico ao Senhor, quer em cumprimento de voto ou como oferta voluntária, do gado ou do rebanho, o animal deve ser sem defeito para ser aceitável, nele, não haverá defeito nenhum." Levítico 22:21. Via de regra o sacrifício, animal, era perfeito, sem mancha, entrementes, na oferta pacífica, quando apresentada como oferta voluntária, o animal não precisava ser perfeito, sem defeito, podia oferecer boi ou gado miúdo, comprido ou curto de membros, exceção não permitida em outras ofertas: "Porém novilho ou cordeiro desproporcionados poderás oferecer por oferta voluntária, mas, por voto não será aceito." Levítico 22:23. Oferta Pacífica era oferecida como oferta voluntário, gratidão e voto. A exceção, oferecendo animal defeituoso só cabia para oferta voluntária, quando a oferta pacífica era de gratidão ou voto, o sacrifício era perfeito.

Nesse sentido, o renomado pesquisador das escrituras, e profundo conhecedor da obra do Santuário, assevera em sua obra:

As ofertas pacíficas eram de três espécies: ofertas de gratidão, ofertas por um voto e ofertas voluntárias. Dessas, a oferta de gratidão ou de louvor era a que mais se destacava. Oferecia-se em ocasiões de regozijo, de gratidão por algum livramento especial, ou bênção recebida. Era oferecida de um coração cheio de louvor a Deus e transbordante de alegria.
As ofertas pacíficas eram de louvor por graça recebidas, ofertas de gratidão pelas bênçãos desfrutadas, ofertas voluntárias, de um coração transbordante. Não suplicavam nenhum favor; tributavam louvor a Deus pelo que ele havia feito, e exaltavam o seu nome por sua bondade e misericórdia para com os filhos dos homens
ANDREASEN. M.L. O Ritual do Santuário. 2.ed. Ed. Casa Publicadora Brasileira, pág. 83-84

A oferta pacífica de gratidão, se destacava, o ofertante agradecia ao Senhor por livramento, reconciliação e pacificação de atritos entre irmãos, oferecendo banquete, transformando-se posteriormente em festa do Ágape.

Com esse importe, vislumbra-se o ofertante agraciado pela reconciliação com Deus e os irmãos, resultado dos favores divinos em benefício do pecador. Oferta pacífica implica comunhão, representativa da futura comunhão cristã, fruto da troca da natureza pecaminosa pela natureza divina de Cristo. A oferta pacífica na igreja primitiva transformou-se na festa do Ágape, festa do amor, comunhão, ou simplesmente partir o pão, onde os irmãos confraternizavam, um banquete era servido com regozijo, prefigurava a reunião de comunhão, segundo as Escrituras: "perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações." Atos 2:42, partir o pão e doutrina eram pilares dos ensinos apostólicos amplamente utilizado na igreja primitiva. As ofertas pacíficas visavam comunhão com Deus e uns com os outros. Segundo Andreasen:

As ofertas pacíficas eram ofertas de comunhão. Os holocaustos eram totalmente queimados sobre o altar; as ofertas pelo pecado, ou eram queimadas fora do arraial ou comida pelo sacerdote, mas as ofertas pacíficas não, eram simplesmente divididas entre Deus e o sacerdote; uma parte, a maior era dada ao ofertante e sua família. A parte de Deus era queimada sobre o altar.
ANDREASEN. M.L. O Ritual do Santuário. 2.ed. Ed. Casa Publicadora Brasileira, pág. 84

A oferta pacífica era festiva, participava Deus, sacerdote, ofertante, sua família e convidados. Como festa de comunhão devia ser comida no mesmo dia do oferecimento: "A carne do sacrifício de louvores da sua oferta pacífica se comerá no dia do seu oferecimento; nada se deixará dela até à manhã." Levítico 7:15. Entrementes, existia uma ressalva, quando a oferta pacífica era votiva ou voluntária, podia comer no dia seguinte segundo consta no livro de Levítico: "E, se o sacrifício da sua oferta for voto ou oferta voluntária, no dia em que oferecer o seu sacrifício, se comerá; e o que dele ficar também se comerá no dia seguinte." Levítico 7:16. A oferta pacífica de gratidão era consumida no mesmo dia, motivo do anfitrião da Reunião de Comunhão ou Ágape, nos dias apostólicos, oferecer um banquete após celebração da aludida reunião. Como exposto, a raiz da reunião de comunhão ou Ágape, vincula-se à Oferta Pacífica do antigo Israel. Festa amplamente celebrada nos dias paulinos, portanto, em Atos 20:7, é perfeitamente possível, o destemido apóstolo estar celebrando uma festa do Ágape ou partir o pão e não Santa Ceia.

Com efeito, tanto a oferta pacífica de gratidão como a festa do Ágape, visavam comunhão com Deus, sacerdotes, e os irmãos, participando Deus e o povo:

Toda a cerimônia constituía uma espécie de serviço de comunhão, em que o sacerdote e o povo participavam, com o Senhor, da sua mesa; uma ocasião de regozijo, em que todos se uniam em gratidão e louvor a Deus, por sua misericórdia.
ANDREASEN. M.L. O Ritual do Santuário. 2.ed. Ed. Casa Publicadora Brasileira, pág. 84

Para melhor entender o significado da oferta pacífica, vislumbra-se nas Escrituras casos de desarmonia, mal-entendido, rivalidades superadas e reconciliação. Na oferta pacífica, o ofertante oferecia sacrifício ao Senhor, oferta pelo pecado ou oferta queimada antes do banquete onde todos se confraternizavam na presença do Senhor, sacerdotes, conflitantes, suas famílias, vizinhos e amigos. A igreja primitiva seguiu o modelo, celebrando a festa do Ágape, ou festa do amor, também chamada em Atos 20:7, partir o pão. O culto da igreja primitiva, era culto de comunhão. A oferta pacífica tinha esse condão, pacificar, fomentar reconciliação, a natureza divina imperava soberana nos corações dos servos de Deus rendendo frutos peculiares de comunhão, celebrava a justificação, o homem em paz com Deus. A refeição compartilhada ilustrava comunhão mútua com Deus e os irmãos. Neste particular esta oferta se diferenciava de todas as outras.

Nos elucidativos relatos de Andreasen:

Como antes foi declarado, a oferta pacífica era uma oferta de comunhão em que tomavam parte Deus, o sacerdote e a pessoa. Era uma refeição em comum, tomada no recinto do templo, em que predominavam a alegria e o contentamento. Não era uma ocasião em que se efetuava a paz, antes uma festa de regozijo pela posse da mesma. Era geralmente precedida de uma oferta pelo pecado ou uma oferta queimada. Fizera-se expiação, espargia-se o sangue o perdão havia sido concedido e assegurada a justificação. Para isto celebrar, o ofertante convidava seus parentes chegados e seus servos, bem como os levitas, para comerem com ele (Deuteronômio 12:17-18). E assim se reunia toda a família dentro das portas do templo para celebrar de maneira festiva a paz que se estabelecera entre Deus e o homem, e entre o homem e o homem.
ANDREASEN. M.L. O Ritual do Santuário. 2.ed. Ed. Casa Publicadora Brasileira, pág. 88

Como cediço, a oferta pacífica visava manter comunhão com Deus e uns com os outros, a justificação pela fé reconcilia o pecador com Deus, representando a justiça de Cristo no coração dos crentes através da oferta pacífica, conforme relata o renomado doutrinador:

Sendo pois justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo. Rom. 5:1. Ele é a nossa paz Efés. 2:14. O Israel de outrora era convidado a celebrar sua paz com Deus, o perdão do pecador, e o ser-lhes restituído o favor divino. Esta celebração incluía filho e filha, servo e serva, o levita. Todos se sentavam à mesa do Senhor e se regozijavam juntos na esperança da glória de Deus. Da mesma maneira nós devemos gloriar em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, pelo qual agora alcançamos a reconciliação. Romanos 5:2 e 11.
ANDREASEN. M.L. O Ritual do Santuário. 2.ed. Ed. Casa Publicadora Brasileira, pág. 88

Não há comunhão na igreja sem graça auxiliadora, leia-se, o esforço humano é lustrado pela divindade de Cristo. A limpeza do coração fomenta comunhão com Deus, expressa em obediência a sua doutrina por amor, de igual modo, a comunhão entre os irmãos é refletida pelo espírito de Cristo alocado nos corações dos crentes resultando em amizade, amor, mansidão e demais dons da cruz. Esta obra maravilhosa oferecida pelo Filho de Deus era representada na oferta pacífica de gratidão.

Em assim sendo, diga-se, as ofertas e sacrifícios, tipos e sombras referentes ao primeiro advento, apontando o Cordeiro de Deus removendo os pecados do mundo, foram cravados na cruz. Entrementes, restou consolidado na igreja primitiva a comunhão cristã. As ofertas pacíficas foram substituídas pela festa do Ágape, festa do amor, ou pela nomenclatura utilizado em Atos 20:7, partir o pão. O significado de partir o pão é o relacionamento entre os irmãos. A comunhão dos crentes com Deus reflete a natureza divina de Cristo imputado nos corações (após a justificação pela fé) e comunhão de uns com os outros. Motivo de partirem o pão nas casas dos irmãos. Quando alguém se convertia, e naqueles tempos eram muitos, cumprindo o Pentecostes na primeira grande colheita de almas: "Eles se dedicavam na doutrina dos apóstolos e à comunhão, ao partir do pão e às orações." Atos 2:42. Na igreja apostólica, os novos conversos acolhiam quatro colunas da fé, a saber, doutrina dos apóstolos, oração, comunhão e partir o pão. A natureza divina de Cristo reinava soberana no coração dos crentes, resultando em harmonia, amor fraternal e obediência aos mandamentos de Deus, não existia egoísmo, doutrina da famigerada prosperidade material nem avareza. A natureza divina de Cristo imputada nos corações promovia comunhão cristã, resultando no partir o pão no seio da igreja: "Os que criam mantinham-se unidos e tinham tudo em comum." Atos 2:44. Com certeza o texto esculpido em Atos 20:7 trata-se de reunião de comunhão, festa do Ágape, ou partir o pão, reunião habitualmente celebrada nos dias paulinos, expressando comunhão, era uma reunião celebrada nos lares cristãos e não na igreja como querem sustentar alguns religiosos com espirito de Simão Mago. Ademais, o texto de Atos 20:7 não poderia ser Santa Ceia, mas, reunião de partir o pão: "Todos os dias, continuavam a reunir-se no pátio do templo! Partiam o pão em casa e juntos participavam das refeições, com alegria e sinceridade de coração." Atos 2:46. Em suma, o Texto de Atos 20:7 aponta para reunião de comunhão, Ágape e não Santa Ceia, haja vista, Paulo ter celebrado a Santa Ceia antes em Trôade. Contudo para eliminar resquício de dúvidas, se faz necessário citar texto esculpido no rodapé da Bíblia de estudo arqueológico, pag. 1810, explicando Atos 20:7, o aludido texto confirma a igreja primitiva celebrando reuniões de comunhão ou partir o pão, como doutrina. Inclusive explica o motivo dos crentes de Corinto confundiam a reunião de comunhão com a Santa Ceia. Eis o texto:

I Coríntios 11:17... Compartilhar refeições era parte crucial na vida da igreja primitiva. Jesus estabeleceu um exemplo ao receber com prazer à comunhão da mesa todos os que chegassem. A igreja primitiva continuou com essa prática, e os membros sempre se reuniam nos lares para compartilhar o alimento (e.g., At. 2:42). Certas associações religiosas judaicas e greco-romanas também se reuniam para participar de refeições comunitárias, e, às vezes, o comportamento nos ambientes pagãos fugia à boa ordem. Para os cristãos, no entanto, a refeição compartilhava um símbolo poderoso de seu amor em Cristo, de modo que veio a ser chamada "festa do amor" (gr. Ágape; lit. um amor) A palavra é utilizada dessa forma no NT somente em Judas 12.
Jesus também instituiu a eucaristia (ou ceia do Senhor), e é difícil sua relação com a festa do amor; eram um só ou dois eventos? A resposta mais provável é que na igreja primitiva nenhuma distinção marcante era feita entre as duas. A eucaristia provavelmente era celebrada no contexto de uma refeição eclesiástica, assim como a primeira eucaristia foi celebrada no contexto da Ceia da Páscoa. Logo se tornou evidente, entretanto, que não era sábio combinar as duas: Quando vocês se reúnem, não é para comer a Ceia do Senhor, porque cada um come sua própria ceia sem esperar pelos outros. Assim, enquanto um fica com fome, outro se embriaga (I Cor. 11:20-21). Nos séculos seguintes, a Ceia do Senhor foi separada da refeição comunitária, e a tradição da festa do amor começou a desaparecer.
Bíblia de Estudo Arqueológica, pág. 1875.

O supracitado texto da Bíblia Arqueológica, aponta a existência de duas celebrações distintas, Santa Ceia e Ágape ou partir o pão. Qual das duas Paulo celebrou em Atos 20:7? Se a Bíblia apontou Paulo celebrando a Santa Ceia dias antes, é notório o fato do festejado apóstolo seguir a norma apostólica quartodecimana, celebrava Santa Ceia em 14 de abibe, portanto, não poderia celebrar novamente. Contudo, a Festa do Ágape ou partir o pão era livre, celebrada a qualquer tempo, conferindo maior possibilidade para Paulo celebrar o Ágape, partir o pão e não Santa Ceia, deitando por terra o argumento da santificação do domingo acostado no aludido texto de Atos 20:7.

A Festa do Amor, Ágape ou partir o pão, empunhava soberano poder para consolidar comunhão na Igreja primitiva, perdurou até o concílio de Nicéia, quando Constantino simulou conversão ao cristianismo, findou as sangrentas perseguições contra os cristãos, no entanto, algo pior aconteceu na igreja comunitária. As reuniões de comunhão, Ágape, Festa do Amor ou Partir o Pão, foi aniquilada nesse concílio. A atitude de Constantino contra a doutrina da Igreja Primitiva se manifestou de duas formas cruéis, uma foi a mudança do dia de adoração do Sábado para o domingo e a outra talvez com consequências piores foi a mudança da Igreja da comunhão para a Igreja Institucional, consolidando apostasia da igreja Latina.

Por fim, conclui-se, a união da igreja Latina com o Estado, trouxe divisão, os sinceros não permaneceram na igreja, os dissidentes Valdenses se refugiaram nos montes da Itália e Suíça, onde guardaram o Sábado mantendo a verdadeira doutrina intacta e a comunhão cristã, por mais de mil anos, mesmo perseguidos pelo catolicismo. A igreja latina, a qual outrora vigorou comunhão cristã, cedeu lugar para a igreja Institucional, rompendo com os céus, desprezaram a comunhão com Deus e uns com os outros. Visando poder político, patrimônio secular, prosperidade temporal, formalismo e cerimonialismo, a saber, missa, culto aos mortos, carente de vida espiritual, templos recheados de pompa, relíquias sustentado pelo poder civil, com isso, uma porta se abriu para os avarentos, idólatras, oportunistas corromper as ombreiras da igreja, não mediram esforços para sufocar qualquer doutrina contrária a seus propósitos espúrios. Em 538 com edito de Justiniano elevando o bispo de Roma acima de todas as igrejas estava consolidado o papado, sedento de poder o Catolicismo perseguiu ferozmente os observadores da comunhão Cristã, investindo contra os Mandamentos de Deus: "O dragão irou-se contra a mulher e saiu para guerrear contra o restante da sua descendência, os que obedecem aos mandamentos de Deus e se mantêm fiéis a testemunho de Jesus." Apocalipse 12:17. O Dragão manifesta ira contra a doutrina cristã, persegue os fiéis, guerreando contra a firmeza de fé dos sinceros cristãos, tenta macular a sã doutrina introduzindo domingo, sábado espúrio no seio do cristianismo apostatado.



Autor: Pr. Walber Rodrigues Belo